Tópicos | CPI do HSBC

Três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que estão em andamento no Senado e deveriam encerrar os trabalhos nos próximos meses ganharam mais prazo nesta semana. Foram prorrogadas as CPIs do HSBC, das Próteses e do Carf.

Criada para apurar as denúncias sobre a existência de contas de brasileiros no HSBC da Suíça, cujos recursos têm origem desconhecida e possivelmente são fruto de sonegação fiscal e evasão de divisas, a CPI do HSBC deveria se encerrar neste mês, mas foi prorrogada por 180 dias. Com isso, a comissão funcionará até março do ano que vem.

##RECOMENDA##

Também foi adiado para o próximo ano o prazo para o relatório final da CPI do Carf, que poderá funcionar até janeiro. A comissão foi criada para investigar denúncias de que integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais recebiam propina para beneficiar empresas que recorriam de multas aplicadas pela Receita Federal. As denúncias surgiram com a Operação Zelotes, da Polícia Federal.

Por fim, foi adiada também a CPI das Próteses, que vai funcionar até o fim deste ano. Nessa comissão, são investigadas denúncias sobre um esquema de fraude e corrupção envolvendo médicos e representantes de fábricas de próteses e órteses, relacionado a cirurgias para implantação de próteses pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Autoridades francesas negaram o acesso aos integrantes da CPI do HSBC aos documentos do caso Swissleaks sob a guarda da França. A negativa consta em documento de uma página endereçado ao Ministério da Justiça em que as autoridades francesas alegam que a CPI não tem poder criminal, prerrogativa estabelecida no acordo de cooperação com o governo brasileiro para o compartilhamento dos dados.

A informação de que o colegiado não receberia os documentos foi feita pelo secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, ao relator da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), na última sexta-feira, 10.

##RECOMENDA##

"O governo da França não autorizou o compartilhamento dos dados com a CPI. Devemos receber formalmente essa informação do Ministério da Justiça nos próximos dias", lamentou Ferraço.

Questionado sobre o futuro da CPI, uma vez que a principal fonte de investigação seria o material levantado pelos franceses, o relator respondeu: "Vamos conversar ainda, mas foi um grande banho de água fria". A comissão foi instalada no último mês de maio mas não conseguiu avançar nas investigações em razão de não ter dados oficiais sobre o tema.

Apesar da negativa da distribuição dos documentos à CPI, no final do último mês de maio, as autoridades francesas concederam o compartilhamento das investigações ao Ministério da Justiça, Ministério Público Federal por considerarem que as duas instituições têm competência para matérias criminais.

O caso Swissleaks foi revelado em 2008 e envolve 106 mil clientes do banco oriundos de 203 países que, entre 2006 e 2007, mantinham depósitos da ordem de US$ 100 bilhões na filial de Genebra. Entre os correntistas há cerca de 8 mil brasileiros, que tinham, numa estimativa preliminar, mais de R$ 7 bilhões ocultados da Receita Federal.

A CPI do HSBC, do Senado, irá ouvir, nesta terça-feira (5) o presidente da instituição financeira no país, André Guilherme Brandão. Ele deverá falar sobre a participação do banco no escândalo que ficou conhecido como Swissleaks, que envolve o vazamento de informações sobre milhares de contas secretas na filial suíça do HSBC.

O caso veio a público através da investigação de um consórcio internacional de jornalistas, em parceria com o jornal francês Le Monde. O episódio envolve depósitos totais de mais de US$ 100 bilhões, mantidos em agência do HSBC em Genebra por cerca de 106 mil clientes de 203 países, referentes aos anos de 2006 e 2007.

##RECOMENDA##

O montante relacionado a brasileiros chega a US$ 7 bilhões. O Brasil é o nono país com o maior valor depositado e o quarto maior em número de clientes no HSBC: foram localizados 8.667 brasileiros com contas na filial da Suíça.

Com informações da Agência Senado.

 

A CPI do HSBC se reunirá na quinta-feira (30) para ouvir o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. A comissão investiga o chamado Swissleaks, o vazamento de informações sobre milhares de contas secretas na filial suíça da instituição financeira.

