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Uma casa de leilões britânica anunciou o leilão de um par de óculos redondos que alega ter pertencido ao herói da independência indiana Mahatma Gandhi, que os "deu em agradecimento por uma boa ação".

Este par de óculos, cujos aros são cobertos de ouro, "formava um elemento importante e um tanto icônico da aparência geral de Gandhi", disse a East Bristol Auctions em seu site.

O apóstolo da não-violência "dava seus óculos velhos para quem precisava ou o ajudava", afirmou a casa de leilões.

O par de óculos à venda foi dado por Gandhi nos anos 1920 ao tio do vendedor, que trabalhava na época para a British Petroleum na África do Sul, explicou a casa.

"Acredita-se que foram oferecidos como agradecimento por parte de Gandhi por uma boa ação".

A Bristol East Auctions contou que recebeu o objeto de forma incomum, pois estava em um envelope dentro de sua caixa de correio.

"Um dos colegas pegou o envelope, o abriu e leu uma mensagem que dizia +esses óculos pertenceram a Gandhi, me ligue+", disse ao canal de televisão Sky News um dos leiloeiros, Andrew Stowe.

Depois de ligar para o vendedor, "verificamos, investigamos e descobrimos que era uma descoberta histórica... Liguei para o homem e ele me disse +se não forem bons, jogue-os fora", contou Stone.

"Quando lhe disse que valiam 15.000 libras, acho que ele quase desmaiou", acrescentou.

Estimados entre 10.000 e 15.000 libras (entre 11.000 e 17.000 euros), os óculos estarão à venda online em 21 de agosto.

Autoridades de Gana anunciaram que pretendem transferir uma estátua de Mahatma Gandhi, que a Índia deu de presente à universidade de Acra há alguns meses, após uma petição que denuncia racismo envolvendo o líder da independência indiana.

A estátua foi inaugurada em junho no campus universitário pelo presidente indiano, Pranab Mukherjee, como símbolo da aproximação entre os dois países. Mas em setembro um grupo de professores lançou uma petição para solicitar sua retirada devido ao caráter racista de Gandhi, exigindo que a universidade dê prioridade a personalidades africanas.

"Mais vale se erguer por nossa dignidade que se prostrar diante da vontade de uma superpotência euroasiática", afirma o texto da petição, que cita Gandhi dizendo que os indianos eram "infinitamente superiores" aos africanos.

O ministério das Relações Exteriores ganense indicou que acompanha o assunto com uma profunda preocupação e destacou sua intenção de "transferir a estátua para garantir sua integridade e evitar polêmicas".

"Gandhi era humano e pode ter tido seus defeitos, mas devemos lembrar que as pessoas mudam" e que Índia e Gana "foram campeões na luta pela libertação dos povos oprimidos em todo o mundo", acrescentou o ministério.

Há vários meses, surgiu em várias universidades africanas um movimento contra a presença de estátuas que façam alusão a um passado colonial. A universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, realizou uma forte campanha para a retirada de seu campus de uma estátua de Cecil Rhodes, um magnata das minas notoriamente racista, morto em 1902.

Com o tema central “A Renascença da Educação no Séc. 21: O que transmitir, A quem transmitir e Como transmitir", o neto do ativista Mahatma Gandhi, o jornalista, Arun Gandhi, foi o primeiro palestrante da abertura do Fórum Educação em Primeiro Lugar, ocorrido ontem à noite, no Teatro Castro Alves, em Salvador.

No estado da Bahia, onde os professores permanecem em greve há 77 dias, Arun Gandhi rememorou os ensinamentos passados pelo seu avô, e disse que “a educação pode contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária, que fomente a não-violência", e que o atual modelo educacional prima mais pelo materialismo do que pelos valores morais. “O atual sistema de educação ajuda a criar uma cultura de violência, algumas que nem percebemos que estamos praticando contra o outro através das nossas palavras e atitudes”, afirmou o jornalista, lembrando a importância do papel da família como fundamental nessa construção.

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“Precisamos aproveitar este momento, em que o Brasil está no foco das discussões, para propormos um novo projeto educacional para o País”, afirmou a mentora e responsável pelo Fórum, Emilia Queiroga Barros.

O secretário municipal de Educação de Salvador, João Carlos Bacelar, também esteve presente no evento, e disse que é preciso repensar os modelos atuais da educação. “Educação é saúde, cidadania, paz e desenvolvimento econômico, também é a solução dos problemas da humanidade e a verdade é que a educação foi negligenciada no nosso País”.

Abertura - Em cena, 110 artistas entre músicos, bailarinos e atores integrantes de grupos, como Companhia Opaxorô da Associação de Pais e Alunos Especiais (APAE), Grupo PIM, Cia Gente de Teatro da Bahia, além do baile da Fundação Cultural do Estado da Bahia, usaram da arte para promover ensinamentos e fazer a diferença na abertura do fórum. Entre interpretações no palco com a peça A Fabula do Possível, do escritor e roteirista Elisio Lopes, três atores deram vida a grandes escritores da literatura brasileira: Jorge Amado, Castro Alves e Milton Santos, além da exibição de documentários na noite.

O senador Cristóvão Buarque e outros convidados darão continuidade ao evento, que seguiu durante todo o dia de hoje e prossegue durante esta quinta-feira (28), no Hotel Pestana, a partir das 7h30. A programação completa está no site do fórum, que transmitirá o evento em tempo real.

O Fórum é proposto e promovido pela Secretaria de Educação de Salvador e pela Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer.

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