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Em força-tarefa, representantes do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ministério Público da União, Polícia Civil de Vinhedo, Instituto de Criminalística de Campinas, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) se reuniram na manhã de hoje para definir plano de trabalho em perícia que será realizada em diversos brinquedos do parque Hopi Hari, no qual morreu a adolescente Gabriella Nichimura, após cair de um brinquedo, no dia 24 de fevereiro.

Por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a diretoria do parque e os promotores de Vinhedo decidiram, em acordo, que o Hopi Hari permanecerá fechado por dez dias, a contar da última sexta-feira. O prazo é prorrogável por mais dez dias. O objetivo é analisar, sobretudo, os brinquedos que coloquem o visitante em risco. Até o início da tarde não havia informações sobre quantos brinquedos serão periciados.

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O promotor criminal Rogério Sanches informou pela manhã que o parque deve colocar funcionários à disposição para acompanhar a perícia. "Com isso, vamos rever as datas dos depoimentos, já que não podemos tirar do parque funcionários que estejam acompanhando o trabalho da força-tarefa", afirmou. "Nós já sabemos o que ocorreu. Agora, colocaremos foco na perícia e assim que for possível ouviremos suspeitos de envolvimento no acidente."

O acidente ocorreu na atração La Tour Eiffel, um "elevador" com 69,5 metros de altura do qual conjuntos de cadeiras despencam do alto a uma velocidade de até 94 quilômetros por hora. Segundo a polícia, Gabriella estava a uma altura entre 20 e 30 metros do chão quando caiu. Na semana passada, com base em fotos apresentadas pela família da garota, a Polícia Civil descobriu que a adolescente sentou-se em uma cadeira que deveria estar interditada.

O assento estava inutilizado havia ao menos dez anos e permanecia travado. Naquele dia, a trava de segurança estava solta e a menina conseguiu sentar-se na cadeira. O advogado do parque, Alberto Toron, reconheceu um "erro crasso" do complexo de diversões e disse que o parque vai colaborar no que for preciso para elucidar as causas e responsabilidades nesse acidente. O delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior informou na manhã desta segunda-feira que deve retomar os depoimentos nesta terça-feira e pretende ouvir operadores da Torre Eiffel.

Um funcionário do brinquedo La Tour Eiffel, atração do parque Hopi Hari na qual morreu a adolescente Gabriella Nichimura no último dia 24, disse à Polícia Civil e ao Ministério Público de Vinhedo (SP) ter se sentido pressionado por gerentes do complexo de diversão na segunda-feira que sucedeu o acidente.

Vitor Igor Spinucci de Oliveira é um dos operadores do brinquedo do qual caiu Gabriella. Ele disse a seus advogados, Bichir Ale Bichir Júnior e Vinícius Ale Bichir, e às autoridades policiais, que teria sido levado para uma reunião com uma advogada e dois gerentes no início da semana. Os dois funcionários superiores teriam entregue a Oliveira um texto, pedido ao operador para copiá-lo de próprio punho e assiná-lo. O documento era uma declaração de que ele tinha feito o treinamento necessário para operar o brinquedo.

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Segundo informou Bichir Ale Bichir Júnior, o modelo do documento tinha datas retroativas, mas seu cliente disse ter colocado no documento de próprio punho a data do dia 27. "Meu cliente disse ter se sentido pressionado principalmente pelos funcionários superiores para a assinatura desse documento", disse o advogado do operador. A defesa do funcionário não revelou nomes de outros operadores ou superiores.

O advogado do parque, Alberto Zacharias Toron, confirmou que uma advogada de sua equipe chamou os operadores para obter informações sobre o dia do acidente. "O que posso, sim, confirmar é que minha colega conversou com as pessoas envolvidas para saber o que havia ocorrido", disse. "Mas eu desconheço a existência desse documento, até porque ele não precisaria assinar nada porque todos os funcionários que entram no parque recebem um treinamento dividido em três fases, uma de palestras, outra de uma leitura acompanhada e uma terceira, em campo, com supervisão de funcionário experiente", disse Toron.

