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O velório de Dona Maria José colocou torcedores do Sport, Náutico e Santa Cruz lado a lado na Ilha do Retiro, na manhã desta segunda (11). Símbolo das arquibancadas rubro-negras, Maria do Sport, como era conhecida, morreu nesse domingo (10), aos 98 anos.
##RECOMENDA##Toda em vermelho e preto, a despedida de Dona Maria mostrou que os torcedores de Pernambuco querem paz nos estádios de futebol. Com a camisa do Náutico, Tony Nascimento, de 55 anos, conta que chegou a ser questionado por alguns rubro-negros, mas queria realizar o desejo de Dona Maria de sair da sede do Sport acompanhada por torcedores do trio de ferro do Recife. "A rivalidade fica na arquibancada. Essa mulher merece todo respeito", afirmou.
Tony disse que Dona Maria representava o futebol de Pernambuco. Vitória Silva/LeiaJá Imagens
Sua primeira lembrança de Dona Maria é do outro lado da arquibancada, em um Clássico dos Clássicos. Aquela senhora que dançava com um guarda-chuva vermelho muitas vezes animava mais do que a própria partida.
"Essa mulher não teve uma vida fácil, então, a alegria dela era o Sport. A simplicidade dela, o amor que ela tinha pelo Sport transcendeu porque ela faz parte do futebol de pernambuco", ressaltou o alvirrubro.
Outro torcedor símbolo do Sport, José Flaviano Fonseca, o Tampa, de 58, recordou da vibração que Dona Maria levava para a Ilha do Retiro e do carinho que todos os torcedores tinham com ela. A admiração pela figura de Dona Maria foi materializada em um bloco carnavalesco em sua homenagem e em temas de artigos.
Tampa segura bandeira "Sport está de Luto". Vitória Silva/LeiaJá Imagens
"Ela era muito alegre na arquibancada. A [orquestra] Treme-Terra tocando e ela lá dançando, os outros tirando foto com ela, sempre sorridente, eu me lembro. É uma coisa que não dá para acreditar. Infelizmente Deus chamou, né?", lamentou.
Os últimos 100 dias de Dona Maria foi internada em um hospital, em tratamento de um câncer. No tempo em que esteve hospitalizada, ela foi acompanhada pelas cuidadoras Marcionila Pereira, 43, e Thaylane Victoria, 21.
VMarciolina e Thaylane lembram da pessoa carinhosa que era Dona Maria. Vitória Silva/LeiaJá Imagens
"Foi paixão porque ela era sempre um amorzinho com a pessoa, ela brincava com a gente, fazia crochê com a gente. A gente se apaixona por Maria pelo fato da simplicidade dela e da humildade. Ela não demonstrava dor, não demonstrava tristeza, era sempre alegria", recorda Thaylane.
"Ela era muito alegre, extrovertida e muito carinhosa com todos. Muito feliz e amava o Sport", complementou Marcionila.
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Com informações de Vitória Silva