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Não está fácil para ninguém, até mesmo para Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e CEO da Meta, grupo que também dono do Instagram e do WhatsApp. Em entrevista ao podcast de Joe Rogan na última quinta-feira (25), o executivo americano admitiu a pressão do trabalho de comandar um império das redes sociais. "É quase como se todo dia eu acordasse e tivesse levado um soco no estômago", declarou.

"Você acorda pela manhã, olha o telefone e recebe tipo um milhão de mensagens. Geralmente não faz bem", disse Zuckerberg a Rogan. "As pessoas deixam para me contar as coisas boas pessoalmente." De acordo Zuckerberg, após as "milhões" de mensagens, ele vai praticar algum esporte que consiga distraí-lo, algo que dure até 2 horas diárias, como jiu-jítsu.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O renomado podcaster norte-americano Joe Rogan pediu desculpas neste sábado (5) por ter usado linguagem racista, e admitiu que o Spotify, principal distribuidor de seu programa, havia removido alguns dos episódios mais ofensivos.

"Minhas mais sinceras e humildes desculpas", diz Rogan em uma publicação de quase seis minutos no Instagram, observando que foi "a coisa mais lamentável e vergonhosa que tive que expressar publicamente".

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O podcaster reconheceu que o Spotify tirou do ar um episódio de seu podcast no qual ele mencionou um filme ambientado em um bairro negro dizendo que "era como se estivéssemos no 'Planeta dos Macacos'".

O jornal "New York Times" informou hoje que até 70 episódios do podcast "The Joe Rogan Experience" haviam sido removidos do Spotify. A plataforma não respondeu ao pedido de comentário feito pela AFP.

Rogan reconheceu que seu uso da palavra "nigger" (um termo ofensivo para se referir a uma pessoa negra) por 12 anos "é horrível". "Inclusive para mim", disse.

As ações do Spotify tiveram uma queda acentuada na bolsa na última quinta-feira, em meio à controvérsia envolvendo o programa de Rogan, que tem 11 milhões de ouvintes.

O presidente e fundador do Spotify, Daniel Ek, classificou de vital para sua companhia o podcast de Joe Rogan, que está no olho do furacão por questionar a eficácia das vacinas contra a covid, e defendeu a permanência de seu conteúdo em um discurso interno.

Ek explicou a seus funcionários que, apesar de considerar "muito ofensivas" e estar "fortemente em desacordo" com "muitas coisas" que Joe Rogan diz, "para alcançar suas metas, a plataforma deve manter conteúdos com os quais muitos de seus funcionários não querem ser associados, de acordo com um discurso vazado nesta quinta-feira (3) pela publicação The Verge.

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"Nem tudo é válido, mas haverá opiniões, ideias e crenças com as quais discordamos fortemente, e inclusive que nos deixam furiosos ou tristes", ressaltou Ek.

A plataforma tem sido duramente criticada por lendas da música como Neil Young e Joni Mitchell, que retiraram seu catálogo do Spotify em protesto contra a difusão de alguns episódios do podcast "Joe Rogan Experience", nos quais são questionadas as vacinas contra a covid-19, entre outros temas.

Algumas celebridades e políticos, no entanto, foram às redes defender o podcaster, como Dwayne 'The Rock' Johnson, o surfista Kelly Slater, a cantora Jewel e, inclusive, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, alegando que o apresentador tem direito à liberdade de expressão.

"Não tenho certeza sobre o que @joerogan acha de mim ou do meu governo, mas não importa. Se a liberdade de expressão significa alguma coisa, é que as pessoas deveriam ser livres pra dizer o que elas acham, não importa se concordam ou discordam da gente", escreveu Bolsonaro na quarta-feira (2) à noite, em um tuíte apenas em inglês, algo incomum em sua conta.

Em meio à controvérsia, as ações da companhia sueca despencaram 17% nesta quinta-feira na Bolsa de Nova York.

O Spotify respondeu às críticas anunciando que incluiria advertências nos episódios do podcast cujo conteúdo discuta informação sobre a covid-19, e links que levem os usuários a informações factuais e fontes científicas.

Segundo Ek, alguns episódios do podcast de Rogan já tinham sido eliminados por não se adequarem às regras do Spotify.

O executivo, no entanto, ressaltou que, por sua posição líder no mercado mundial, "é impossível ignorar a escala e o sucesso" do podcast "Joe Rogan Experience", que tem total autonomia sobre seu conteúdo e com quem a plataforma assinou um contrato de exclusividade no ano passado.

A publicação The Verge afirmou que os funcionários do Spotify estavam ansiosos pela reunião e que alguns deles se sentiam frustrados pelo fato de a companhia estar sendo impulsionada pelo acordo com Rogan.

"Não podemos escrever novas ou diferentes políticas com base em notícias ou questionamentos de pessoas", disse Ek, para quem a expressão criativa e a segurança dos ouvintes "raramente entram em conflito".

"Para ser honesto, se não tivéssemos tomado alguma das decisões que tomamos, tenho certeza de que nossa empresa não estaria onde está hoje", disse Ek, segundo o discurso vazado por The Verge.

O Spotify é mais recente companhia de tecnologia que enfrenta o dilema de equilibrar lucro e conteúdo.

As redes sociais têm sido chamadas a implementar medidas para moderar os conteúdos difundidos em suas plataformas, em especial aqueles que são considerados discurso de ódio, enquanto a Netflix foi acusada no ano passado de difundir programação ofensiva à comunidade LGBTQIA+.

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