No requerimento de convite a Daiello, o relator do colegiado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), explicou que ele poderá prestar mais esclarecimentos sobre o caso, já que há uma investigação em curso na PF, para apurar possíveis crimes de evasão fiscal.

##RECOMENDA##

"Há suspeita de cometimento de delitos extremamente graves. Crimes contra o sistema financeiro, crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e demais ilícitos que tenham impacto expressivo, tais como corrupção, tráfico de drogas e receptação, entre outros", frisou.

O Swissleaks é o nome dado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos ao vazamento de informações feito por um ex-funcionário do HSBC na Suíça, que tem permitido investigações e punições de infratores em diversos países no mundo.

 

A CPI do HSBC cancelou o depoimento doleiro Henry Hoyer que estava marcado para a manhã desta quinta-feira (16). Ele é apontado nas investigações da Polícia Federal como o segundo operador junto ao Partido Progressista (PP) no esquema de desvio de recursos. Originalmente, os senadores iriam votar requerimentos no início da sessão e ouvir Hoyer em seguida. Hoyer foi apontado por Alberto Youssef em sua delação premiada como um parceiro do PP no esquema Petrobras.

A assessoria da comissão informou que a decisão foi tomada pelo presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), em conjunto com os outros membros do colegiado. De acordo com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o depoimento foi adiado para que mais informações sobre o caso sejam coletadas antes da oitiva. "Hoje, nós temos apenas a informação de que ele foi o sucessor de Alberto Yousseff na Lava Jato", disse, ressaltando que a CPI pretende votar nesta manhã 50 requerimentos com pedidos de informações.

##RECOMENDA##

A CPI do HSBC foi instalada com o objetivo de investigar irregularidades em contas de brasileiros abertas na filial do banco na Suíça. A origem da investigação foi o vazamento, no início deste ano, de uma lista com nomes de correntistas do banco e a descrição dos valores aplicados.

A CPI do HSBC, que investiga irregularidades em contas de brasileiros na sede do banco na Suíça, aprovou nesta quinta-feira (9) um convite para o presidente da instituição no Brasil, Guilherme Brandão, prestar esclarecimentos sobre o escândalo chamado de Swissleaks.

Brandão era alvo de uma convocação, o que tornaria o depoimento dele obrigatório, mas a pressão da oposição levou a comissão a transformar o requerimento em convite - o que permite ao executivo indicar um representante para depor no seu lugar.

##RECOMENDA##

Antes de ser voto vencido, o relator da CPI, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), defendeu a convocação de Brandão ou a vinda de um diretor ou outro presidente do HSBC fora do país. "Ele pode possibilitar a vinda de um representante do HSBC em nível internacional de diretoria ou presidência", disse o relator Ricardo Ferraço (PMDB-ES). "Se ele (Brandão) não trouxer (representante de peso), nós vamos convocá-lo", defendeu.

Mas o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a participação do presidente do HSBC Brasil não era preciso e a CPI deveria "evitar a exposição desnecessária para alguém que não deve ter sequer conhecimento do que aconteceu lá fora".

O senador tucano argumentou que o banco não é o alvo da investigação. "Tenho preocupação com o nível de exposição que pode trazer para uma instituição de nível global e para algo muito sensível que é o mercado financeiro", disse. "Acredito que o objeto não é investigar o banco, aqui se buscar encontrar evasão fiscal, sonegação fisal, dinheiro de corrupção, do narcotráfico", afirmou.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AC) rebateu a justificava de Cunha Lima, afirmando que o HSBC prospectou clientes no Brasil. "A informação que chega nesta comissão é de que o banco, para captar cliente no Brasil, utilizou de subterfúgios oferecendo vantagens e nós temos de entender esse sistema", considerou.

O senador Blairo Maggi (PR-MT) também se posicionou contrário à participação de Brandão na CPI, sustentando que o presidente do HSBC Brasil deveria "não ter conhecimento, apenas notícias" sobre o Swissleaks. "O banco não está em questão e senhor Guilherme representa o banco. Acho temerário fazer a convocação do HSBC do Brasil. As questões não são aqui do Brasil, o nome é o mesmo mas é outra administração, outro presidente (o do banco de Genebra)", disse.

