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No meio da disputa do Campeonato Russo, o Krasnodar resolveu suspender o contrato de boa parte dos estrangeiros de seu elenco nesta quinta-feira para que todos possam ficar perto de seus familiares enquanto o País está envolvido no conflito com a Ucrânia. Entre os oito liberados estão dois brasileiros e o paraguaio Júnior Alonso, ex-Atlético-MG.

Um dia após o técnico alemão Daniel Farke negociar uma saída amigável do clube russo, alegando "perda de perspectiva esportiva" e prezando pelo "lado sério da vida", declarações dada à revista Kicker, a diretoria optou por mandar os estrangeiros para casa. Mas todos estão cientes dos contratos assinados que não perderão a validade.

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"Krasnodar suspendeu contratos com vários jogadores. Os jogadores vão treinar sozinhos", informou o clube, que está com 29 pontos após 18 partidas disputadas no Campeonato Russo, na sexta posição. "Os atletas deixaram a sede do clube e vão treinar por conta própria, enquanto seus contratos serão válidos", completou o clube. A liberação foi um pedido dos atletas, sob intenso medo das consequências da guerra.

Os liberados são os brasileiros Wanderson e Kaio Pantaleão, além do paraguaio Júnior Alonso, campeão brasileiro e da Copa do Brasil com o Atlético-MG, o colombiano Jhon Córdoba, o equatoriano Ramirez, além do francês Cabella, o sueco Claesson, e o norueguês Botheim.

O paraguaio Júnior Alonso foi negociado em definitivo pelo Atlético-MG ao Krasnodar recentemente e o clube mineiro conseguiu fazer os russos honrarem o acordo financeiro. Agora, o time brasileiro pode ser o destino provisório do jogador enquanto não há uma resolução da invasão russa à Ucrânia. A torcida mineira pede seu retorno ao clube, que trata a situação como "complicada."

Os jogadores voltam a seus países com medo de sofrerem com as sanções impostas à Rússia após a invasão à Ucrânia. Eles já haviam se negado a treinar na quarta-feira.

O meia Cueva não joga mais pelo São Paulo. O clube paulista acertou a venda do peruano para o Krasnodar, da Rússia, por pouco mais de 8 milhões de euros (R$ 38 milhões) nesta quinta-feira. O pagamento será efetuado da seguinte maneira: 80% até o final deste ano e mais 20% no ano que vem.

A negociação ainda pode render ao São Paulo mais um milhão de euros (R$ 4,5 milhões) em caso de classificação da equipe russa à Liga dos Campeões da Europa - está na Liga Europa na próxima temporada. O clube ainda ficou com 10% de uma futura venda.

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O São Paulo lucrou quase R$ 30 milhões na negociação se levarmos em consideração o valor pago para contratar o peruano. Em junho de 2016, o clube pagou US$ 2,5 milhões (R$ 8,8 milhões na cotação da época) ao Toluca, do México.

No clube desde 2016, Cueva deixa o São Paulo após 87 jogos em que marcou 20 gols. Neste ano, perdeu espaço no time - atuou 18 vezes e marcou três gols. Seu contrato com o clube tricolor era válido até 2021, mas nos bastidores a saída do peruano durante a parada do calendário para a Copa do Mundo da Rússia era vista como muito provável.

Cueva se envolveu em duas grandes polêmicas de indisciplina entre 2017 e 2018. No final do ano passado, não se reapresentou na data estipulada após defender a seleção peruana nas Eliminatórias Sul-Americanas e foi multado. Neste ano, repetiu o deslize e mais uma vez teve o salário descontado.

Em sua despedida com a camisa tricolor, pela primeira fase da Copa Sul-Americana, Cueva foi expulso na vitória suada por 1 a 0 sobre o Rosário Central, da Argentina, no estádio do Morumbi, na capital paulista, que classificou a equipe do técnico uruguaio Diego Aguirre para a próxima etapa do torneio continental. (colaborou Matheus Lara)

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