Tópicos | Luís Goinzaga

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A produtora Mont Serrat Filmes surgiu com o objetivo de fomentar a produção cinematográfica interiorana, através de trabalhos de responsabilidade social e inclusão cultural no Brasil, e em especial, na região do Nordeste. “Eu queria produzir filmes, a proposta não era chegar e mostrar o filme. Era chegar e discutir uma possibilidade de fazer o filme com as pessoas da região e depois curtir o filme que foi feito. Assim nasceu o Cinema no Interior”, conta o diretor e idealizador, Marcos Carvalho. Ele completamenta falando que o principal braço da produtora, veio com o objetivo de "pesquisar, registrar e difundir as riquezas culturais, históricas e ambientais interioranas, tendo a própria população local como principais pesquisadores, produtores, protagonistas e platéia inicial".

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A primeira fase do Cinema no Interior foi em meados de 2001 - 2002, quando o diretor realizou expedições do Oiapoque ao Arroio Chuí. “Eu queria ter uma visão macro do Brasil”, diz Marcos. Daí, ele partiu para a segunda etapa, com foco no Nordeste, tendo sido realizada em Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Maranhão e Pernambuco, este último conta com três edições. Ambicioso, o projeto cresceu já tomou forma em expedições internaionais: Santa Elena de Uairen - Venezuela, cidades vizinhas Lethem e Bonfim, localizadas respectivamente na Guiana e no estado de Roraima e há projetos para leva-lo para África.

Em 2011, Marcos teve a oportunidade de realizar um sonho: a produção de um filme sobre o cantor e compositor maranhense João do Vale. O filme O nascimento do Poeta foi filmado em Lago da Onça, povoado quilombola onde nasceu João do Vale. O curta teve a co-direção do filho do compositor, Riva do Vale, e participou de mostras nacionais, dentre elas a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.

"Estamos em uma fase muito boa, ganhando prêmios em mostras nacionais e sendo convidados para festivas internacionais", comenta Marcos Carvalho. Ainda este ano, será realizada a Mostra Cinema no Interior, em Serra Talhada, nos dias 31 de maio e 1°de junho. Esta é a culminância do projeto que foi selecionado no VI Edital de Fomento ao Audiovisual do Funcultura. Durante o evento, haverá uma oficina de crítica de cinema com André Dib, para as pessoas que participaram das etapas e irão sentar na mesa de jurados. Na ocasião, acontecerá a reabertura simbólica do Cine Arte de Serra Talhada. Serão expostos filmes produzidos durante a terceira etapa do Cinema no Interior em Permabuco, e a etapa Expedição América - Venezuelal. São eles: Bicho de 7 letras (Serra Talhada), Esperança (Cabrobó), Infinito de Nós Dois (Triunfo), Paraíso Selvagem (Buíque) e Manchik (Santa Elena de Uairen, Venezuela). Estarão expostos, também, painés com fotografias das edições anteriores.

O filme Entre, Lua, a Casa é Sua! recebeu prêmios em festivais de cinema pelo país, dentre eles o Cine PE 2013, no qual ganhou como melhor filme, na categoria Mostra Pernambuco. O filme foi uma homenagem a Luís Gonzaga, e conta a chegada de Gonzagão no céu, sendo levado por personagens de suas canções. Dirigido por Marcos Carvalho e Edinéia Campos, o filme recebeu o convite para participar do Festival Internacional de Contis, na França em junho, 2014. Ainda em 2014, acontece o 8° Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, em São Paulo, entre os dias 27 e 30 de março, conhecido por reunir os filmes mais premiados do ano anterior. No caso do filme Entre, Lua, a Casa é Sua, foi devido à premiação de melhor curta nacional e melhor direção do Festival Guarnicê de Cinema, em São Luís, Maranhão, em 2013.

Sobre os projetos futuros, Marcos conta que se inscreveu em um edital baiano, para prosseguir com o Projeto Cinema no Interior, desta vez, a etapa Bahia. Há ainda a produção de mais um filme reverenciando o Rei do Baião, Légua Tirana, "desta vez a proposta é retratar a infância dele", explica o diretor. Fora do Brasil, ele pretende levar à frente o projeto Expedição África.

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