O parlamentar do PSOL rejeitou os argumentos, mas sugeriu que a convocação fosse transformada para em convite para Brandão "informar o procedimento do banco" para prospectar clientes no Brasil. "Essa CPI tem um papel importante de entender o sistema financeiro internacional e como esses paraísos iscais funcionam e parasitam de riquezas acumuladas em outros países de forma ilegal", considerou.

A CPI do HSBC também aprovou a convocação dos ex-diretores do Metrô de São Paulo, Paulo Celso Mano Moreira da Silva, e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Ademir Venâncio de Araújo. Eles aparecem como proprietários de contas no banco suíço.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contas mantidas por brasileiros em agência do banco HSBC na Suíça ouvirá, na próxima quinta-feira (9), o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. A audiência terá início logo após a votação de requerimentos, em reunião marcada para as 9h.

O tributarista Everardo Maciel foi secretário da Receita de 1995 a 2002. Os dados do HSBC, vazados por um engenheiro de sistemas, referem-se à situação de contas nos anos de 2006 e 2007, mas muitas foram abertas anos antes. No requerimento da audiência, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), vice-presidente da CPI, destacou o "vasto conhecimento técnico" de Everardo Maciel sobre métodos de apuração de fraudes fiscais e a possibilidade de repatriamento de recursos desviados.

##RECOMENDA##

Em audiência na quarta-feira passada (1º), o atual secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que o órgão já pode conduzir investigações preliminares sobre mais de 100 nomes identificados na lista de correntistas brasileiros da filial suíça do HSBC. Rachid ressaltou que se trata de análise preliminar, mas falou na existência de “indícios de ilícito”.

Requerimentos

Entre os requerimentos que podem ser votados na reunião de quinta, está o de convocação do presidente do HSBC no Brasil, André Guilherme Brandão. Também há pedido de realização de diligência na França para ouvir o engenheiro franco-italiano Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC que reuniu os dados dos correntistas, elaborando a lista que passou a ser conhecida como Swissleaks. No início deste ano, veículos de comunicação de todo o mundo, municiados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, começaram a divulgar as informações.

Outro requerimento na pauta - do relator da CPI, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) - sugere visita ao embaixador da França no Brasil, Denis Pietton. Em depoimento no dia 26, o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, único brasileiro a ter acesso à lista de correntistas do HSBC, disse que não forneceria os dados à CPI e sugeriu que os dados fossem solicitados ao governo francês, que investiga o caso desde 2008. Há mais de 8 mil contas de brasileiros na relação vazada por Falciani.

*Com informações da Agência Senado.

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, está esperando o diagnóstico final da equipe técnica do órgão para que possa identificar as movimentações financeiras que sejam lícitas ou não de brasileiros com contas na filial suíça do HSBC. A informação foi dada nesta quarta-feira (1º) na CPI do HSBC no Senado.

Segundo ele, um grupo de funcionários da Receita está na França em busca de compartilhamento de dados com o governo francês, que também investiga o caso. Rachid disse ainda que essa equipe trabalha em parceria com uma missão do Ministério Público Federal com o mesmo objetivo. "Assim que todas as informações estiverem disponíveis, será possível fazer um diagnóstico preciso e discernir quais movimentações financeiras estão declaradas", disse.

##RECOMENDA##

O Banco Central também está trabalhando para identificar as movimentações financeiras relativas ao caso. Segundo o diretor de Fiscalização da instituição, Anthero de Moraes Meirelles, o BC está avaliando como as instituições supervisionadas se comportaram em relação às operações atípicas.

Meirelles explicou que o banco procura aprimorar sistemas e mecanismos de inteligência para poder identificar eventuais desvios e fraudes financeiras. "Temos um sistema financeiro muito sólido e robusto, tanto do ponto de vista das provisões quanto da liquidez do capital", afirmou, ao mencionar avaliações do Brasil feitas por órgãos externos e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Oitivas

Políticos citados como detentores de contas no HSBC da Suíça devem ser convidados a depor no colegiado. Estão na lista Marcio Fortes, da executiva nacional do PSDB; Daniel Tourinho, presidente nacional do PTC; o vereador pela cidade do Rio de Janeiro Marcelo Arar (PT); Lírio Parisotto, suplente de senador pelo PMDB do Amazonas; os ex-diretores do metrô de São Paulo Paulo Celso Silva e Ademir Venâncio de Araujo; além do ex-prefeito de Niterói (RJ) Jorge Roberto Silveira.

