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O astro de Hollywood Ben Affleck afirmou que sentiu vergonha ao tomar conhecimento de que um de seus ancestrais tinha escravos e se arrepende de ter solicitado aos produtores de um programa de TV que não revelassem a informação.

Affleck apareceu no fim do ano passado no programa "Finding Your Roots", de exibição nacional e que rastreia as raízes dos convidados famosos.

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O ator e diretor, famoso pela defesa das causas liberais, ficou abalado ao saber que, além de ter um antepassado que era um herói da Guerra Revolucionária, tinha um familiar que possuía escravos.

"Depois de uma pesquisa exaustiva dos meus ancestrais para o 'Finding Your Roots', descobriram que um de meus familiares distantes era dono de escravos", escreveu Affleck no Facebook.

"Eu não queria que nenhum programa de televisão sobre minha família incluísse um cara que era dono de escravos. Estava envergonhado. Apenas pensar nisto me deixou com um gosto ruim na boca", disse.

"Eu me arrependo do pensamento inicial de não incluir o tema da escravidão na história", escreveu Affleck.

O ator destacou ter aprendido uma lição importante sobre a tentativa de esconder o passado.

"Não merecemos crédito ou culpa por nossos antepassados e o grau de interesse nesta história sugere que ainda estamos, como nação, lutando com o terrível legado da escravidão", completou.

As revelações sobre os antepassados do artista vieram à tona por um e-mail divulgado pelo Wikileaks.

O e-mail é parte de uma série de mensagens embaraçosas divulgadas após o ataque de hackers contra a Sony Pictures em 2014 e publicada pelo Wikileaks.

Na mensagem, o diretor geral da Sony, Michael Lynton, e o professor de Harvard e apresentador do programa "Finding your Roots", Henry Louis Gates, trocam opiniões sobre o pedido de Ben Affleck para que não fosse mencionado que um de seus ancestrais era dono de escravos.

"Este é meu dilema", escreveu Gates.

"De maneira confidencial, pela primeira vez, um de nossos convidados pediu uma edição sobre algo a respeito de um de seus antepassados, o fato de que tinha escravos. Nunca alguém havia tentado censurar ou editar algo que descobrimos. É uma megaestrela. O que devemos fazer?", questionou.

Lynton aconselha Gates a censurar a informação, mas este último expressou o temor de que a decisão poderia "comprometer sua integridade".

O programa acabou por não fazer referência ao antepassado de de Ben Affleck.

Affleck, que interpretará em 2016 o herói Batman no cinema, não é a primeira vítima do ataque cibernético contra a Sony.

Em mensagens já divulgadas, um diretor descreve a atriz Angelina Jolie como uma "menina mimada com pouco talento", e outros e-mails mostram comentários racistas a respeito do presidente americano Barack Obama.

Os policiais venezuelanos têm o direito de serem homossexuais, mas apenas se esconderem sua orientação sexual, declarou nesta quarta-feira o comissário para a Reforma Policial, Freddy Bernal, entrevistado pela rede de televisão privada Globovisión.

"Um homossexual pode ser funcionário policial, desde que não manifeste publicamente sua orientação sexual, porque imagine um oficial da polícia que queira usar uma camisa rosa, ou pintar os lábios", disse Bernal entrevistado pelo jornalista Vladimir Villegas.

O comissário, encarregado da modernização policial no país que tem a segunda maior taxa de homicídios do mundo, também falou sobre os aspirantes à polícia que tenham tatuagens, utilizem brincos e piercings ou se considerem hippies.

"Os que vão entrar nos corpos da polícia têm que ser jovens com idoneidade, com ética, com desprendimento, têm que ser garotos saudáveis (...) Um garoto com uma tatuagem não pode entrar na Polícia Nacional Bolivariana; um garoto com um brinco não pode entrar na PNB. Eu já disse isso. Podemos mandá-lo ao ministério da Cultura", disse Bernal.

"Como nós vamos formar oficiais de polícia com um brinco? E não tenho nada contra os que usam brincos! Ou como vamos formar oficiais da polícia... um hippie?", acrescentou o comissário.

Na polícia da Venezuela "pode haver alguma pessoa que seja gay e é direito de cada um sê-lo. Mas não pode manifestar isso publicamente porque vai contra a estrutura da formação do que deve ser um oficial de polícia", disse Bernal.

A Constituição venezuelana proíbe a discriminação de qualquer tipo, incluindo por orientação sexual, mas na vida cotidiana a sociedade mantém múltiplos tabus sobre a homossexualidade.

Na Venezuela, cujo governo se define como socialista, não há nenhum projeto legislativo em estado avançado de discussão sobre o casamento ou uniões civis entre homossexuais - como ocorre em outros países da América Latina - e ainda menos de adoção por parte de casais do mesmo sexo.

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