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O regulador russo dos meios de comunicação suspendeu nesta segunda-feira (21) o acesso ao site da rede francesa Euronews, em meio ao crescente controle das informações relacionadas à ofensiva na Ucrânia.

Segundo as agências de notícias russas, o Roskomnadzor bloqueou a página do canal, euronews.com, e sua versão em russo, ru.euronews.com, a pedido da promotoria. O motivo do bloqueio não foi especificado.

Desde o início da intervenção da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro, o poder russo reforçou consideravelmente seu controle das informações difundidas na internet, um dos últimos espaços de livre expressão no país.

O acesso a muitos veículos de comunicação russos e estrangeiros, entre eles a BBC, foi proibido e as redes sociais americanas Facebook e Instagram foram declaradas “extremistas” por um tribunal moscovita nesta segunda-feira. O acesso ao Twitter também foi restrito.

Na semana passada, o regulador acusou o gigante americano Google e sua plataforma de vídeos YouTube de atividades “terroristas”, primeiro passo para um provável bloqueio.

A rede americana de comunicação NBC News (grupo Comcast/NBCUniversal) anunciou a aquisição de uma participação da Euronews, que será renomeada Euronews NBC depois da transação.

"Depois do fechamento desse acordo, a NBC News abastecerá recursos editoriais e conselhos estratégicos -e terá uma participação no capital- com o objetivo de ajudar a continuar construindo o êxito que a Euronews teve até agora", afirmou na terça-feira o presidente do conselho administrativo da NBC News Group, Andy Lack, em um memorando interno ao qual a AFP teve acesso.

Segundo uma fonte próxima ao assunto, a participação que prevê adquirir a NBC representa 25% do capital da Euronews. Isso transformará a rede americana no segundo acionista da Euronews, atrás do magnata de origem egípcia Naguib Sawiris, que possui 53%. O resto está em mãos de aproximadamente vinte redes públicas europeias.

Segundo a agência Bloomberg, o montante da transação ultrapassa os 30 milhões de dólares. A operação deverá ser aprovada pelos atuais acionistas da Euronews, convocados para assembleia geral antes do final do mês. A transação deve terminar no final de março ou no começo de abril.

Com sede em Lyon, na França, e com um quadro de 500 funcionários, a Euronews é deficitária há vários anos.

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