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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), divulgou um vídeo, nesta sexta-feira (28), em que ele aparece alfinetando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na gravação, o pedetista, que concorreu em 2018 à Presidência, chama Bolsonaro de “canalha mor” e “mentiroso”. Além disso, ele alerta o chefe do Executivo nacional, pontuando que vai defender as instituições brasileiras. 

“Bolsonaro está mentindo para a sociedade brasileira e está atacando as instituições democráticas porque ele é um camarada que simplesmente não sabe o que fazer com o problema que ele herdou do Brasil”, pondera Ciro.

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Ao seguir falando no vídeo que tem menos de dois minutos de duração, o pedetista destaca como resultado da falta de preparo de Jair Bolsonaro a ampliação da violência praticada por milicianos e o fato da população estar sendo incitada contra as instituições democráticas.  

“Atenção senhor Jair Messias Bolsonaro, canalha mor, as instituições brasileiras serão defendidas, nem todo mundo tem compromisso com o lulopetismo corrompido. Eu sou limpo, tenho vida limpa, coerência e vou te enfrentar presidente canalha e a sua família de canalhas e aqueles que vão atacar ou tentar atacar a Constituição brasileira”, finaliza, com um tom elevado. 

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O vídeo foi divulgado pelo pedetista nas redes sociais dias depois de o Estadão revelar que Jair Bolsonaro divulgou, via WhatsApp, um vídeo convocando a população para um protesto contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A atitude do presidente gerou reação de diversos parlamentares e ministros; alguns, inclusive, mencionaram que a atitude configurava crime de responsabilidade e poderia resultar em um pedido de impeachment. O ato convocado por apoiadores do presidente será no dia 15 de março. 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, declarou, nesta sexta-feira (29), que o fato de a maioria das definições do país precisarem da intervenção da Alta Corte representa o “fracasso” das outras instituições do país. A declaração do ministro foi exposta durante um seminário da  Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Centro de São Paulo.

Como exemplo, Toffoli mencionou a judicialização de assuntos como a definição da carga tributária no frete. "Por que uma discussão de frete vai parar no STF e o Supremo que tem que decidir se o valor vai ser este ou aquele, ou se o valor está correto ou não está? Isso é o fracasso das instituições brasileiras. E daí tudo cai nos nossos ombros. E aí tudo cai na nossa responsabilidade. E aí, para o bem ou para o mal, nós somos responsabilizados", salientou o magistrado.

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Para o presidente do STF, é preciso simplificar a legislação e a Constituição para reduzir que assuntos sejam transformados em ação judicial. "A esquizofrenia vem de antes. Por que? Porque, se tudo vai parar no Supremo, é o significado do fracasso das outras instâncias", disse.

Na ótica de Dias Toffoli, quanto menos emendas à Constituição menos conflitos. "Eu disse para o [Paulo] Guedes (ministro da Economia): 'A reforma tributária tem que simplificar, não tem jeito. Tem que tirar da Constituição quase tudo'. Porque, se está na Constituição, vai parar na Justiça, e vai parar no Supremo. E, e se não fizermos isso, vamos continuar com a judicialização nesta e nas outras áreas", observou.

"E toda nova emenda aumenta potencialmente os conflitos. Porque você coloca mais texto na Constituição, e quanto mais texto na Constituição, mais norma no caso concreto vai ser exigida e quem edita norma no caso concreto é a Justiça. A culpa é da Justiça ou da sociedade? Nós temos que refletir sobre isso", completou.

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