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Turquia e Japão também expulsaram diplomatas sírios nesta quarta-feira, unindo-se ao grupo de vários países que tomaram a mesma medida na terça-feira, em protesto contra o massacres de 108 civis na Síria no final de semana.

Na terça-feira, alguns países declararam que medidas punitivas e até mesmo militares poderiam se implantadas em relação à Síria. Mas nesta quarta-feira o governo alemão disse que não há fundamentos para a especulação sobre opções militares, um dia depois de o presidente francês François Hollande ter dito que o uso da força não estava descartado.

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"Do ponto de vista do governo federal, não há razão para especular sobre opções militares em relação à situação na Síria", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores alemão em coletiva de imprensa.

Já a Rússia disse nesta quarta-feira que a expulsão "contraproducente" de enviados sírios por vários países ocidentais vai apenas prejudicar os esforços para encerrar a crise na Síria. "A expulsão de diplomatas sírios de importantes Estados ocidentais parece contraproducente para nós. Afinal, canais vitais diplomáticas...acabam sendo fechados", disse o Ministério de Relações Exteriores em comunicado.

Os assassinatos em Houla fizeram com que vários países ocidentais expulsassem diplomatas sírios. Alguns deles, como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, França, Alemanha. Itália, Espanha e Bulgária ordenaram que os diplomatas partissem na própria terça-feira.

Meios de comunicação estatais sírios criticaram as expulsões nesta quarta-feira, qualificando a medida como uma "histeria sem precedentes".

A Turquia, vizinha da Síria e antiga aliada, se uniu ao grupo nesta quarta-feira. O país tem sido um dos mais críticos ao regime de Assad e fechou sua embaixada em Damasco em março e retirou seu embaixador. Seu consulado em Alepo permanece aberto.

O Ministério de Relações Exteriores disse que ordenou que o agente diplomático e outros diplomatas da embaixada Síria em Ancara deixassem o país em 72 horas.

"Está fora de questão permanecer em silêncio e não reagir em razão dessa ação, que representa um crimes contra a humanidade", disse o Ministério em comunicado divulgado nesta quarta-feira.

O Japão também ordenou que o embaixador sírio em Tóquio deixasse o país por causa da violência contra civis sírios. O ministro de Relações Exteriores japonês, Koichiro Genba, afirmou, porém, que seu país não está encerrando relações diplomáticas com a Síria. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A intensificação da violência na Síria, principalmente após o massacre que deixou 108 mortos na última sexta-feira, levou diversos países a anunciar a expulsão de diplomatas sírios de seus territórios, como França, Reino Unido, Canadá, Itália, Espanha, Alemanha e Austrália.

A França comunicou nesta terça-feira a expulsão do embaixador sírio como o objetivo de elevar a pressão a Damasco. O presidente François Hollande disse aos jornalistas que a embaixadora Lamia Shakkour será notificada "hoje ou amanhã" de que deve deixar o país.

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Hollande disse que durante discussões com o primeiro-ministro britânico David Cameron e com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon "decidimos tomar uma série de medidas de pressão contra a Síria", que incluem a expulsão dos diplomatas.

Autoridades britânicas também disseram que diplomatas sírios serão expulsos do país em protesto contra as mortes da semana passada. As fontes falaram em condição de anonimato, já que o secretário de Relações Exteriores William Hague ainda não fez o anúncio oficial.

Comunicado do governo italiano informa que o embaixador da Síria em Roma também será expulso. "O embaixador Khaddour Hasan foi convocado ao Ministério de Relações Exteriores e comunicado que é 'persona non grata'", diz o documento, expressando a "indignação pelos crimes hediondo realizados contra a população civil".

Espanha, Itália, Austrália, Canadá e Alemanha também informaram que expulsarão diplomatas sírios de seus territórios.

Hollande disse também que Paris vai realizar uma reunião, no início de julho, com os chamados Amigos da Síria, para buscar uma solução diplomática para o conflito. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Estão abertas as inscrições para o concurso público que irá selecionar 30 profissionais para o cargo de diplomatas do Ministério das Relações Exteriores. As inscrições poderão ser feitas até o dia 12 de fevereiro, através do endereço eletrônico do Instituto Ro Branco, comissão organizadora do processo seletivo. A taxa de inscrição é de R$ 150. Para se candidatar é necessário ter concluído o ensino superior, ter mais de 18 anos e ser brasileiro, entre outros requisitos.  

