Tópicos | ESTADO DE DEFESA

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso, disse há pouco nas redes sociais que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de inquérito para apurar tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Na tarde de hoje, a Folha de S. Paulo informou que a Polícia Federal (PF) encontrou na casa de Torres uma minuta de decreto para que o então presidente Bolsonaro estabelecesse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o rascunho do documento, o objetivo era reverter o resultado da eleição vencida pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"ATENÇÃO! Estamos peticionando ao STF pedindo a instauração de um novo inquérito sobre a tentativa de GOLPE de Estado, incluindo o Sr Anderson Torres e o Sr Jair Bolsonaro. Eles não passarão!", afirmou Randolfe.

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O Grupo Prerrogativas, integrado por diferentes advogados e coordenado por Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que causa 'profundo desconforto e espanto' a nota em que o Procurador Geral da República, Augusto Aras, colocou na conta do Congresso Nacional a análise de crimes de responsabilidade 'de agentes políticos da cúpula dos Poderes da República' e citou a possibilidade de um Estado de Defesa- instituto que estabelece diferentes medidas coercitivas e suspende garantias fundamentais.

Segundo os advogados, o PGR 'parece desejar, ao mesmo tempo, esquivar-se de suas atribuições, pretendendo transferir ao Poder Legislativo a exclusiva responsabilidade de avaliar comportamentos ilícitos do Presidente da República, como também causar desassossego a todos aqueles comprometidos com a defesa da democracia'.

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"Ao fazer referência à exceção, anunciando o estado de calamidade pública como antessala do estado de defesa, o Procurador Geral da República deixa em estado de alerta e permanente vigilância toda a comunidade jurídica", registrou Grupo Prerrogativas em nota.

A manifestação é mais uma reação à nota em que Aras reconheceu indiretamente o aumento da pressão pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O texto divulgado na terça-feira, 19, provocou críticas no Congresso e no próprio Ministério Público e foi considerada um "desastre" por atuais integrantes da Corte Suprema.

Segundo o Grupo Prerrogativas, 'é preocupante que exatamente na mesma semana em que Jair Bolsonaro anuncia que a ditadura ou a democracia dependem da decisão das Forças Armadas, o Procurador Geral da República faça menção ao Estado de Defesa, forma de exceção que restringe ou suprime os direitos asseguradores da dignidade e da cidadania'.

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