Tópicos | Eduardo Berizzo

A seleção chilena não foi bem nas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo, mas ainda sonha com vaga no Catar por causa de denúncia contra o Equador. Ainda sem saber qual será o seu destino, os dirigentes do país anunciaram nesta quinta-feira a contratação do técnico argentino Eduardo Berizzo, que também fracassou na busca por classificação ao Mundial no comando do Paraguai.

O comandante de 52 anos será apresentado oficialmente na segunda-feira e deve embarcar com o grupo para os amistoso com a Coreia do Sul, dia 6 de junho, e com a Tunísia, pela Copa Kirin, no dia 10. A Federação Chilena não informou a duração do contrato de Berizzo, que vai substituir Martín Lasarte, demitido em abril após não conseguir vaga na Copa. Ele ficou no cargo por somente 14 meses, após entrar na vaga de Reinaldo Rueda.

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"Um velho conhecido para conduzir a nova era. Bem-vindo à La Roja, bem-vindo a sua casa, Eduardo Berizzo", anunciou em suas redes sociais a seleção chilena. O argentino foi campeão local com o O'Higgins em 2013 e tem passagens por equipes da Espanha, como Athletic de Bilbao, Sevilla e Celta de Vigo.

Depois disso, assumiu o comando do Paraguai em 2019 com a missão de levar a seleção de volta a uma Copa do Mundo. Acabou demitido em outubro de 2021 após 12 rodadas das Eliminatórias, com a seleção no oitavo lugar, com somente 12 pontos. Chega ao Chile para reerguer a seleção e também em busca de volta por cima na carreira.

"A Federação de Futebol do Chile, encabeçada por seu presidente, Pablo Milad, informa que chegou a um completo acordo com o senhor Eduardo Berizzo e seu staff, para dirigir a seleção chilena principal para o próximo processo."

Os chilenos fizeram questão de frisar que Berizzo "conta com destacada carreira como futebolista na seleção argentina", e que como técnico realizou grandes trabalhos no Estudiantes, de La Plata, e também no O'Higgins.

Se na Copa do Mundo o Brasil tem a França e a Alemanha como alguns dos principais algozes, quem faz o papel de carrasco na Copa América é o Paraguai, o adversário desta quinta-feira em Porto Alegre. O país vizinho não perdeu os quatro últimos encontros contra a seleção brasileira pela competição e foi o responsável pelas eliminações nas edições de 2011 e 2015, exatamente nas quartas de final.

A oportunidade de revanche mexe com boa parte dos jogadores do elenco atual. Dos 23 convocados pelo técnico Tite, oito estiveram na Copa América do Chile, em 2015, na queda diante dos paraguaios na disputa por pênaltis.

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O zagueiro Thiago Silva, na ocasião, cometeu um pênalti no jogo por toque de mão na área. A falha permitiu ao Paraguai empatar por 1 a 1 no tempo normal. O defensor e o lateral-direito Daniel Alves estiveram ainda na eliminação de 2011, na Argentina, para o mesmo rival sul-americano.

Nesses dois compromissos, a seleção brasileira foi superada nos pênaltis. No entanto, o Brasil vive momento bem melhor do que o do adversário. Enquanto o time de Tite vem de vitória por 5 a 0 sobre o Peru, os paraguaios avançaram com somente dois empates e uma derrota, a pior campanha entre os oito finalistas. "A gente não deixa se empolgar. Nós soubemos absorver o último resultado. Temos de saber o perigo que a gente corre", comentou.

O Paraguai tem sido um grande incômodo em Copas América há 15 anos. Em 2004, a seleção brasileira perdeu por 2 a 1 pela fase de grupos, para depois se recuperar e terminar como campeã. Depois foram mais dois encontros em 2011, um pela primeira fase e outro nas quartas de final, e mais a última partida, em 2015. A última vitória brasileira sobre os vizinhos paraguaios pelo torneio foi em 2001, na edição da Colômbia, por 3 a 1.

Tite encarou e venceu por 3 a 0 o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, em março de 2017, um ano antes do Mundial, mas o adversário mudou bastante.

O técnico na época era o lateral-direito Francisco Arce e agora é o argentino Eduardo Berizzo, o responsável por dar espaço a outros jogadores. Uma das apostas dele é um antigo algoz de Tite. O atacante Federico Santander estava no Guaraní em 2015, quando marcou e ajudou a eliminar o Corinthians da Copa Libertadores daquele ano. O jogador está agora no Bologna, da Itália, e só foi titular na Copa América na estreia contra o Catar.

Berizzo não escondeu o plano de jogar no contra-ataque para, mais uma vez, surpreender o Brasil. O Paraguai até agora não venceu na Copa América, mas se apega ao exemplo da edição de 2011 da competição, quando chegou à final graças a empates e vitórias nos pênaltis. Na ocasião, a equipe não ganhou uma partida sequer na disputa.

"Vamos ter uma equipe que defende com precisão e qualidade, além de poder armar contra-ataques rápidos. Contra o Brasil, vamos provar nossa qualidade. Temos de parar o ataque deles, apesar de sermos uma equipe ainda em construção", disse o treinador paraguaio.

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