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O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) pode ser o primeiro político a fechar um acordo de delação premiada com a Justiça Federal para contribuir com as investigações da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção nos contratos da Petrobras. Preso em Curitiba desde abril, de acordo com reportagem da revista Veja deste fim de semana, o pernambucano já teria confirmado a procurados da operação que as irregularidades na estatal teriam nascido a partir de um aval do ex-presidente Lula (PT). 

“Corrêa contou, por exemplo, que o petrolão nasceu numa reunião realizada no Planalto, com a participação dele, de Lula, de integrantes da cúpula do PP e dos petistas José Dirceu e José Eduardo Dutra – que à época eram, respectivamente, ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras. Em pauta, a nomeação de um certo Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras”, diz trecho da reportagem.

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Já condenado a cumprir mais de sete anos de prisão por envolvimento no caso do Mensalão, Corrêa também teria afirmado que a presidente Dilma Rousseff (PT) e Lula não só tinham conhecimento da existência do “petrolão” como “agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento”. O periódico conta ainda que o ex-presidente nacional do PP mantinha um “acordo tácito” de discrição em negociatas e usufruto de poder. 

A negociação no Ministério Público Federal para a delação premiada de Corrêa já dura duas semanas. Nos bastidores, as especulações são de que em Brasília há uma tensão pelo parecer da contribuição. A expectativa é de que com os relatos a Justiça, Corrêa detalhe os envolvimentos políticos com o esquema.

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