Tópicos | Dia do Hospital

O Dia do Hospital, celebrado nesta sexta-feira (2), destaca a importância das instituições de saúde presentes no Brasil, bem como faz uma homenagem aos profissionais da saúde. A data foi instituída em 27 de junho de 1961, por meio do Decreto Nº 50.871.

Durante a pandemia do Covid-19, médicos, enfermeiros e diversos funcionários das alas hospitalares se tornaram protagonistas no combate ao coronavírus e precisaram rever suas estratégias para lidar com a doença. O otorrinolaringologista e diretor de operações da Santa Casa de Itatiba (SP), Luiz Gabriel Signorelli, explica que durante a pandemia, foi necessário separar os pacientes contaminados dos não contaminados, dividir os ambientes do hospital e aumentar o número de leitos, em caráter de isolamento. “Também foi necessário ampliar as estruturas, como farmácias, limpeza, nutrição. Além disso, foi preciso realizar adaptações para evitar a contaminação cruzada, como adotar setores exclusivos para os contaminados. Foi uma revolução dentro de um ambiente hospitalar”, recorda.

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Mesmo após o fim da pandemia, Signorelli acredita que a maior quantidade de ambientes voltados para o isolamento, tanto com fins respiratórios como para contatos, será mantida. O diretor revela que será construída uma nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Santa Casa de Itatiba, voltada para doenças respiratórias e com leitos isolados.

Embora seja um momento difícil, a batalha contra o Covid-19 trouxe vários aprendizados para os profissionais da saúde, entre eles, Signorelli destaca os cuidados em relação ao contato com o paciente e uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Acredito que houve um aprendizado técnico por parte dos médicos, que aprenderam muito com a atual situação. Tudo isso vai engrandecer muito a nossa profissão”, afirma.

O administrador hospitalar André Angelo Sisti comenta que 2020 foi um ano difícil para os hospitais, pois a princípio, devido aos aumentos de preços, houve dificuldades para adquirir equipamentos como máscara, luvas e roupas protetoras para atender os pacientes. “Além disso, tivemos uma diminuição drástica de cirurgias eletivas, e passou-se a fazer apenas as emergenciais”, comenta Sisti.

Para lidar com os desafios de uma crise sanitária, Siste ressalta que um administrador hospitalar precisa possuir uma boa estrutura técnica de apoio, com infectologistas e equipes das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), além de protocolos de utilização de materiais e uma boa logística de utilização dos equipamentos. “Isso é fundamental, o administrador é o gestor de tudo isso. O administrador não é um técnico de sanitarismo, é um profissional que precisa ter visão de longo prazo e entender as prioridades que o hospital necessita para poder oferecer um atendimento com segurança”, afirma.

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