Tópicos | Dispositivo vestível

No segundo trimestre de 2023, foram vendidas mais de um milhão de dispositivos vestíveis no Brasil, um aumento de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado produz uma retomada do segmento, estimula a redução dos preços médios e tem um aumento significativo no volume de produtos do mercado cinza. Apesar dos resultados, a receita total no período foi 19,1% menor do que a de 2022, chegando a R$ 969,1 milhões. Os dados fazem parte do estudo IDC Tracker Brazil Wearables Q2 2023, realizado pela IDC Brasil. 

Das unidades vendidas, 612.362, ou 41,7%, foram comercializadas via grey market. No período, o mercado cinza apresentou um aumento de 20,7% em relação ao segundo trimestre de 2022, com destaque para categorias que possuem o ticket médio de melhor valor, como wrist band e basic smartwatch. Quando analisadas as vendas totais por tipo de produto, o estudo da IDC revela que foram vendidos 97.792 advanced smartwatches, 127.320 basic smartwatches, 303.460 fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a internet ou função inteligente, 174.145 basic earwears, 205.065 overs ears, 366.135 tethered e 193.589 wrist bands. 

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Com exceção dos advance smartwatches, que caíram 46,8% e dos overs ears que apresentaram pequena queda de 0,3%, os demais dispositivos tiveram incremento nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, com crescimento de 32,5% em fones de ouvido truly wireless, de 20,6% em wrist bands, de 13,2% em tethered, 10% em basic earwears e de 7,7% em basic smartwatches. Já na comparação ao primeiro trimestre de 2023, todas as categorias apresentaram resultados melhores. 

A analista de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, Andréia Chopra, alertou que, mesmo diante do cenário otimista, é preciso ficar atento à forte presença do mercado paralelo, que ameaça a comercialização de produtos oficiais. “Percebe-se o aumento do interesse do consumidor e sua maior disposição em adquirir acessórios vestíveis quando comparamos ao ano passado. Porém, é preocupante a concorrência desleal do comércio de produtos sem procedência legítima, o que apresenta riscos associados à garantia, suporte técnico e segurança e privacidade das informações”, informou Chopra. 

Resultados futuros 

Para a IDC Brasil, os resultados do segundo trimestre indicam um otimismo para o mercado de wearables até o final do ano. Andréia Chopra observa que as datas comemorativas e de descontos, como Natal e Black Friday, serão ótimas oportunidades para alavancar o setor a partir de lançamentos e produtos premium. Para a empresa, há uma tendência de crescimento para o segmento de wearables em 2024 pelos mesmos motivos que devem impulsionar as vendas de fim de ano: substituição de dispositivos por modelos tecnológicos e a chegada de novos consumidores.

 

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