Os requerimentos de convocação serão votados na terça-feira (7).

Com informações das agências Senado e Estadão Conteúdo.

 

Na lista dos 8.667 brasileiros que, em 2006 e 2007, tinham contas numeradas (sigilosas) no banco HSBC da Suíça estão políticos de cinco partidos. Segundo reportagem publicada na edição desta quinta-feira (26) do jornal O Globo, quatro são do estado do Rio de Janeiro: o primeiro vice-presidente do PSDB-RJ, Márcio Fortes; o ex-prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira (PDT); o secretário de Obras na gestão de Silveira, José Roberto Mocarzel; e o vereador Marcelo Arar (PT). Todos negaram o envolvimento em irregularidades.

A investigação jornalística sobre o caso, conhecida como SwissLeaks, é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. As investigações dão conta, até o momento, de que houve sonegação e evasão fiscal por parte do banco e de alguns correntistas.

##RECOMENDA##

Ter uma conta numerada no exterior não pressupõe crime. Isso só ocorre quando o contribuinte não declara à Receita Federal e ao Banco Central que mantém valores fora do país. Nesse caso, o cidadão pode ser processado por evasão de divisas e sonegação fiscal.

Também constam do levantamento, feito pelo O Globo em parceria com o portal UOL, os nomes de Lirio Parisotto, que é suplente de senador pelo PMDB-AM, e do presidente nacional do PTC, Daniel Tourinho. Estão na lista ainda duas irmãs do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e três filhos do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB-MG). Os três, no entanto, apresentaram comprovantes de que as contas foram declaradas à Receita e ao Banco Central.

Das três contas relacionadas a Márcio Fortes, duas foram abertas em 1991. Na época, ele era presidente do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj). Essas contas foram fechadas em 2003 e 2004. Nesse período, Márcio Fortes foi eleito deputado federal. Na declaração de bens enviada em 1998 ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Fortes não informou que tinha as contas no HSBC suíço.

Ele abriu a terceira conta em dezembro de 2003, ano em que assumiu o terceiro mandato. O saldo era US$ 2,4 milhões em 2006/2007. No ano de 2006, ele não conseguiu ser eleito deputado. Segundo a apuração do jornal O Globo, na declaração apresentada ao TRE-RJ, também não foi informado que tinha conta na Suíça. À reportagem do jornal, Fortes reconheceu a existência de duas contas, que, segundo ele, eram regulares. Em relação à terceira conta, o tucano disse desconhecê-la.

O texto informa que Jorge Roberto Silveira e José Roberto Mocarzel começaram a fazer depósitos, respectivamente, em julho de 1993 e janeiro de 1991. Ambos encerraram suas contas em abril de 2003. Em 2006/2007, as contas estavam zeradas. A reportagem do jornal não conseguiu localizar Silveira. O advogado dele, Murilo Heusi, não quis comentar o assunto. Mocarzel, por meio de seu advogado, Guilherme Mathias, disse desconhecer a existência de contas em seu nome no HSBC.

Marcelo Arar aparece como dono de duas contas numeradas abertas conjuntamente com duas pessoas de mesmo sobrenome. Uma foi criada em 1990 e encerrada oito anos depois. A segunda foi aberta em março de 1998 e permanecia ativa até 2006/2007, com saldo de US$ 247.812. Em 2008, ele concorreu ao cargo de vereador no Rio pelo PSDB, foi eleito suplente e, na declaração de bens à Justiça Eleitoral, não informou a conta na Suíça. Em 2012, foi eleito vereador e também não declarou os valores ao TRE-RJ. O vereador negou, por e-mail enviado ao O Globo, ter dinheiro fora do país.