O concurso compreenderá quatro fases. A primeira será realizada no dia 25 de março e consistirá em uma prova objetiva, com questões de português, história do Brasil, história mundial, geografia, política internacional, inglês, noções de economia e noções de direito e direito internacional público. A segunda fase, que acontece no dia 22 de abril, será uma prova escrita de português. A fase seguinte terá seis provas escritas de história do Brasil, geografia, política internacional, inglês, noções de economia e noções de direito e direito internacional público, que acontecem entre os dias 16 de junho e 1º de julho. A última fase compreenderá provas escritas de espanhol e francês, previstas também para o dia 1º de julho.

Cada uma das fases será realizada simultaneamente nas seguintes cidades: Aracaju/SE, Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, João Pessoa/PB, Macapá/AP, Maceió/AL, Manaus/AM, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Porto Velho/RO, Recife/PE, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI e Vitória/ES.

O resultado final será divulgado no dia 22 de agosto. O prazo de validade do concurso será de noventa (90) dias, a contar da data de publicação do resultado final, sem possibilidade de prorrogação. A remuneração inicial é de R$ 12.962,12.

Os diplomatas do Irã expulsos do Reino Unido em retaliação aos ataques à embaixada britânica em Teerã chegaram hoje ao seu país, segundo noticiado pela agência de notícias oficial IRNA. Cerca de 150 pessoas esperavam os diplomatas no aeroporto Mehrabad, na capital iraniana, com colares de flores, para dar aos quase 25 representantes e seus familiares uma recepção de heróis.

Mas o governo do Irã, aparentemente contrário a qualquer manifestação que possa piorar ainda mais o impasse internacional, retirou os diplomatas por uma porta dos fundos, impedindo que eles fossem saudados pela multidão.

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Na terça-feira desta semana, a embaixada britânica e um complexo residencial da delegação em Teerã foram atacados por um suposto grupo da milícia radical Basij, mas o governo do Reino Unido alega que os protestos foram permitidos pela elite que governa o Irã.

O episódio aumentou ainda mais o isolamento do país. Alemanha, França e Holanda chamaram de volta seus embaixadores que estavam no Irã, já Itália e Espanha convocaram os representantes iranianos para expressar a condenação aos ataques. Hoje um diplomata francês afirmou que o país decidiu reduzir "temporariamente" o tamanho da sua embaixada em Teerã, como uma "medida preventiva".

O fato do governo iraniano ter impedido a cerimônia de recepção no aeroporto hoje aos diplomatas mostra a existência de divergências entre o grupo do presidente Mahmoud Ahmadinejad e alguns setores mais radicais da administração. Ahmadinejad condenou o ataque ao complexo diplomático e se opôs à redução no nível das relações diplomáticas com o Reino Unido. Já Mohammad Mohammadian, representante do supremo líder do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, elogiou os manifestantes que atacaram a embaixada, dizendo que eles atingiram o "epicentro da sedição".

O embaixador britânico no Irã, Dominick Chilcott, que já está de volta ao Reino Unido, deu novos detalhes sobre os ataques, afirmando que a experiência foi assustadora. "Nós não tínhamos noção de como aquilo iria terminar", comentou, descrevendo como a multidão destruiu móveis, devastou cômodos, pichou paredes e rasgou um quadro da rainha Vitória, enquanto a equipe diplomática se refugiava em uma área segura do complexo.

A certa altura, o grupo iniciou um incêndio dentro da chancelaria, forçando a equipe britânica a abandonar a área onde estava refugiada e subir por uma escada de incêndio para conseguir deixar o prédio. Um pequeno número de policiais os escoltou a outro prédio dentro do complexo e os orientou a deitar no chão. Segundo o embaixador, sete funcionários que estavam em outro prédio que também foi atacado foram capturados pelos manifestantes e tratados "muito rudemente". As informações são da Associated Press.

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