Nesta segunda-feira (13), começará o julgamento de Luiz Antônio dos Santos Júnior, de 34 anos, acusado de matar com uma barra de ferro e depois esquartejar sua esposa, Mirtes Juliana de Araújo, 30 anos. O crime ocorreu na Rua Santa Maria, na Vila Sotave, em Prazeres, no município de Jaboatão dos Guararapes, em junho de 2012 e segundo as investigações, o motivo seria uma discussão motivada por ciúmes.
De acordo com o inquérito da Polícia, o acusado teria sido acordado pela mulher, na madrugada do dia 26 de junho, para que ele deixasse a casa, onde moravam com a filha de sete anos, até o dia 5 de julho. A residência pertencia a Mirtes, que queria a separação após 10 anos de relacionamento. Luiz Antônio alegou que não quis sair da residência, pois teria ajudado na reforma e contribuído para a melhoria do imóvel.
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Em depoimento, o acusado contou que a esposa o teria ameaçado com uma faca e o chamado de preguiçoso. Luiz Antônio explicou que golpeou Mirtes com um pedaço de madeira e uma barra de ferro, deixando-a inconsciente. Após isso, ela teria acordado e ele desferiu mais golpes com a barra de ferro, ocasionando a morte da vítima. Em seguida, o suspeito afirma que, utilizando uma faca, esquartejou o corpo e o colocou em três sacos de lixo.
As investigações apontam que Luiz Antônio pagou R$ 90 a um motorista de ônibus para que ele levasse os sacos com pedaços do corpo até a casa de sua mãe, localizada na Vila Rica, também em Jaboatão. O dono do veículo identificou o acusado através de uma reportagem e procurou a polícia. Ao prestar esclarecimentos, ele alegou que sentiu um cheiro forte de perfume e que ao questionar o réu este teria dito que quebrou um vidro de perfume.
O irmão de Mirtes afirmou em depoimento que tentou contatar a irmã no dia do crime, mas como a vítima não atendeu ao celular, ele foi até a residência do casal e lá contou que sentiu um forte cheiro de desinfetante. Após sair ele ainda ligou para o trabalho do acusado, sendo informado que ele não teria ido trabalhar.
A mãe de Luiz Antônio contou à polícia que ao chegar em sua casa, à noite, viu os sacos e abriu, encontrando a cabeça da nora. Em choque, chamou uma vizinha para confirmar se realmente tratava-se do corpo de Mirtes, que afirmou ter visto o acusado deixar os sacos no local. As duas chamaram a polícia e enquanto os agentes estavam na casa da mãe do acusado, o suspeito telefonou e confessou o crime.
Luiz Antônio foi preso e levado no Centro de Triagem (Cotel) em Abreu e Lima e será julgado por homicídio qualificado com quatro agravantes, pois utilizou de requintes de crueldade, ocultou o cadáver, esquartejou e a vítima não teve como se defender. Caso condenado, a pena poderá variar entre 12 e 30 anos de prisão.