Vitor trabalha no parque há oito meses, sempre na Torre Eiffel. Segundo um de seus advogados, ele confirma a leitura de um manual com cinco páginas e uma etapa prática, mas sem orientação técnica. "Ele disse que o que chamam de treinamento é algo muito precário", afirmou Bichir Júnior. O delegado de Vinhedo, responsável pelo caso, Álvaro Santucci Noventa Júnior, disse que a partir de segunda-feira ouvirá outros operadores, supervisores e gerentes do parque, que permanecerá fechado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para perícia em diversos brinquedos.

Foto

Somente na última quarta-feira, a polícia e a Promotoria descobriram, por meio de fotografia levada pela família de Gabriella, que a menina sentou-se em uma cadeira que não poderia ter sido utilizada pois estava inoperante havia ao menos dez anos. A atração La Tour Eiffel possui cinco setores com quatro cadeiras em cada um. Dois setores estão desativados completamente. No setor 3, a primeira cadeira da esquerda para a direita de quem olha para o brinquedo estava inutilizada. O motivo seria a localização do assento, segundo o parque. Se uma pessoa com compleição física maior sentasse ali, poderia esbarrar as pernas em estrutura metálica existente para dar à atração os traços da Torre Eiffel.

A cadeira não possuía nenhum aviso e ficava permanentemente travada. Naquele dia, por falha de manutenção assumida pelo parque ontem, a trava abriu e permitiu que Gabriella se sentasse ali. Segundo informou o delegado na quarta-feira após ouvir o depoimento de Vitor, em nenhum momento o garoto disse desconhecer que a cadeira não poderia ter sido usada. "Ele disse que ele fiscalizava outro setor no momento que Gabriella sentou-se na cadeira que deveria estar interditada. Provavelmente, o fato dela sentar-se ali passou despercebido por todos eles (operadores)", disse Noventa Júnior.

Trava

De acordo com o que explicou o garoto à polícia e à Promotoria, no dia do acidente, 15 minutos antes da abertura dos portões do Hopi Hari, o operador Marcos Antônio Tomás Leal, de 18 anos, que esteve na delegacia na quarta-feira mas não chegou a depor, teria notado que a trava da cadeira do setor 3 que deveria estar inoperante estava solta, ou seja, uma pessoa poderia abri-la e sentar-se. Leal avisou Oliveira e outra operadora, que teria informado um superior sobre a situação. "É fundamental que os nomes dessas pessoas apareçam, para a aferição da verdade. Se os nomes foram dados à autoridade policial, que seja feito esse trabalho de ver quem é quem, para a gente sair dessa coisa nebulosa", afirmou o advogado do parque, Alberto Toron.

Segundo os dois operadores disseram ao advogado, nenhum dos três recebeu ordem para parar o brinquedo. "Ao contrário, eles receberam a orientação de dar prosseguimento à atividade, que alguém da manutenção iria até lá", afirmou Bichir Júnior. Oliveira disse que, antes do início das atividades, teria avisado a todos os operadores do brinquedo que a cadeira inoperante do setor 3 estava destravada.

O advogado do parque afirmou que os funcionários deveriam parar o brinquedo. "Essas pessoas tinham obrigação de impedir o uso dessa cadeira. Essa é a questão que não pode ficar escamoteada. Não é querer colocar culpa em alguém. Mas há um procedimento de segurança em todos os brinquedos que deve ser respeitado". Toron reafirmou hoje que houve erro por parte do parque. "Não estou escondendo que houve um erro anterior de quem, na manutenção, mexeu na trava e a deixou aberta, inadvertidamente. Houve uma sucessão de falhas", disse o advogado.

Visitantes com passaportes para entrar no Hopi Hari hoje, uma semana após o acidente na atração La Tour Eiffel, que matou Gabriella Nichimura dentro do complexo de diversão localizado em Vinhedo (SP), encontraram os portões fechados. Por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado ontem, a direção do parque e o Ministério Público do Estado de São Paulo fizeram um acordo para manter o local fechado por dez dias, prorrogáveis por mais dez. Nesse período, será feita perícia em atrações que ofereçam riscos aos visitantes.

O empresário Mayko Rei da Silva saiu do Rio de Janeiro acompanhado do filho de 6 anos e de dois sobrinhos, com 10 e 12 anos, para ir ao parque. Ao chegar, foi encaminhado a um balcão de informações onde soube os motivos do fechamento do parque e teve a opção de trocar seus ingressos por dinheiro ou por uma nova data. "É lamentável. Saí do Rio de Janeiro com reservas em hotel e passaportes para os dias 2 e 3. Ontem à tarde telefonei para cá para saber se o parque estava funcionando e me informaram que abriria normalmente", disse.

