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Professores do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), localizado no bairro de Salgadinho, usaram as redes sociais para denunciar supostas irregularidades na instituição, que retornou às aulas na última segunda-feira (7). Os docentes acusam a atual gestão do município de desmonte nos cargos de direção e coordenação pedagógica e pedem eleições diretas para essas funções.

Segundo os professores, a escolha tem motivações políticas e ferem os princípios assegurados pelo Estatuto do Magistério. Além disso, apontam crime administrativo na escolha do responsável pela Orquestra do CEMO e assédio moral praticado pela gestão.

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“Todas as escolas da rede municipal de Olinda escolhem coordenação e direção através de eleições democráticas. Por que só o Centro de Educação Musical foi diferente?”, questiona o professor Newton Messias.

De acordo com os professores, o responsável pela coordenação pedagógica não possui nível superior, assim como, o gestor da unidade não tem formação acadêmica em música. Esta informação foi reforçada pelo professor Fernando Torres. Em entrevista ao LeiaJá, nesta terça-feira (8), ele conta que o coordenador é estudante de direito e o diretor possui graduação, mas não em música. 

Os docentes do CEMO contam que estão com as atividades paralisadas devido à desorganização pedagógica. “Não sabemos quantas turmas temos, nós e os alunos não temos os horários das aulas. Estamos na sala dos professores ociosos e não há alunos”, diz texto publicado nas redes sociais pelos professores.

Fernando também alega que não houve diálogo entre gestão, coordenação e docentes. No entanto, ressalta que a equipe gestora já tem o conhecimento das denúncias, porém não se posiciona. “A nossa única reivindicação é a eleição direta, como prevista no Estatuto do Magistério. Essas irregularidades já foram levadas à Secretaria de Educação de Olinda em junho deste ano, mas nada foi feito”, aponta.

As acusações foram acatadas pelo Ministério Público do município e uma audiência foi marcada para a próxima terça-feira (15), às 14 h. Na ocasião, além de docentes e poder público, devem participar pais e alunos do CEMO. Do total de 55 professores do Centro, 30 docentes assinaram a denúncia. "Muitos colegas não assinaram o documento porque estão estudando fora do Brasil ou, simplesmente, porque estão com medo de sofre retaliação", ressalta Newton.

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura de Olinda, por meio de assessoria, emitiu nota sobre o caso. “A Prefeitura de Olinda informa que as denúncias descabidas estão ocorrendo desde o início da gestão Lupércio. Eles não aceitaram a mudança da direção e recorrem ao Ministério Público, porém sem provas".

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