Tópicos | Jupp Heynckes

Grande vencedor do futebol mundial em 2013 entre os treinadores, Jupp Heynckes foi escolhido o técnico do ano no Prêmio Bola de Ouro da Fifa, com cerimônia realizada nesta segunda-feira, em Zurique, na Suíça. O alemão foi eleito pelo grande retrospecto à frente do Bayern de Munique, deixando para trás seus dois concorrentes: Jürgen Klopp, do Borussia Dortmund, e Alex Ferguson, que deixou o Manchester United.

Heynckes levou o Bayern de Munique a uma de suas melhores temporadas na história. Foi sob o comando do alemão que o time conquistou o título do Campeonato Alemão, da Copa da Alemanha e, principalmente, da Liga dos Campeões da Europa, após vencer a decisão diante do rival local Borussia Dortmund em maio.

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Foi também com a base montada pelo treinador que o Bayern faturou o título do Mundial de Clubes, em dezembro, mas já sob o comando de Pep Guardiola. Mesmo com o grande sucesso, Heynckes acabou substituído ao fim da última temporada europeia pelo espanhol, que chegou com o status de quem montou o grande time do Barcelona com nomes como Messi, Iniesta, Xavi e outros.

Fora do Bayern, Jupp Heynckes foi cogitado para assumir o Real Madrid, mas decidiu optar pela aposentadoria. Depois de um anúncio inicial de que ficaria "de férias" por uma temporada, o treinador voltou atrás e confirmou que estava deixando o futebol profissional de vez.

"Estou extremamente agradecido por estar aqui e conquistar este título. Significa muito conquistar um prêmio bem no fim de minha carreira. Normalmente em equipes esportivas é difícil reunir tantas características positivas assim. Não é apenas meu o prêmio, mas é de todo o clube e todos que trabalharam comigo durante este período", disse o treinador.

Derrotado na decisão da Liga dos Campeões, Jürgen Klopp teve um ano de afirmação de seu grande trabalho à frente do Borussia Dortmund. Depois dos títulos alemães nas temporadas 2010/2011 e 2011/2012, o Dortmund ficou atrás do Bayern na edição 2012/2013, mas mostrou ser uma das potências mundiais ao ir à final do principal torneio europeu de clubes. Como consolação, a equipe faturou a Supercopa da Alemanha, justamente diante do rival de Munique.

Já Alex Ferguson foi indicado mais como uma homenagem ao grande serviço prestado ao longo de seus 27 anos à frente do Manchester United, encerrados com a conquista do Campeonato Inglês de 2012/2013. O treinador escocês liderou o clube em sua fase mais vitoriosa, mas decidiu deixar o futebol profissional ao fim da última temporada, com uma vasta coleção de troféus.

MELHOR TÉCNICO FEMININO 
Entre os técnicos de equipes femininas de futebol, o prêmio ficou com a treinadora Silvia Neid. Em um ano no qual perdeu muitas jogadoras por lesão, ela mostrou sua capacidade de renovar a seleção da Alemanha, que conquistou seu sexto título europeu consecutivo na Suécia. Neid já havia recebido este mesmo prêmio em 2010.

A treinadora deixou para trás a técnica da seleção sueca, Pia Sundhage, derrotada nas semifinais do Europeu pela Alemanha, e o treinador Ralf Kellermann, que teve um ano irrepreensível à frente do Wolfsburg, liderando o time alemão à conquista da tríplice coroa, com as conquistas do Campeonato Alemão, da Copa da Alemanha e da Liga dos Campeões.

Quando o Bayern de Munique anunciou que havia contratado Pep Guardiola e que Jupp Heynckes se aposentaria, não esperava que a equipe fosse ser campeã da Liga dos Campeões, da Copa da Alemanha e do Campeonato Alemão, conquistando a tríplice coroa. Isso criou uma série de especulações sobre a possibilidade de o técnico responsável por esses triunfos seguisse no futebol. Mas Heynckes, depois de admitir essa possibilidade, agora tratou de confirmar que vai mesmo parar.

"Posso assegurar que não voltarei a trabalhar como técnico. Tive uma despedida digna", disse Heynckes, de 68 anos, em entrevista publicada pela revista alemã Spiege neste domingo.

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Outra importante revista alemã, a Kicker, também publicou entrevista com o treinador. Nesta, ele negou que possa desistir da aposentadoria em caso de proposta para assumir a seleção da Alemanha. "Não tenho essa ambição", garantiu.

Sobre a contratação de Guardiola para o seu lugar, disse, à Spiege, que o Bayern tomou a decisão correta porque permite uma mudança de gerações. "O Bayern tinha que agir. Se eles não tivessem achado um substituto à altura, poderíamos ter conversado (sobre renovação contratual). Mas as coisas saíram da melhor maneira possível", disse Heynckes.

Jupp Heynckes não disfarçou o tom de despedida nesta sexta-feira, na véspera de sua penúltima partida no comando do Bayern de Munique. O técnico de 68 anos, que será substituído por Josep Guardiola, reforçou sua confiança no elenco do time, antes da final da Liga dos Campeões, mas não deu pistas de qual será seu futuro.

"No sábado passado, tive minha última partida pelo Campeonato Alemão como treinador e amanhã será a última oportunidade para levantar um destes troféus [de torneio continental]", declarou o treinador, que ainda não fala em aposentadoria. Há rumores de que poderia voltar ao Real Madrid, time pelo qual conquistou a Liga dos Campeões da temporada 1997/98. No entanto, ele já disse que não pretende sair da Alemanha.

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No Estádio de Wembley, em Londres, Heynckes poderá ser bicampeão se levar o Bayern de Munique à vitória sobre o Borussia Dortmund. "Sempre tentei pensar de forma positiva. Tenho consciência da capacidade do meu time. Disse isso antes das partidas contra Juventus e Barcelona, quando não éramos considerados favoritos. Sempre acredite que poderíamos vencer esta competição", disse o treinador.

"Temos um time extraordinário e conseguimos jogar com unidade. Se conseguirmos jogar desta forma amanhã, nós vamos ganhar a partida", avisou Heynckes, que ouviu palavras de apoio do diretor-executivo do Bayern, Karl-Heinz Rummenigge. "Não estamos chegando em Wembley com arrogância ou excesso de confiança, mas sabemos que, se tivermos um bom dia amanhã, conseguiremos alcançar o objetivo de faturar a Liga dos Campeões", afirmou.

Heynckes só fará sua despedida do Bayern de Munique no próximo fim de semana. Depois da decisão da Liga dos Campeões, ele decidirá o título da Copa da Alemanha, no dia 1º de junho (próximo sábado), contra o Stuttgart, em Berlim. Se vencer as duas finais, o treinador vai garantir a chamada tríplice coroa, conquista simbólica por causa dos três títulos de maior relevância para o Bayern. O time foi campeão alemão no mês passado com seis rodadas de antecedência.

O Bayern de Munique terá pela frente o temido Barcelona nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Diante da melhor equipe do mundo nos últimos tempos, os alemães poderiam contar com um importante fator extra-campo para ajudar. Mas, logo após o sorteio desta sexta-feira definir o confronto, os dirigentes se apressaram a negar que farão contato com Pep Guardiola, futuro técnico do Bayern e ex-comandante do Barça, para buscar conselhos.

"O Guardiola não foi procurado e nem será. Ele pode ter conhecimento de informações privilegiadas, mas nós também temos no banco de reservas uma fonte. Poucos conhecem o futebol espanhol tão bem como Jupp Heynckes, então não precisamos dele (Guardiola) por enquanto. Não há segredos", declarou o chefe-executivo do Bayern, Karl-Heinz Rummenigge.

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Heynckes dirigiu Athletic Bilbao, Real Madrid e Tenerife entre os anos 90 e começo de 2000, por isso conhece bem o futebol do país. O treinador, quando perguntado sobre a possibilidade de o Bayern falar com Guardiola, não escondeu a irritação e lembrou que ele é o atual comandante da equipe. "Não preciso de ninguém. Respeitem meu trabalho", esbravejou.

Se Heynckes garante estar munido de armas suficientes para vencer o Barcelona, em campo a equipe parece ser a principal candidata a desbancar a supremacia espanhola. Campeão do Alemão com seis rodadas de antecipação, o Bayern tem atropelado seus adversários, e o treinador admite que as duas das maiores forças do continente estarão em campo nessa semifinal.

"O Bayern contra o Barcelona é uma reunião de gigantes de primeira classe da competição europeia. É um enorme desafio para nós jogar contra essa equipe, que dominou o futebol europeu nos últimos quatro anos com sua criatividade e futebol cheio de entusiasmo. Estou ansioso para duas noites de futebol mágico", disse Heynckes.

O Bayern de Munique terá a vantagem de atuar diante de sua torcida na decisão da Liga dos Campeões da Europa diante do Chelsea, que acontecerá neste sábado, na Allianz Arena. Além disso, a equipe fez uma campanha mais regular ao longo da temporada, diferentemente dos ingleses, que chegaram até a trocar de treinador - André Villas-Boas por Roberto Di Matteo - durante a competição.

Mas estes fatores não fazem do time alemão o favorito para a final. Pelo menos foi o que garantiu o técnico Jupp Heynckes. "Não compartilho desta euforia. Não somos os favoritos. Não há favoritos, muito menos diante do Chelsea. Ser humilde é o mais inteligente", declarou, nesta sexta-feira.

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O treinador holandês não escondeu que sua principal preocupação é o ataque do time inglês. Ele exaltou o espanhol Fernando Torres e o marfinense Didier Drogba e disse que, até pelo potencial destes jogadores, o Bayern deve começar a partida de sábado pensando em não levar gols.

"Temos que tomar medidas para frear o rival. Drogba tem sido um dos maiores goleadores da Inglaterra. É perigoso e pode marcar a qualquer momento, mas o Fernando Torres também", avaliou. "Temos que ser pacientes. Temos que estar tranquilos, manter o gol fechado e depois teremos a oportunidade de ganhar", completou.

Ao contrário do que disse Heynckes, o lateral e capitão do Bayern, Philipp Lahm, exaltou a vantagem por atuar em casa. "Era um sonho chegar à final em nosso próprio estádio. Conhecemos o estádio, estamos em casa, temos vontade e gana, e queremos ganhar", afirmou.

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