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Jeff Beck, influente guitarrista que ascendeu ao estrelato do rock com o supergrupo Yardbirds nos anos de 1960 e empreendeu posteriormente uma bem-sucedida carreira solo, morreu, aos 78 anos, segundo comunicado publicado em seu site nesta quarta-feira (11).

Oito vezes vencedor do prêmio Grammy, o virtuoso da guitarra e inovador, que também foi um dos maiores intérpretes de rhythm and blues, "morreu em paz", destaca o texto.

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"Em nome de sua família, é com profundo pesar que comunicamos a notícia do falecimento de Jeff Beck, após contrair repentinamente meningite bacteriana", acrescenta o comunicado.

Nascido em junho de 1944, na cidade de Londres, Jeff Beck é considerado um dos melhores guitarristas de rock, hard rock, blues e jazz de todos os tempos, ao lado de Eric Clapton, a quem substituiu no Yardbirds, e Jimmy Page, com quem chegou a dividir os palcos no supergrupo.

No fim dos anos 1960, ele fundou com o cantor Rod Stewart e o guitarrista Ron Wood o grupo de hard rock The Jeff Beck Group, antes de iniciar uma longa carreira solo.

"Ninguém tocava guitarra como Jeff", tuitou Gene Simmons, da banda Kiss. Seu colega do Black Sabbath, Tony Iommi, também elogiou Beck, que chamou de "um ícone incrível, um guitarrista genial. Nunca haverá outro Jeff Beck."

Também no Twitter, o cantor Paul Young declarou-se "devastado pela morte súbita e trágica do lendário Jeff Beck".

O caminho até a glória prometida pela ostentação do Best of Blues Festival, que teve sua segunda edição em São Paulo no final de semana cobrando até R$ 900 por um bilhete, foi longo. Começou sexta, com uma interessante e irregular mostra de guitarristas de três gerações; seguiu sábado com uma mistura de mundos às vezes incomunicáveis; e terminou ontem, quando o negócio começaria a virar qualquer coisa menos um festival de blues, com os shows de Trombone Shorty, Marcelo D2 e Aloe Blacc.

Mas foi no meio de tudo, quando já passava das 23h de sábado, que o teatro do World Trade Center abrigaria a maior celebração à guitarra de sua temporada. Jeff Beck, 70 anos a partir do dia 24 de junho, foi generoso ao blues sem abrir mão da liberdade de pensamentos com a qual criou sua escola. Fez um show raro, muito diferente daquele que trouxe em 2010 ao extinto Via Funchal, intercalando temas instrumentais a blues e rocks cantados pelo vocalista Jimmy Hall.

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O que impressiona em Beck é sua capacidade de não repetir uma frase, uma ideia, um único padrão de solo. Não seria um crime. Eric Clapton, BB King, Buddy Guy e Angus Young cansam de brincar assim. Chuck Berry fez a vida sobre três ou quatro riffs. Stevie Ray Vaughan, do alto de sua imaculada maestria, deixava claro por onde sua fúria seguiria. Mas Beck, como Jimi Hendrix, prefere surpreender-se o tempo todo. Quando os ouvidos pedem um caminho, ele segue por outro. Quando pensam que tudo vai terminar no grito dos agudos, lança um harmônico suave e entrega a mais bela nota pela duração mais precisa. Sua criação ganha sentido ao mesmo tempo em que puxa a cadeira do espectador.

Beck tira da cartola um novo coelho a cada segundo mesmo quando sai do centro gravitacional e convida um vocalista para assumir a frente. Ainda que na condição de "guitarrista base", acha um efeito que o diverte e olha sorrindo como criança para o baterista Vinnie Colaiuta, o gigante de seu blues trio (de muito trabalho prestado a Frank Zappa). Supertition, de Stevie Wonder, sai cheia de som e fúria. Rollin' and Tumblin', um clássico do delta blues de 1929, vem com tensão e êxtase. E quando a noite já está ganha, ele saca uma homenagem a Jimi Hendrix de dar agonia nos seguranças que tentam fazer as pessoas respeitarem a frágil divisão de plateias. Little Wing e Foxy Lady terminam com a civilizada audiência de até então, fazendo o público ficar de pé, multiplicando as câmeras erguidas na plateia.

Joss Stone vem graciosa fazer com ele o blues I Put a Spell On You, levando a voz à cerca de arames farpados que a separa de Etta James. Joss usa todos os atributos que Deus lhe deu. Sabe ser irresistível dentro do longo vestido branco, seduz acariciando a ponta de seus cabelos loiros. Sua apresentação, feita antes de Beck e depois da cantora Céu, é a mais perfeita tradução do novo soul pop. Quem quer boa música tem o grupo que a acompanha. Quem quer dançar tem as baladas e as discos que atingem a massa e garantem sua vida artística. Mas a cabeça de Joss bate logo no teto. Ela acredita naquilo que canta e sabe que canta muito. Mas ainda é produto de um simulacro, uma projeção de grandes cantoras negras do soul e do blues. Ainda falta aquilo que faça o público sair de seu show dizendo algo como "só Joss Stone pode fazer isso".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O lendário cantor e compositor Brian Wilson, líder dos Beach Boys, está gravando o seu décimo primeiro álbum solo em Los Angeles e deve embarcar em outra turnê com o histórico grupo. Al Jardine e David Marks, ambos dos Beach Boys, estão envolvidos com a produção do disco de Wilson, assim como o famoso Don Was e o guitarrista Jeff Beck. "Jeff tem o som que estou procurando", disse Wilson à Rolling Stone.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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