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A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco não confirmou a informação vazada pelo jornal Folha de Pernambuco, nesta quinta-feira (30), de que a causa da morte do empresário Paulo César Morato, apontado como "testa de ferro" do esquema de corrupção que supostamente forneceu propina para a campanha de Eduardo Campos (PSB), teria sido "intoxicação exógena" ou seja envenenamento. Segundo o periódico, ele teria ingerido algum tipo de pesticida. Apesar de não confirmar, a SDS também não desmentiu as afirmações.

De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa da pasta, eles só vão confirmar a causa quando o resultado dos oito laudos periciais estiverem concluídos. "Não posso dizer que sim, pois ainda não saiu o laudo, nem que não, porque vai que seja realmente envenenamento. O resultado só sai quando estiver completo, não sai por partes", observou o assessor Otávio Toscano, em conversa com a imprensa no fim da tarde. Ele pontuou que alguns dos oito, inclusive, já foram finalizados.

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Paulo César Morato foi encontrado morto em um motel de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, na quarta-feira (22). As investigações do caso estão sendo marcadas pelo desencontro de informações. Além do vazamento da causa mortis, que segundo informações de bastidores teria partido de um médico legista, também já houve polêmicas com a realização da perícia no local onde o empresário morreu.

Denuncias feitas pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) dão conta de que houve uma obstrução nas investigações. O perito papiloscopista Lauro Macena confirmou a necessidade de uma segunda inspeção no quarto do motel, mas a medida não chegou a ser oficializada. A SDS reconheceu erro de comunicação, mas alegou ter realizado os procedimentos de forma necessária.

Caso os laudos confirmem o envenenamento este foi o segundo deslize da polícia diante da apuração do caso. A chefe da Polícia Científica do estado, Sandra Santos, convocou uma coletiva as 17h para esclarecer os fatos.

Operação Turbulência

Paulo César Barros Morato era considerado foragido da Polícia Federal por envolvimento na Operação Turbulência, que investiga um esquema criminoso especializado em lavagem de dinheiro com a utilização de empresas fantasmas e “laranjas”. Ele era apontado pela PF como o “testa de ferro” do esquema por ser o dono da Câmara & Vasconcelos, empresa responsável pelo recebimento de quase R$ 19 mil da OAS, investigada na Lava Jato, para um suposto serviço de terraplanagem nas obras da Transposição do Rio São Francisco. O montante, entretanto, pode ter sido destinado para pagar o avião utilizado por Eduardo Campos na campanha presidencial em 2014.

Com o corpo de MOrato  foram encontrados documentos pessoais, 7 pendrives, 3 celulares, R$ 3 mil em espécie, 3 cheques de terceiros sem valores, 53 envelopes para depósito vazios e remédios para diabetes e hipertensão.

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