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Astrônomos observaram o nascimento de uma estrela que cresce em jorros, pontuado por surtos rápidos e jatos estelares de vários bilhões de quilômetros - é o que mostra um estudo divulgado nesta quarta-feira pela revista científica britânica Nature.

"Estas proto-estrelas (nome científico de uma estrela bebê, ndlr) são tão jovens e tão entrelaçadas umas nas outras que, por enquanto, não há telescópios ópticos ou infravermelhos que deem uma imagem completa do fenômeno e das ejeções que o acompanham", explicou Adele Plunkett, co-autora do estudo, que então pertencia à Universidade Americana de Yale.

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Graças ao telescópio ALMA, um rádio-telescópio gigante instalado nos Andes chilenos que tem a particularidade de ver através das nuvens de poeira de astros, que os astrônomos puderam descrever este nascimento movimentado e espetacular.

Esta observação ocorreu num viveiro de estrelas, situado a 1.400 anos-luz da Terra. "Esta jovem proto-estrela passa por períodos de crescimento rápido e de relativa calma", afirmou Adele Plunkett em comunicado.

Os berços de estrelas são vastas nuvens de gás frio e poeira. Na fase de proto-estrelas, gases interestelares se condensam e a fusão nuclear no centro da futura estrela começa. Sob o duplo impacto da energia liberada pela matéria e do campo magnético da estrela, parte da substância é ejetada através dos dois polos do corpo celeste.

Estes jatos estelares parecem ligar e desligar com uma regularidade surpreendente, como um piscar de olhos, aparentemente se deslocando de um lado para o outro da estrela. Os dados do radiotelescópio permitiram enumerar 22 jatos distintos.

Eles se estendem por 2,46 bilhões de quilômetros, misturando-se com outras pessoas no processo. É por isso que até então foi tão difícil diferenciá-los.

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