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O Ginásio do Maracanãzinho recebeu na manhã de hoje (30) um evento diferente. No lugar das competições esportivas, o clima era de total celebração, união e realização de um sonho. Na presença de juízes, autoridades e representantes das igrejas Católica e evangélica, cerca de 2 mil casais oficializaram a união no Dia do Sim, evento promovido em parceria entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e o sistema Firjan.

Moradora de Seropédica, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a dona de casa Gláucia Souza Nascimento vive com Carlos Henrique há sete anos e tem uma filha de 4 anos de idade. Ela conta que já queria casar oficialmente, mas não tinha condições financeiras de bancar a cerimônia. “É legal porque eu já estava querendo casar há um tempo, mas não tinha como pagar e surgiu essa oportunidade, então estou realizando um sonho. A sensação de felicidade é a mesma [de como] se fosse uma cerimônia sozinha. Fui tirar a Certidão de Nascimento e o rapaz do cartório falou que tinha vaga para casar. Eu nem avisei meu noivo, só falei no dia que eu levei os papéis para ele assinar”, lembra.

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Outra noiva ansiosa era a cabeleireira Maralice da Silva Pontes, de Guadalupe, zona oeste do Rio. Ela mora com José João da Silva há três anos e está grávida do primeiro filho. Para ela, oficializar a união é uma realização pessoal e para a família. “Nós somos evangélicos, o casamento é importante para poder se consagrar na igreja. Eu soube do casamento coletivo pela internet. Liguei, marquei, eles ligaram de volta para eu levar os documentos, foi mais simples. É uma oportunidade para quem não tem muita condição financeira, foi tudo gratuito, nós não pagamos nada. É um dia de alegria para todo mundo que está aqui”.

A coordenadora do evento, Ana Carla Alcântara, diz que esta foi a primeira vez na história do Rio de Janeiro que uma cerimônia coletiva uniu oficialmente tantos casais. Ela lembrou que o casamento vai além da mera formalidade, pois envolve direitos e cidadania. “A gente identificou a necessidade de falar para as pessoas que não é somente uma questão do papel, que é uma questão de segurança e de exercício da cidadania. A gente fez com esses casais o trabalho de explicar a importância do casamento, esclarecer a segurança que os filhos vão ter na ausência de um ou de outro, a gente vem trabalhando com eles desde junho, fazendo palestras, de educação, conscientização.”

A coordenadora de Casamentos no Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape) do TJ-RJ, juíza Raquel de Oliveira, disse que, no ano passado, o casamento coletivo reuniu 400 casais, após a análise dos documentos e as audiências, feitas voluntariamente por 29 juízes. “Fizemos 250 audiências por sábado e por domingo em agosto, menos no Dia dos Pais."

De acordo com a juíza, o casamento garante mais direitos do que a união estável. “Os direitos não são os mesmos de quem é casado e de quem mora junto. Por exemplo, a mulher quando é casada ela mesma registra o filho em nome dela e do pai só com a Certidão de Casamento. Quando mora junto, é só ele que pode ir colocar o nome dele e, muitas vezes. a criança fica sem o nome do pai porque ele não tem tempo de ir ao cartório registrar.”

O TJRJ organiza casamentos comunitários há oito anos, para pessoas com renda familiar de até R$ 2,5 mil, que já convivem em união estável e que não têm impedimentos legais.

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