Tópicos | Iván Heyn

O subsecretário de Comércio Exterior da Argentina Iván Heyn, cujo corpo foi encontrado ontem, durante a realização da Cúpula do Mercosul, foi homenageado pela presidente Cristina Kirchner, durante solenidade na periferia de Buenos Aires, nesta quarta-feira (21). Em sua primeira declaração pública sobre a morte de um dos integrantes de sua comitiva, Cristina o recordou como "um jovem militante e economista popular e brilhante". Visivelmente emocionada, Cristina relatou como recebeu a trágica notícia e contou algumas passagens da história familiar do economista que tinha 34 anos.

"Ontem foi um dia muito difícil para mim. Senti que ficava sem ar... Ele tinha a idade do meu filho", desabafou a presidente. "Em 2001 (ano da pior crise Argentina), ele deixou de pertencer à classe média alta para ser um garoto que teve que ir à luta para ganhar a vida", disse Cristina, referindo-se ao pai de Heyn, cuja empresa entrou em falência e a família teve que imigrar para a Espanha. Porém, Heyn "decidiu ficar no seu país e continuar seus estudos. Fazia pulseirinhas para pagar a pensão onde vivia e os estudos", contou ela. Cristina chorou e com a voz embargada, leu um trecho de uma reportagem publicada na imprensa local, na qual destacava a honestidade de Heyn como funcionário público.

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Quando entrou em falência, há exatamente 10 anos, o pai de Heyn tentou suicídio, segundo havia contado em uma entrevista ao jornal La Nación. O corpo de Heyn foi encontrado enforcado no quarto em que se hospedava em um luxuoso hotel de Montevidéu, onde a delegação argentina costuma ficar hospedada. A notícia paralisou a reunião de Cúpula dos Presidentes dos países do Mercosul, provocando um atraso nas decisões, que só foram anunciadas por volta das 22 horas. Heyn, que havia sido nomeado para o mais alto cargo de sua carreira há apenas 10 dias, teria se "suicidado, enforcando-se com um cinto pendurado em um cabide do guarda-roupas".

As investigações policiais afirmam que "não há sinais de violência" e que os resultados da perícia "são normais". Porém, segundo o jornal uruguaio El Observador, o juiz Homero de Costa disse que as investigações ainda não descartaram se foi um suicídio ou "morte acidental".

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, lembrou emocionada nesta quarta-feira do subsecretário de Comércio Exterior, Iván Heyn, jovem de 33 anos cujo corpo nu foi encontrado enforcado no quarto do Hotel Radisson, onde a delegação argentina estava hospedada ontem em Montevidéu, durante a Cúpula do Mercosul. Segundo fontes da polícia uruguaia, o jovem se suicidou.

Em discurso na localidade de Lomas de Zamora, perto de Buenos Aires, Cristina disse que Heyn foi um "militante incansável" e um "economista brilhante". A mandatária, à beira das lágrimas, lembrou que Heyn tinha praticamente a mesma idade do seu filho Máximo Kirchner, de 34 anos. Os dois eram amigos.

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"Quando ontem me comunicaram seu falecimento eu me senti sem ar", disse Cristina. Heyn militava no grupo peronista (justicialista) La Cámpora, um dos mais leais a Cristina e comandado por Máximo Kirchner.

Cristina lembrou que Heyn, jovem de uma família de posses, não quis imigrar à Espanha com seus pais quando a Argentina atravessou uma severa crise em 2001 e esteve nos protestos de 20 de dezembro daquele ano, quando o então presidente argentino Fernando de la Rúa renunciou ao cargo, em meio à crise econômica e social sem precedentes que abalava a Argentina.

A polícia uruguaia apreendeu o microcomputador e o celular de Heyn para análise. O comissário José Luis Roldán, relações públicas da polícia de Montevidéu, disse que a perícia sobre a morte de Heyn não levará muito tempo, "dada a situação, o lugar e a vítima. A polícia técnica trabalha rapidamente", disse. Segundo ele, não existem sinais de violência no corpo e o jovem morreu por enforcamento, afirmou o médico legista da polícia uruguaia. A polícia trabalha como uma "hipótese primária" de suicídio, embora o jovem não tenha deixado nenhum bilhete ou nota explicando o ato.

As informações são da Associated Press.

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