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Dois dias depois de a Itália empatar por 0 a 0 com a Suécia, em Milão, e ficar fora da Copa do Mundo de 2018, a Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) anunciou oficialmente nesta quarta-feira (15) a demissão do técnico da seleção nacional, Gian Piero Ventura.

A demissão do treinador já era bastante esperada depois deste fiasco histórico. Tetracampeão do mundo, o País se ausentará de uma Copa pela primeira vez desde 1958 e o fato motivou a FIGC a rescindir o contrato de Ventura, que recentemente havia sido renovado até 2020. O acordo, porém, continha uma cláusula que previa o possível rompimento do mesmo em caso de fracasso nas Eliminatórias do Mundial.

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No mesmo comunicado em que confirma a demissão, a entidade também informou que o seu presidente, Carlo Tavecchio, não pretende deixar o seu cargo após ter sido pressionado a renunciar e justificou a decisão com o objetivo de "assumir a responsabilidade de apresentar ao Conselho da federação uma série de propostas para o futuro".

A Itália acabou sendo superada pela Suécia na repescagem europeia das Eliminatórias da Copa, na qual foi derrotada por 1 a 0 no confronto de ida, fora de casa, na semana passada, antes de não conseguir passar de um 0 a 0 na partida de volta, na última segunda-feira, no estádio San Siro.

Carlo Ancelotti, que foi demitido pelo Bayern de Munique em setembro e tem carreira vitoriosa como treinador, está sendo cotado pela mídia italiana como um provável nome para assumir a seleção nacional no lugar de Ventura. Com 69 anos de idade, este último nunca dirigiu um clube do primeiro escalão do futebol italiano ou mundial antes de assumir a Itália.

Ventura havia sido contratado no ano passado, quando Antonio Conte deixou a seleção logo após a Eurocopa, na França, e foi para o Chelsea. O treinador demitido deixa o cargo com um retrospecto de nove vitórias, quatro empates e três derrotas.

O técnico Gian Piero Ventura ficou bastante irritado com a violência da Suécia na primeira partida da Itália na repescagem europeia para a Copa do Mundo do ano que vem. O treinador considerou que a derrota por 1 a 0, em Solna, foi causada em partes pelo jogo físico do adversário. E para superá-lo, pediu que os italianos façam valer o talento no duelo de volta, nesta segunda-feira, em Milão.

"Nós somos a Itália. Se for para conseguirmos a classificação, faremos isso jogando futebol. Isso não significa que a Suécia não jogará. Eu não sei qual o tipo de partida que jogaremos amanhã, mas espero que tenhamos um comportamento esportivo melhor", declarou neste domingo.

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Ventura disparou contra algumas faltas mais duras cometidas pelos suecos, em especial a que gerou uma fratura no nariz do zagueiro Bonucci. "Eu acho que a partida poderia ter sido mais controlada no comportamento esportivo. E isso fica mais evidente se alguém precisa jogar amanhã com uma máscara."

O treinador está pressionado no comando da Itália e tem sido alvo de críticas da torcida e da imprensa. Afinal, pode ver o país ficar de fora da Copa do Mundo apenas pela terceira vez na história, a primeira desde 1958. Para evitar este vexame, a seleção precisa vencer por dois gols de diferença na segunda.

"Eu sei que a partida é fundamental para nós, mas é o mesmo cenário desde que cheguei ao time. Eu honestamente não entendo. As pessoas estão surpresas que estejamos jogando a repescagem, mas este é o cenário desde o início. Agora que estamos aqui, tomaremos algumas decisões se perdermos. Se ganharmos, tomaremos outras", considerou.

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