Tópicos | fenômeno climático

Desde o dia 23 de maio, o estado de Pernambuco vem sofrendo com as chuvas intensas. No Recife e Região Metropolitana, o número de mortes por deslizamento de barreiras, de acordo com o Corpo de Bombeiros, está em 128 e mais de nove mil pessoas estão desabrigadas. O LeiaJá conversou com o professor de geografia, Luiz Felipe (Gallo), para entender o que está causando as fortes chuvas no Estado.

À reportagem Gallo explica que em Pernambuco houve um aquecimento da água do oceano atrelado ao Distúrbio Ondulatório de Leste, que já é comum no Estado. No entanto, de acordo com o docente, ele veio antes do previsto. "O fenômeno foi potencializado pela temperatura do oceano. Com a temperatura da água mais elevada, atualmente, estão considerando como três graus para mais. Isso faz com que um grande volume de água venha a evaporar e crie uma massa de ar e isso acaba chegando ao continente e causa uma grande pluviosidade. E isso, no nosso caso, causará um grande volume de chuva". 

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O professor ressalta que devido à intensidade das chuvas um outro fator problemático dever ser enfrentados pelos pernambucanos. "Nosso solo está ainda muito úmido e está saturado de água. Com a continuidade das chuvas, não estamos tendo uma evaporação de água. Além disso, Recife é uma cidade de relevo considerado baixo. Então, boa parte do relevo sofreu áreas de aterro e outras áreas da cidade eram de Mata Atlântica. E essas áreas foram ocupadas de maneira desordenada", explana.

Com relação aos casos de deslizamento, Luiz Felipe salienta que os incidentes tem relação com a ocupação de encostas, que são locais onde não há vegetação nativa, e realizas de maneira desordenada. "Então, esse solo termina absorvendo água e essa água pode causar esse processo, individualmente, de deslizamento. A gente sabe que ocupando essas áreas vai terminar gerando a questão de corte", reforça.

 

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