Tópicos | fascismo

Milhares de simpatizantes da extrema direita italiana se manifestaram neste sábado (21) em Roma sob o lema "Os italianos primeiro", uma marcha convocada pelo grupo fascista Casa Pound, não muito longe de uma contramanifestação da extrema esquerda.

Um importante dispositivo policial, que incluiu canhões que lançavam jatos d'água, controlava a manifestação da direita, devido a possíveis confrontos com os manifestantes de esquerda. O único incidente registrado ocorreu quando manifestantes de esquerda atacaram um micro-ônibus que parecia transportar membros da direita.

O grupo Casa Pound, que obteve menos de 1% dos votos nas últimas eleições locais e legislativas, decidiu organizar a manifestação de hoje para lembrar o terceiro aniversário do suicídio de Dominique Venner.

Este historiador, ensaísta e militante do movimento de extrema direita radical na França durante décadas suicidou-se em 21 de maio de 2013, aos 78 anos, diante do altar da catedral de Notre Dame, em Paris.

[@#galeria#@]

Em meio a uma crise política no Brasil e às vesperas de um ato no Recife em apoio ao Deputado Federal do Partido Social Cristão (PSC), Jair Bolsonaro, um grupo de militantes decidiu realizar, neste sábado (30), uma marcha antifascista na Praça do Derby, área central da capital pernambucana. Apesar de quase 4 mil pessoas confirmarem a presença no evento do ato no Facebook, um grupo com menos de 100 pessoas esteve presente durante a manifestação, que decidiu não sair em marcha, mas permanecer nas imediações e alertar a população com discursos contra o que chamam de 'onda de conservadorismo no Brasil'. 

##RECOMENDA##

A Marcha estava marcada para acontecer em mais de 20 cidades brasileiras neste sábado (30). Organizado pela Frente Antifascista de Pernambuco, o ato levanta a pauta de que a luta popular não deve ser criminalizada e que o fascismo não pode se disseminar, ainda mais, entre os brasileiros. Para Antônio Madureira, integrante da frente, os atos reacionários que vêm acontecendo não são novidades. "Mesmo após 30 anos do fim da Ditadura Militar, acho que essa onda reacionária e conservadora nunca deixou de existir. Parece que ela sempre esteve guardada no armário e agora está ressurgindo", aponta. 

Com o lema "somar para o fascismo sumir", reunidos da Praça do Derby, os manifestantes dialogaram e apontaram ações que devem ser feitas pelo grupo para tentar cessar a intolerância e inúmeras práticas fascistas que, segundo eles, estão presentes principalmente na política. "Não merecemos de forma nenhuma ser agredidos pela nossa sexualidade, cor ou posicionamento político", afirmou um dos participantes do ato, Carlos Tradicional. Apesar do movimento antifascista ser apartidário, o grupo decidiu apoiar as manifestação a favor do Partido dos Trabalhadores (PT), que não aceitam o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De caráter pacífico e com um pequeno grupo presente, o ato se dirigiu à Avenida Agamenon Magalhães, no Centro do Recife, e realizou uma breve ocupação em uma das principais vias da capital. Com cartazes, faixas e ao som de gritos como "não vai ter golpe", "fascistas não passarão", "fora Cunha" e palavras contra Bolsonaro, o grupo protestou no início da noite. "Nosso objetivo é alertar as pessoas desse conservadorismo e desse fascismo que quer acabar com os direitos dos trabalhadores desse país", afirmou Madureira.

Para ele, a extrema direita e medidas conservadoras se devem a uma falha dos movimentos de esquerda. "Na minha visão, eles falharam. Não conseguiram se organizar junto à população e construir pautas sociais que levassem a uma real emancipação e realmente a uma politização dos cidadãos", explica. Ele afirma que é preciso trabalho de base para impedir o crescimento de atos reacionários. "Tem que ter mais diálogo com a população em geral. Como se fosse um trabalho de formiguinha, mesmo". 

[@#video#@]

Quase 4 mil pessoas já confirmaram presença na Marcha Antifacista, neste sábado (30), às 16h, mais um evento político mobilizado via redes sociais. Segundo os organizadores, a ideia não é promover a violência, mas marcar posição 'contra qualquer ataque às liberdades'. 

A concentração está marcada para a Praça do Derby, onde estão acampados movimentos sociais contrários ao Impeachment de Dilma. "Os ataques não estão restritos no âmbito político, com leis conservadoras e que prejudicam as liberdades. Esses ataques se propagam nas ruas, diariamente, violentamente. E eles têm aval do Estado conservador, através de um sistema que só julga e criminaliza o nosso povo.Propagam ódio contra imigrantes, contra homossexuais, contra os negros, contra nordestinos, contra movimentos de esquerda com ou sem partido político", diz o texto da descrição do evento no Facebook.

