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No último final de semana, o Zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, viveu dias de apreensão, medo e tristeza. No sábado (28), um gorila de quase 200kg puxou uma criança para dentro de seu viveiro e arrastou a mesma pela perna, como se estivesse brincando. Os funcionários do zoo não tiveram dúvida e após conseguir um bom ângulo atiraram no animal para matar, salvando a criança de sua eminente morte. Porém, a atitude foi questionada.

Um dia após o ocorrido, dezenas de pessoas fizeram protestos e levaram flores até o zoológico. Para muitos, apesar da criança correr riscos, o animal poderia ter sido sedado ao invés de morto. No entanto, segundo a direção do estabelecimento, os responsáveis decidiram atirar para matar, uma vez que se o tranquilizante demorasse a agir - o que acontece em alguns casos - o gorila poderia ter ficado ainda mais irritado e mataria o menino.

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Segundo o especialista Jack Hanna, diretor emérito do Columbus Zoo e apresentador de programas sobre animais, a atitude dos funcionários do Zoológico de Cincinnati foi a correta. "Conheço gorilas deste tipo e sei o que eles podem fazer. Eles esmagam cocos verdes com a palma da mão em segundos. Poderiam ter feito isso com a criança caso o tranquilizante não tivesse ação imediata", disse ele, em entrevista à ABC News.

A mãe do menino, que sofreu críticas por 'deixar a criança em perigo', desabafou nas redes sociais, dizendo que tudo aconteceu muito rápido e tudo foi um acidente. Para ela, o mais importante foi que "as pessoas certas estavam no lugar certo" para salvar o seu filho. Uma das testemunhas ouvidas pela ABC News defendeu a mãe da criança. "Tudo aconteceu muito depressa. Em um momento o menino estava do nosso lado e no outro o gorila já o havia puxado para baixo", contou.

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Principal estrela do Jardim Zoológico de Belo Horizonte, o gorila Idi Amin morreu hoje aos 38 anos, durante um procedimento para tratamento de saúde. Devido à idade avançada, o animal sofria de uma série de enfermidades, como insuficiência renal crônica e osteoartrite, mas a causa da morte ainda não foi confirmada. O corpo foi submetido à necropsia e o laudo deve ficar pronto em 30 dias.

Segundo a Fundação Zoo-Botânica (FZB) da capital, responsável pela administração do zoológico, desde o fim do ano passado o animal recebia tratamento para uma ferida no braço esquerdo que "vinha evoluindo satisfatoriamente". Porém, as doenças crônicas que eram controladas há alguns anos passaram a "determinar alterações significativas no metabolismo do animal", provocando anemia severa e desidratação. O quadro se agravou nas últimas semanas e hoje ele foi sedado para que fosse feita hidratação e coleta de amostras para novos exames. Durante o procedimento, o gorila sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

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Até o ano passado, Idi Amin era o único animal de sua espécie em cativeiro na América do Sul. Em agosto, ele ganhou a companhia de duas fêmeas, Imbi e Kifta, de 11 anos, fornecidas pela Fundação Aspinall, da Inglaterra. De acordo com a FZB, foram registrados ao menos três acasalamentos entre Idi Amin e as fêmeas, mas "sem indícios de gestação".

Idi Amin pertencia à subespécie Gorilla gorilla gorilla, que vive originalmente em florestas tropicais, principalmente da África Central, em regiões baixas e quentes, próximas a rios e alagados. O gorila chegou ao zoológico de Belo Horizonte com dois anos, em 1975, junto com uma fêmea chamada Dada, cedido pelo zoológico francês Saint-Jean-Cap-Ferrat. Dada morreu três anos depois vítima de infecção generalizada. Em 1984, ele recebeu nova companheira, Cleópatra, procedente do zoológico de São Paulo, mas a gorila chegou à capital mineira com desidratação e diarreia e morreu duas semanas depois.

Desde então ele permaneceu solitário até a chegada das fêmeas cedidas pela instituição britânica. De acordo com a FZB, a adaptação entre os animais "foi perfeita desde o primeiro momento". "Idi assumiu o papel de macho dominante e protetor de seu bando e as fêmeas se adaptaram muito bem às condições de manejo do zoo", afirmou a instituição, em comunicado divulgado hoje. Ainda segundo a fundação, durante todo o tempo de tratamento as duas fêmeas "estiveram próximas a ele, apresentando sempre um comportamento natural e carinhoso" e quando havia necessidade de separá-los elas "permaneceram atentas e interessadas em acompanhá-lo mesmo à distância".

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