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Dono de uma agência de turismo revendedora dos passaportes para o Hopi Hari, o empresário disse não ter recebido nem um e-mail ou telefonema para suspender a venda dos ingressos. Silva calcula um prejuízo de aproximadamente R$ 2 mil entre diárias, combustível, passaportes, alimentação e pedágio. "Sem contar a frustração. Não tem o que pague ver o filho da gente chorando". Silva fez um pequeno relatório por escrito ao parque, que prometeu uma resposta em até sete dias.

O dentista Marco Antonio Manzano, de Manaus, estava com a família em São Paulo e cumpria agenda profissional. Aproveitou o aniversário do filho de 11 anos para levar suas três crianças ao Hopi Hari. Mas ontem soube que o parque estaria fechado. "Tínhamos conhecimento, mas como vamos voltar para Manaus, vim pegar meu dinheiro de volta", disse. Manzano foi ressarcido. "Se o parque estivesse aberto eu teria vindo, mas confesso que com muita angústia", afirmou. "O parque perde totalmente a credibilidade depois de uma coisa dessas. Como vou entrar em um brinquedo com tranquilidade sabendo que o que ocorreu não foi fatalidade, mas irresponsabilidade?".

O Hopi Hari informou, por meio de assessoria, que os visitantes com passaportes comprados para o período em que o parque estiver fechado podem pedir seu dinheiro de volta ou a remarcação da visita. Não é necessário ir até o parque, há dois canais pelos quais a solicitação pode ser feita: pelo e-mail fale@hopihari.com.br ou pelo telefone 0300-789-5566. Os pedidos de ressarcimento de despesas extras como pedágio, combustível e outros serão analisados caso a caso.

O Ministério Público do Estado de São Paulo em Vinhedo e o parque de diversões Hopi Hari fecharam um acordo e assinaram, na tarde de hoje (1), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê o fechamento do local por dez dias para a realização de uma ampla perícia em brinquedos que apresentem riscos aos visitantes.

Nesta temporada o parque funciona de sexta-feira a domingo, mas estará com as portas fechadas a partir de amanhã (2). O prazo do acordo é prorrogável por mais dez dias. Segundo informou o promotor criminal de Vinhedo Rogério Sanches, trata-se de uma ação preventiva realizada pela Promotoria, na área do Consumidor.

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A ação ocorre após a adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos, ter morrido na última sexta-feira após cair do "elevador" chamado La Tour Eiffel. Segundo depoimentos, fotografias e uma terceira perícia realizada no parque na tarde desta quarta-feira, a menina teria se sentado em uma cadeira que deveria estar inoperante.

Não foram definidos número ou quais atrações passarão por perícia, mas segundo informou o advogado do parque, Alberto Zacharias Toron, os brinquedos com sistema eletromecânico devem ser os mais visados. "A diretoria do parque concordou prontamente porque tem plena consciência da correção dos seus procedimentos", afirmou o advogado.

A promotora da área do consumidor, Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira, não descartou a possibilidade de interdição do parque. Segundo ela, porém, isso só ocorrerá caso o resultado da perícia aponte para insegurança ao visitante. "Vamos ouvir outras pessoas e aguardar o laudo da perícia. Se ficar comprovado que o brinquedo (La Tour Eiffel) era inseguro, peço interdição do brinquedo. Se isso se mostrar em relação a outros brinquedos, posso eventualmente pedir a interdição do parque", afirmou a promotora.

Por meio de nota enviada pela assessoria, o Hopi Hari reafirmou seu interesse na elucidação do caso e o compromisso com a segurança de todos os visitantes.

Depoimento - Nesta quinta-feira, o gerente geral responsável pela manutenção do parque Hopi Hari prestou e, segundo informou o delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, recebeu com surpresa a notícia de que a cadeira inoperante na qual sentou Gabriella teria sido usada. "Ele disse que ficou surpreso como nós porque sequer sabia que aquela cadeira havia sido utilizada", afirmou Noventa Júnior.