##RECOMENDA##

A organização também afirma que a marcha irá acontecer em outras 22 cidades em todo o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, são esperadas pelo menos 10 mil pessoas na Praça da Sé.

Não há informações sobre o percurso, se haverá fechamento de ruas ou se políticos estarão presentes, já que, não há nenhum partido político envolvido na mobilização. "Não há espaço para panfletagem ou palanque partidário em um evento que tem como principal foco alertar a população quanto o fascismo que assola o país. A marcha tem o objetivo de ser uma frente de massas e não um desfile partidário em ano eleitoral.Evitem suas bandeiras, substituam as bandeiras de seus partidos pelas as das ideologias que os formam", avisa um comunicado na página do evento.

A Áustria deseja expropriar a casa em Adolf Hitler nasceu para encerrar uma longa batalha legal e impedir que o imóvel se transforme em um templo neonazista.

"Nos últimos anos chegamos à conclusão de que a expropriação é a única forma de evitar que o edifício seja usado em benefício dos (simpatizantes) nazistas", disse o porta-voz do ministério do Interior, Karl-Heinz Grundboeck.

De acordo com Grundboeck, o ministério está verificando a legalidade de sua pretensão e depois "adotará as medidas legais apropriadas". O porta-voz explicou que neste caso, o governo indenizará a atual proprietária. A casa em questão, onde Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889, fica no coração da cidade de Braunau am Inn.

Apenas uma placa dá pistas sobre sua particularidade, com a frase "A favor da paz, da liberdade e da democracia. Fascismo nunca mais, advertem milhões de mortos". A casa está vazia desde 2011, quando o governo iniciou a batalha jurídica com a proprietária, Gerlinde Pommer. A família Pommer é dona do imóvel há mais de um século, com exceção de um breve período durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1972, o governo austríaco assinou um contrato de aluguel com Pommer para que a residência não virasse um local de peregrinação de neonazistas. Com o acordo, o local virou um centro para deficientes. Mas em 2011 o contrato foi rompido de maneira abrupta, quando Pommer se negou a permitir obras de reforma. Ela também rejeitou uma oferta de compra do ministério do Interior.

Entre os 17.000 habitantes de Braunau, alguns desejam que a casa vire um centro de refugiados e outros defendem a ideia de um museu dedicado à libertação da Áustria. Alguns preferem a demolição, mas como a casa fica no centro histórico da cidade está protegida por lei.

A cada ano, na data de aniversário de Hitler, dezenas de militantes antifascistas protestam diante do edifício, no número 15 da rua Salzburger Vorstadt.

A Áustria celebrou nesta quarta-feira (8) o final da Segunda Guerra Mundial, homenageando pela primeira vez com uma guarda de honra em Viena as vítimas do fascismo. Soldados do exército austríaco montavam guarda neste 8 de maio, na cripta da praça dos Heróis (Heldenplatz), em Viena.

Organizações estudantis de ultradireita se acostumaram a comemorar nesta praça os soldados mortos em combate. O ministro da Defesa, Gerald Klug, tomou a decisão de impedir a manifestação dos militantes de ultradireita. "Este dia foi interpretado de forma contraditória no passado", declarou na terça-feira Klug em entrevista coletiva.

"O 8 de maio será sempre um dia de alegria pela libertação e um dia de memória", disse, acrescentando que não havia lugar para "outras interpretações". "Ali onde as corporações, em anos anteriores, lamentavam a derrota, onde o exército austríaco honrará as vítimas" do fascismo, declarou Klug.

Uma cerimônia oficial foi celebrada na quarta-feira pela manhã na Chancelaria, na presença do chefe de governo, Werner Fayman, e do vice-chanceler, Michael Spindelegger. O ex-chefe de redação do jornal israelense Jerusalem Post, Ari Rath, que fugiu de Viena em 1938 e retornou em 2007 para adquirir novamente a nacionalidade austríaca, fez um discurso.

Durante um longo período no pós-guerra, a Áustria negou cumplicidade nos crimes dos nazistas contra a humanidade, apresentado-se como "anexada" pela Alemanha em 1938, e a "primeira vítima" de Adolf Hitler.

No final dos anos 1980, o "caso Waldheim" - a revelação do passado nazista de Kurt Waldheim, ex-secretário-geral da ONU e na época presidente austríaco (1986-1992)- mudou a situação.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando