Tópicos | José Eduardo Belmonte

Em uma madrugada de sexta para sábado, uma viela de uma super populosa favela carioca é tomada por uma pequena multidão, que se reunia para assistir a um duelo entre a polícia e traficantes locais. Uma garota é feita refém e tem sua vida negociada entre um dos chefes do crime local e um policial à paisana. A ação bem poderia fazer parte do cotidiano violento de uma das tantas favelas brasileiras - não fosse a ocorrência uma das cenas cruciais de Alemão, novo filme do diretor José Eduardo Belmonte e do produtor Rodrigo Teixeira, cujas filmagens ocorreram em várias comunidades do Rio, como Rio das Pedras (que abrigou a cena em questão), o Complexo do Alemão, o Chapéu Mangueira e um colégio no Alto da Boa Vista.

Encerradas há duas semanas, as filmagens trouxeram atores como Milhem Cortaz (Branco), Caio Blat (Samuel), Gabriel Braga Nunes (Danillo), Otávio Muller (Doca) e Marcelo Melo Jr. (Carlinhos) no papel de quatro policiais disfarçados e infiltrados no Morro do Alemão que, sob o comando de Valadares (Antônio Fagundes), trabalharam na histórica operação de ocupação das comunidades do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, em novembro de 2010.

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Já em sua concepção, Alemão se mostra uma rara experiência de "faroeste à brasileira", como bem gosta de ressaltar Belmonte. Não pertence ao famigerado gênero "filme favela", não é um policial e muito menos um filme de ação convencional. "Há uma dimensão humana nestes policiais. Eles possuem dramas como o fato de que a garota refém é irmã de um dos chefes do tráfico e namorada de Carlinhos. Ao decidir se devem ou não negociar a vida da garota, mais que uma ação policial, é a vida do amigo e parceiro que estes policiais têm de decidir", comenta Belmonte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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