Esta foi a segunda vez que o engenheiro suíço, cujo nome não foi divulgado nem pela polícia, nem pela Promotoria e nem pelo parque, depôs. Na terça-feira, o funcionário disse que seria impossível ter ocorrido uma falha mecânica no equipamento.

Para a polícia e a Promotoria, o depoimento desta quinta-feira reforçou a tese de falha humana. "O Hopi Hari não contesta o que foi descoberto. A investigação agora ganha contornos mais complexos, porque faltou vigilância, uma vez que aquela cadeira jamais deveria ter sido usada", completou o promotor Rogério Sanches.

O gerente não quis dar entrevista. Segundo o promotor, ele explicou em depoimento que a cadeira estava inutilizada havia ao menos dez anos. O motivo seria a localização do assento. Se uma pessoa com compleição física maior sentasse ali, poderia esbarrar as pernas em estrutura metálica existente para dar à atração os traços da Torre Eiffel. A cadeira não possuía, porém, nenhum aviso.

O advogado Alberto Toron acompanhou o depoimento e disse que o Hopi Hari, diante da revelação, afirmou que houve um erro. "Agora é preciso descobrir de quem foi a falha na manutenção, que levou ao desbloqueio da cadeira, e no atendimento ao público, por permissão para uso daquela cadeira", disse o advogado. "Vamos colaborar com as investigações", reafirmou.

Segundo informações técnicas dadas pelo profissional do parque à polícia e à Promotoria, a trava de segurança usada pelos visitantes existia também na cadeira inoperante. Ali, ela permanecia abaixada e ficava fechada permanentemente. Naquela cadeira, um cinto usado como segundo dispositivo de segurança inexistia. O cinto foi exigência do fabricante (suíço) em 2003. "Mas ao menos desde 2002 a cadeira não funcionava. Acreditando que a cadeira não seria utilizada, o parque não colocou o cinto naquele assento", disse o promotor.

A Torre Eiffel possui cinco conjuntos com quatro cadeiras em cada um. Dois estão desativados. A cadeira do setor 3, no qual estava Gabriella, também estava inoperante. "Ninguém nesses dez anos se sentou na cadeira porque havia um travamento no colete e isso por si só impedia que alguém sentasse", explicou o advogado do parque. "A verdadeira questão é saber quem liberou a trava."

Em depoimento dado ao delegado e aos dois promotores, dois funcionários de operação do brinquedo disseram hoje que sabiam da inoperância do assento. De acordo com o titular da Delegacia de Vinhedo, o operador Vitor Igor Espinucci de Oliveira, de 24 anos, disse ter checado as travas de todas as cadeiras 15 minutos antes do brinquedo começar a funcionar. Ao perceber que a trava da cadeira usada por Gabriella estava solta, teria avisado um superior. O advogado Bichir Ale Bichir Júnior, representante dos dois funcionários, informou que Vitor não recebeu resposta do superior.

Vitor e Marcos Antônio Tomás Leal, de 18, que também compareceu à delegacia, disseram que a responsabilidade de checar cada setor de cadeiras ficou para outros operadores. "O fato (de Gabriella estar em uma cadeira inoperante) teria passado despercebido pelos operadores", afirmou o delegado.

Em fotografia divulgada pela família, dois funcionários do parque estão próximos ao conjunto de cadeiras em que os Nichimura estão sentados. Em depoimento prestado na delegacia hoje, a mãe da menina, Silmara, disse que ouviu de um funcionário que não havia problema o fato de a cadeira de Gabriella não ter o cinto. Os outros três operadores que estavam no brinquedo neste dia serão ouvidos pela polícia. "Em uma investigação de alto padrão levantamos antes todas as informações e deixamos para o final os suspeitos", afirmou o promotor. O advogado do parque disse desconhecer a imagem.

O parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, poderá ficar fechado por 10 dias para a realização de perícias em todos os brinquedos potencialmente perigosos do local.

O assunto está sendo discutido entre a promotora Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira, do Ministério Público de São Paulo, e a direção do parque desde o começo da tarde dessa quinta-feira (1º), na Promotoria da cidade, para a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

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O Hopi Hari abre normalmente entre sexta-feira e domingo e fecha na segunda para manutenção dos brinquedos. Na última sexta-feira (24), uma adolescente, de 14 anos, morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel.