De acordo com a publicação, o nome de Lirio Parisotto está relacionado a cinco contas ativas no HSBC suíço em 2006/2007, com saldos que variam de US$ 1 mil a US$ 45 milhões. Dono de uma fábrica de materiais plásticos, Parisotto foi eleito segundo suplente do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), em 2010, e também não declarou as contas na Suíça à Justiça Eleitoral. Procurado pela reportagem, informou que todos os seus bens e valores foram declarados à Receita Federal e ao Banco Central.

Daniel Tourinho teve duas contas relacionadas a seu nome no período de 2 de março a 6 de novembro de 1992. Ambas estavas zeradas em 2006/2007. Tourinho não respondeu ao contato feito pelo jornal até o fechamento da reportagem.

As duas irmãs do deputado Paulo Maluf aparecem com quatro contas no HSBC suíço. Therezinha Maluf Chamma, de 86 anos, tinha saldos que variavam de US$ 20 mil e US$ 1,7 milhão no período analisado. Therezinha disse que nunca teve dinheiro no banco e negou qualquer relação financeira com o irmão. Nelly Maluf, que morreu em 2014 aos 89 anos, estava com saldo zerado.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC aprovou nesta quinta-feira (25) um convite para que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, compareça à comissão para falar sobre as providências tomadas pelo governo brasileiro em relação às denúncias de que mais de 8 mil correntistas brasileiros do banco na Suíça podem ter cometido crime de evasão fiscal.

Além do ministro da Justiça, também foram aprovados convites para o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e para o presidente do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues. A ideia da comissão é ouvir os três e o ex-secretário da Receita, Everado Maciel, que não pôde comparecer à comissão hoje, na mesma data que ainda será marcada.

##RECOMENDA##

Entre os requerimentos aprovados, há ainda os convites para o diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Moraes Meirelles, para o diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, Ricardo Andrade Saadi e para o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho. As datas ainda serão acertadas com as autoridades convidadas.

Na próxima terça-feira (31) os integrantes da CPI vão se reunir às 16h com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot e com o secretário de Relações Internacionais da Procuradoria-Geral da República, Vladimir Aras, para ter informações do procedimento do Ministério Público Federal em relação a este caso e discutir o compartilhamento de informações.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC, que investigará as contas de brasileiros na filial do banco na Suíça, será instalada nesta terça-feira (24). Na ocasião, os senadores irão eleger o presidente, o vice e o relator do colegiado.

O PMDB, partido com maior bancada na casa, indicou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) para assumir a relatoria. A CPI terá 11 membros.

##RECOMENDA##

O grupo investigará o envolvimento de brasileiros no caso de evasão fiscal que envolve o HSBC. Documentos vazados da filial suíça mostram que o banco blindou correntistas de obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos. Doze partidos políticos brasileiros receberam doações eleitorais provenientes de contas descobertas no banco.

O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), acredita que as implicações entre os partidos não deverão atrapalhar o trabalho da comissão. “Não importa de qual partido, quem recebeu e de que maneira recebeu, se existe algo ilegal é papel do Congresso investigar. A CPI é o instrumento para isso, inclusive com poder de polícia”, destacou.

Com informações da Agência Senado.

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC, que investigará as contas de brasileiros na filial do banco na Suíça, será instalada nesta terça-feira (24). Na ocasião, os senadores irão eleger o presidente, o vice e o relator do colegiado.

O PMDB, partido com maior bancada na casa, indicou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) para assumir a relatoria. A CPI terá 11 membros.

##RECOMENDA##

O grupo investigará o envolvimento de brasileiros no caso de evasão fiscal que envolve o HSBC. Documentos vazados da filial suíça mostram que o banco blindou correntistas de obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos. Doze partidos políticos brasileiros receberam doações eleitorais provenientes de contas descobertas no banco.

O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), acredita que as implicações entre os partidos não deverão atrapalhar o trabalho da comissão. “Não importa de qual partido, quem recebeu e de que maneira recebeu, se existe algo ilegal é papel do Congresso investigar. A CPI é o instrumento para isso, inclusive com poder de polícia”, destacou.

Com informações da Agência Senado.

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que vai investigar as contas de brasileiros na filial do Banco HSBC na Suíça está pronta para ser instalada. A expectativa é de que os trabalhos sejam iniciados na terça-feira (24).

