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O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar nesta terça-feira, 22, o operador Henry Hoyer de Carvalho. Alvo da Operação Sem Fronteiras, 43.ª fase da Lava Jato, Henry Hoyer estava em prisão temporária desde sexta-feira, 18, quando foi capturado.

Segundo a investigação, o operador teria intermediado vantagem indevida para o diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em contratos de afretamento. Ao mandar soltar Hoyer, o juiz da Lava Jato afirmou que o operador "teria se afastado de tal atividade específica há algum tempo".

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Moro impôs cinco medidas cautelares a Henry Hoyer diante da "fundada suspeita do envolvimento do investigado em crimes contra a Administração Pública".

"Proibição de que contrate com a Administração Pública direta ou indireta ou de intermediar, de qualquer forma, direta ou indiretamente, contratos com a Administração Pública direta ou indireta; compromisso de comparecimento a todos os atos do processo; proibição de deixar o País, com a entrega do passaporte a este Juízo em 48 horas; proibição de contatos com os demais investigados, salvo familiares e proibição de mudança de endereço sem autorização do Juízo", determinou o magistrado.

O juiz da Lava Jato mandou oficiar a Delegacia de Fronteiras da Polícia Federal "solicitando a anotação da proibição para que Henry Hoyer de Carvalho deixe o País e para que seja proibida a emissão de novos passaportes em seu nome".

Na operação que realizou na manhã desta quinta-feira, 21, a Polícia Federal acabou detendo o segundo operador de propina do PP, Henry Hoyer, no Rio. Ele era alvo de um mandado de busca e apreensão, não havia decreto de prisão contra ele. No entanto, acabou detido após a PF encontrar munição de uso restrito em uma das três armas antigas que ele tinha, em sua residência.

Henry Hoyer de Carvalho, identificado como Henry pelo doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, em depoimento à Justiça Federal, é sócio em duas empresas e já foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB).

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Seu nome também havia sido identificado pela Polícia Federal nas agendas do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa antes do depoimento de Youssef. "Reunião com Maurício e Henry 6/9/12", anotou Costa em uma agenda de 2012 e 2013 apreendida na Lava Jato.

A CPI do HSBC cancelou o depoimento doleiro Henry Hoyer que estava marcado para a manhã desta quinta-feira (16). Ele é apontado nas investigações da Polícia Federal como o segundo operador junto ao Partido Progressista (PP) no esquema de desvio de recursos. Originalmente, os senadores iriam votar requerimentos no início da sessão e ouvir Hoyer em seguida. Hoyer foi apontado por Alberto Youssef em sua delação premiada como um parceiro do PP no esquema Petrobras.

A assessoria da comissão informou que a decisão foi tomada pelo presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), em conjunto com os outros membros do colegiado. De acordo com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o depoimento foi adiado para que mais informações sobre o caso sejam coletadas antes da oitiva. "Hoje, nós temos apenas a informação de que ele foi o sucessor de Alberto Yousseff na Lava Jato", disse, ressaltando que a CPI pretende votar nesta manhã 50 requerimentos com pedidos de informações.

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A CPI do HSBC foi instalada com o objetivo de investigar irregularidades em contas de brasileiros abertas na filial do banco na Suíça. A origem da investigação foi o vazamento, no início deste ano, de uma lista com nomes de correntistas do banco e a descrição dos valores aplicados.

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