LeiaJá também: Cadeira do Hopi Hari destrava na descida, aponta perícia

 

Uma nova perícia realizada no brinquedo La Tour Eiffel, do Hopi Hari, em São Paulo, aponta que a cadeira onde a adolescente Gabriela Nichimura estava sentada apresentava falhas. De acordo com o Ministério Público e a Polícia Civil, a trava de segurança abre no momento da descida. De acordo com o delegado que investiga o caso, Álvaro Noventa Júnior "quando a atração é colocada em atividade, a trava se levanta e depois dá uma 'chicotada' e abaixa fortemente". Gabriela, que tinha 14 anos e passava as férias com a família do Brasil, morreu após cair no brinquedo na sexta-feira passada (24). Ela chegou sem vida ao hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí.

Até então, as investigações procuravam apurar se houve falha humana ou mecânica, mas a perícia estava sendo feita numa cadeira diferente da que a menina estava sentada. De acordo com a polícia, a perícia havia sido feita de acordo com o relato de testemunhas. Mas uma foto entregue pela família da vítima mostrava que o acento era outro, que foi inspecionado posteriormente. Antes, a polícia trabalhava com a hipótese de a garota ter caído no momento da frenagem, mas agora eles estão ouvindo a família, funcionários do parque, testemunhas e peritos para conformar se a cadeira destravou e causou o acidente.

No dia do acidente, uma testemunha afirmou ter visto a trava se abrir no momento da descida e que a garota acabou caindo. De acordo com o delegado, funcionários do parque afirmaram que observaram a falha e passaram a informações para a direção do parque, que mandou que prosseguissem com a operação.

O MP acredita que houve negligência. “Ninguém nega que a cadeira estava inoperante. O que eles [a direção do parque] tentaram foi não assumir que a cadeira havia sido usada, porque essa cadeira era fatal. Não houve falha mecânica, porque isso já era previsível. A falha foi humana ao permitir que essa cadeira fosse usada”, frisou o promotor Rogério Sanches.

Caso o Ministério Público comprove que há falhas na manutenção e operação de outros brinquedos, o parque poderá ser interditado.

Nessa quarta-feira (29), os pais, a tua e uma prima da vítima estiveram na delegacia para serem ouvidos. Apenas o pai da garota não conseguiu prestar depoimento devido à carga emocional.

O engenheiro de manutenção do parque Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, prestou depoimento nesta terça-feira, na delegacia da cidade para falar sobre o funcionamento dos brinquedos do centro de lazer.

O engenheiro começou a ser ouvido por volta das 10 horas pelo delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, responsável pelas investigações do acidente no local que matou a adolescente Gabriella Nishimura, de 14 anos. A jovem morreu na última sexta-feira (24) após cair do brinquedo Torre Eiffel.

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Na segunda-feira (27), o delegado afirmou que a principal hipótese para a causa do acidente que matou Gabriella é a de falha humana. A declaração foi feita após equipes vistoriarem o parque. A perícia não apontou indícios de falhas técnicas no equipamento.

O Ministério Público instaurou um inquérito civil para investigar a segurança do Hopi Hari para os visitantes. O órgão aguarda a conclusão do laudo pericial que será juntado à investigação criminal. No inquérito serão realizadas diligências que incluem a análise de documentos relacionados à manutenção dos brinquedos, já solicitados à direção do parque.

Os pais da adolescente Gabriela Yokarimichimura, de 14 anos, que morreu após cair de um brinquedo no parque de diversões do Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo, deixaram o Hospital Paulo Sacramento na tarde de hoje sem falar com a imprensa.

Segundo informações da assessoria do hospital, os pais da garota são brasileiros, moram no Japão e passam férias na casa de parentes em Guarulhos, na Grande São Paulo. Gabriela e uma irmã mais nova nasceram no Japão. Os pais da vítima e uma prima foram ao parque juntos na manhã de hoje.

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O corpo de Gabriela está no hospital, que aguarda orientação da delegacia de polícia de Vinhedo para a liberação para alguma unidade do Instituto Médico Legal (IML) na região. A adolescente caiu do brinquedo La Tour Eiffel, por volta das 10h30, e teve traumatismo craniano, seguido por uma parada cardíaca. Ela chegou morta ao hospital. O brinquedo que simula uma queda livre foi interditado. Testemunhas do acidente irão prestar depoimento sobre o caso.

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