Nessa quarta (18), foram indicados os senadores que vão integrar o colegiado. São eles: Paulo Rocha (PT-PA), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Sousa (PT-PI), Acir Gurgacz (PDT-RO), Ciro Nogueira (PP-PI), Paulo Paim (PT-RS), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Waldemir Moka (PMDB-MS), Sérgio Petecão (PSD-AC), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), José Medeiros (PPS-MT), Blairo Maggi (PR-MT) e Wellington Fagundes (PR-MT).

##RECOMENDA##

O escândalo que ganhou o nome de Swissleaks desvendou contas de 100 mil correntistas no HSBC. Desse total, haveria 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas.

Para Randolfe Rodrigues, que propôs a instalação desta comissão, o trabalho da CPI terá grande repercussão. "Cada vez que surgem novos fatos envolvendo funcionários públicos e figuras de destaque da elite brasileira a CPI aumenta a sua dimensão e também aumenta a necessidade de sua instalação", sustentou.

Com informações da Agência Senado.

 

Três senadores do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado Federal, Fátima Bezerra (RN), Paulo Rocha (PA) e Regina Sousa (PI) foram indicados pela bancada da legenda para fazerem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC. Os petistas investigarão as denúncias de evasão fiscal envolvendo o banco suíço, em Genebra.

Com previsão de ser instalada ainda nesta semana, a comissão também conhecida como CPI do SwissLeaks, pretende identificar contas secretas mantidas por sonegadores brasileiros com movimentação superior a US$100 bilhões. No total, mais de 6 mil contas atendem a 8,6 mil clientes brasileiros, com movimentação superior a US$7 bilhões. Dentre elas, 11 têm como titulares pessoas envolvidas na Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

De acordo com a senadora do PT, Fátima Bezerra, a CPI do SwissLeaks será umas das prioridades do PT. “Esperamos que os demais partidos se engajem nos trabalhos. Essa não pode ser apenas mais uma CPI instalada no Congresso, pois estamos falando de um dos maiores esquemas de corrupção do mundo”, desejou a parlamentar no site do PT.

Bezerra também sugeriu a participação de governos, parlamentos e ministérios públicos dos países que são vítimas da ação do banco para investigar e punir quem cometeu os crimes, além de analisar o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição.

Investigação - No Brasil, as investigações sobre o caso estão sendo feitas pela Receita Federal que apura sobre a evasão e sonegação fiscal; o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça responsável por identificar e tenta repatriar eventuais recursos ilegais e a Polícia Federal que investiga os crimes.

Em defesa do PT, a parlamentar do Rio Grande do Norte, propôs que a, a investigação brasileira analise todo o período (1988 e 2007), “e não apenas um ou outro período, como ocorreu com a Operação Lava-jato, que se ateve apenas ao período do governo do Partido dos Trabalhadores, deixando de lado o período tucano”, questionou, relembrando em seguida suposto envolvimento do PSDB. “Na semana passada, o jornal O Globo denunciou que suspeitos de envolvimento no “Trensalão tucano” abriram contas secretas no HSBC. Por isso defendemos que as investigações sejam entre 1988 a 2007, a fim de averiguarmos se houve dinheiro público desviado nesse esquema”, pontuou Fátima.

O pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), protocolada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) para investigar contas no HSBC na Suíça, agora conta com o apoio oficial dos tucanos. Durante seu discurso no plenário do Senado, nesta terça-feira (3), Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que os tucanos querem indicar nomes para integrar a CPI. 

"Fica portanto agora esclarecido que o PSDB não apenas apoia a iniciativa do senador Randolfe, como participará, com quadros qualificados que tem, de mais essa CPI. Realmente, ao longo dos últimos dias houve uma cobrança muito grande, em especial nas redes uma exploração desse tema, agora, plenamente esclarecido. O PSDB apoia e participará da CPI do HSBC proposta pelo ilustre senador Randolfe", frisou o senador mineiro. 

##RECOMENDA##

Contas na Suíça - As suspeitas são de ocorrência dos crimes de sonegação e evasão fiscal. O Brasil aparece em quarto lugar em número de pessoas com contas no HSBC na Suíça, com 8.667 clientes que teriam movimentado R$ 20 bilhões por meio do banco.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando