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Pela sexta vez em dez anos, a brasileira Ana Marcela Cunha foi eleita a melhor atleta do mundo da maratona aquática no ano de 2019. Uma das apostas do País nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a nadadora conquistou duas medalhas de ouro no Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, no ano passado, entre outras conquistas de peso.

Ana Marcela foi informada da nova conquista na manhã desta sexta-feira, por e-mail enviada pela Federação Internacional de Natação (Fina), assinado pelo presidente da entidade, Julio Maglione. "Por esta correspondência, temos o prazer de lhe informar que você foi escolhida como a MELHOR ATLETA DO ANO de 2019 na MARATONA AQUÁTICA", diz o ofício. "Parabéns por sua incrível performance!"

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A premiação, contudo, não tem data para acontecer. No mesmo e-mail, a Fina lamenta que o seu prêmio anual não foi realizado no fim de 2019, como geralmente acontece. "Estamos considerando novas possibilidades. Vamos manter você informada."

Aos 27 anos, Ana Marcela é uma das principais referências da maratona aquática no mundo. Em 2019, ela obteve seguidas conquistas, com destaque para os títulos mundiais nas provas de 5km e 25km - nesta distância, se sagrou tetracampeã mundial.

Com estes resultados, chegou ao número de 11 pódios em Mundiais, se isolando como a mulher como o maior número de medalhas na história da competição. No total, são cinco ouros, duas pratas e quatro bronzes.

No Mundial, ela ainda conquistou a vaga para disputar a prova dos 10km nos Jogos de Tóquio, neste ano. Ainda em 2019, foi campeã nos 10km nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Faturou o ouro nos Jogos Mundiais Militares e conquistou cinco etapas do Circuito Mundial de Maratonas Aquáticas. De quebra, foi eleita para entrar no Hall da Fama internacional da maratona aquática.

Os brasileiros ficaram fora dos pódios masculino e feminino na segunda etapa da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas, disputada neste sábado (11) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Entre os homens, a vitória foi do britânico Jack Burnell, enquanto que entre as mulheres venceu a francesa Aurélie Muller.

Muller foi a atleta eliminada nos Jogos do Rio que permitiu a Poliana Okimoto ganhar o bronze olímpico no ano passado. Neste sábado, a brasileira ficou apenas na 24.ª colocação, enquanto Ana Marcela Cunha completou em 12.º, também muito distante do que está acostumada. O pódio em Abu Dhabi ainda teve a holandesa Sharon Van Rouwendaal, atual campeã olímpica, e a italiana Arianna Bridi.

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No masculino, Jack Burnell também deu a volta por cima depois de ser desclassificado da prova olímpica. O holandês Ferry Weertman ganhou a prata e o francês David Aubry ficou com o bronze. Allan do Carmo foi o 17.º colocado. Outro nome importante das maratonas aquáticas no Brasil, Samuel de Bona anunciou sua aposentadoria no último dia 1º.º.

A etapa de Abu Dhabi é a segunda mais importante da temporada, só menos prestigiada que a de Hong Kong, que decide o título do circuito. A maior parte dos melhores maratonistas aquáticos do mundo esteve na prova deste sábado, que paga US$ 7 mil ao campeão.

A primeira etapa da Copa do Mundo havia sido disputada em fevereiro, em Viedma, na Argentina, onde Poliana ganhou a prata. Lá, Ana Marcela foi quinta colocada, enquanto Allan chegou em sexto. Outras quatro etapas serão realizadas antes da decisão em Hong Kong, sendo a próxima delas em Setubal, em Portugal, em junho.

Aos 29 anos, Joanna Maranhão acredita que ainda tem muita lenha para queimar na natação. Nesta terça-feira (31), a nadadora que deixou o Pinheiros no fim do ano passado foi apresentada em seu novo clube, a Unisanta, de Santos, e surpreendeu ao revelar que pensa em se arriscar nas maratonas aquáticas.

"Estamos estudando a possibilidade de tentar alguma coisa em maratona aquática, aqui na Unisanta a Ana Marcela pode até me dá alguns toques de como é que faz (risos). Eu acho que vai ser uma experiência bacana. Eu já vivi muita coisa na natação e acho que viver essa experiência que pode ser que dê certo ou não, mas eu estou super aberta para tentar", afirmou.

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Joanna é conhecida por ser a mais polivalente nadadora brasileira. Nada todas as provas de 200m para cima e não é raro que se inscreva também em disputas de provas de 100m, principalmente no nado borboleta.

Na Unisanta, ela se une às duas principais nadadoras de fundo do País, Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto, também contratadas da equipe. Ana Marcela treina em Santos, onde Joanna pretende passar uma ou duas semanas por mês - o resto do tempo treinará em Belo Horizonte, onde mora com o marido Luciano Corrêa, judoca do Minas Tênis Clube. Poliana treina em São Paulo.

A equipe treinada por Marcio Latuf apresentou outros três reforços nesta terça-feira: Leonardo de Deus, Thiago Simon (ambos não tiveram seus contratos renovados pelo Corinthians) e Carol Bilich (deixou o Minas Tênis Clube). A Unisanta também contratou Daiene Dias, que representou o Brasil no Rio-2016 nos 100m borboleta, mas ela está na França competindo e não participou do evento.

O clube, comandado por Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos, também manteve Nicholas Santos, Matheus Santana, Felipe Ribeiro, Alessandra Marchioro e Gabi Roncatto. Por outro lado, liberou o veterano Tales Cerdeira.

Doze vezes campeão mundial nas maratonas aquáticas, o maior nome da história da modalidade não estará nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Nesta sexta-feira, o alemão Thomas Lurz surpreendeu ao anunciar sua aposentadoria imediata. Ele não competirá na etapa de Cozumel (México) da Copa do Mundo, sábado, que vai marcar a abertura do período de classificação para os Jogos.

"Eu não vou trabalhar mais naquilo que eu trabalhei por tanto tempo", explicou Lurz, que se aposenta no dia em que o mundo todo comemora o dia do trabalho. Aos 35 anos, ele deixa a carreira depois de ter nadado estimados 3.500 quilômetros apenas em provas competitivas, se aproximando dos 50 mil quilômetros considerando também os treinos.

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Lurz deixa a natação sem ter atingido o objetivo máximo de todo atleta: o ouro olímpico. Foi bronze em Pequim, em 2008, quando a modalidade estreou nos Jogos, e faturou a prata quatro anos depois, em Londres.

Em Mundiais de Maratonas Aquáticas (que não existem mais), ganhou os 10 quilômetros (prova olímpica) em 2006, 2008 e 2010. Já no Mundial de Desportos Aquáticos, venceu os 5km em 2005, 2007, 2009 e 2011. Nos 10km, entretanto, só ganhou em Roma, em 2011. Foi prata em todas as outras edições do evento, entre 2005 e 2013.

A aposentadoria de Lurz, de qualquer forma, é boa para os atletas brasileiros, que terão um rival de peso a menos não só na Olimpíada, mas também no Mundial de Kazan. Para ter dois nadadores nos Jogos, o Brasil precisa que ambos fiquem entre os 10 primeiros na Rússia.

Allan do Carmo, Diogo Villarinho, Luis Rogério Arapiraca e Samuel de Bona nadam em Cozumel. Os dois melhores vão ao Mundial e podem carimbar passaporte para a Olimpíada. Os demais vão ao Pan de Toronto. Se um único atleta brasileiro ficar entre os 10 melhores do Mundial, estará assegurado na Olimpíada e encerrará a disputa interna.

Ana Marcela Cunha depende apenas de um mergulho para conquistar o título do Circuito Mundial de Maratonas Aquáticas. Medalhista em todas as sete etapas da temporada, ela lidera com gigantesca folga de pontos e só não pode se dizer ainda campeã porque o regulamento exige que os candidatos ao título participem da etapa final, que acontece no próximo fim de semana, em Hong Kong.

"Já que o título está garantido, bastando participar da última prova, como manda o regulamento, minha motivação é medalhar. Em cada travessia, enfrentei condições diversas (sol, chuva, vento, correnteza, água gelada), e ao menos uma adversária de peso, e isto me dá mais experiência e confiança em ser uma atleta mais completa. Não será diferente nesta etapa final", dia Ana Marcela.

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A baiana começou a temporada com uma prata e um bronze, sempre atrás de Poliana Okimoto, e só conseguiu vencer sua maior rival na terceira etapa, em Setúbal (Portugal), ficando com o ouro. Depois disso Poliana se machucou e abriu o caminho para o título de Ana Marcela, que venceu as quatro etapas seguintes.

Em Hong Kong, Ana Marcela poderá provar sua força. Afinal, pela primeira vez na temporada vão estar reunidas quatro das principais atletas da atualidade: Ana Marcela, Poliana, a britânica Kari-Anne Payne (campeã mundial em Xangai/2011) e a alemã Angela Maurer (bronze no Mundial de Barcelona/2013). Payne estreia na temporada, enquanto Maurer só participou de quatro provas (fez dois bronzes).

Poliana liderava quando sofreu um fissura na coluna cervical durante a etapa de Setúbal. Ficou afastada para se tratar e voltou sem chances de título. Mesmo assim, tem um ouro e três pratas em quatro etapas disputadas.

"Foram seis semanas com fisioterapia e repouso. Não podia fazer nada, nenhuma espécie de treino. Mas, graças a Deus, estou totalmente recuperada, sem sentir nada e já voltei a nadar de forma competitiva", comentou Poliana, prata na etapa da China, sábado passado.

O Brasil teve um desempenho excelente na etapa chinesa da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas, de dez quilômetros, realizada neste domingo (12) em Chun’na. Allan do Carmo venceu a prova masculina e assegurou o título do torneio, feito que Ana Marcela Cunha já havia garantido, mas mesmo assim ganhou a disputa feminina na China, seguida pela também brasileira Poliana Okimoto.

Com essa vitória, Allan do Carmo só precisa participar da última etapa da Copa do Mundo nesta temporada, que será realizada no próximo sábado em Hong Kong, para assegurar a sua conquista, assim como Ana Marcela. Dessa forma, o Brasil completará uma dobradinha inédita na Copa do Mundo.

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Na prova masculina, Allan do Carmo sempre esteve no primeiro pelotão e venceu a disputa em 1h52min59s57 após assumir a liderança no último quilômetro. O alemão Thomas Lurz, com 1h53min00s21, ficou na segunda colocação, com uma vantagem mínima para o brasileiro Diogo Villarinho, o terceiro com 1h53min01s77. O também brasileiro Samuel de Bona terminou na décima posição, com 1h53min09s10.

A disputa feminina teve dobradinha brasileira, como, aliás, aconteceu no Mundial de Esportes Aquáticos de 2013, em Barcelona. Dessa vez, Ana Marcela levou o ouro, com o tempo de 2h06min13s03, e Poliana faturou a medalha de prata, com 2h06min14s35.

Agora, Ana Marcela e Allan terão seus títulos oficializados no próximo sábado, em Hong Kong. No ranking masculino, após a disputa na China, Diogo Villarinho é o quarto colocado e Samuel, o sexto. Poliana, mesmo tendo ficado fora de algumas etapas por causa de uma lesão na coluna, está na segunda colocação entre as mulheres.

No atletismo, uma maratona tem pouco mais de 42 quilômetros. Na natação, a maratona aquática olímpica é disputada em percurso de 10 quilômetros. Neste domingo, Ana Marcela Cunha mostrou que o termo "maratonista" é pouco para ela. A brasileira venceu a 49.ª edição da Travessia Capri-Nápoles, na Itália, batendo o novo recorde de uma prova de 36 quilômetros.

Atleta do Sesi-SP, Ana Marcela completou a travessia em 6h24min45s, superando em cerca de sete minutos o recorde que pertencia à italiana Martina Grimaldi, principal rival das brasileiras no Circuito Mundial da modalidade. No total, 30 pessoas (20 homens e 10 mulheres) largaram para a prova, válida pelo Grand Prix de Águas Abertas da Fina (Federação Internacional de Natação).

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"Estou exausta mas absurdamente feliz. É sensacional você acreditar em um sonho e conseguir alcançá-lo. Parecia algo impossível, inimaginável. É muito desgastante, um desafio para poucos. Agradeço a todos os meus patrocinadores e ao meu clube, que, de alguma forma, contribuíram para que pudéssemos levar este título inédito e com recorde para o Brasil na primeira vez na história", festejou Ana Marcela.

A baiana utilizou, durante a prova, uma touca personalizada, lembrando o capacete de Ayrton Senna. "Tive que impor um ritmo forte para poder acompanhar os homens sem perder o pelotão de frente. O mar não estava fácil e água muito salgada. Mas felizmente deu tudo certo e a homenagem a Ayrton Senna se completa com vitória e recorde, do jeito que ela gostava", completou.

Eleita esportista brasileira do ano no Prêmio Brasil Olímpico, organizado pelo COB, Poliana Okimoto foi escolhida também a melhor atleta das maratonas aquáticas no mundo em 2013, em eleição promovida pela Fina (Federação Internacional de Natação). O resultado da premiação foi divulgado nesta segunda-feira (6).

A votação foi organizada pela Fina Aquatics World Magazine, revista oficial da Fina. A premiação envolveu 674 membros desta, entre dirigentes dos países filiados, membros dos comitês e comissões, imprensa e patrocinadores.

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Poliana sobrou na premiação. A nadadora venceu o Mundial de Barcelona na distância olímpica de 10km e ainda ganhou prata nos 5km e bronze na prova por equipes. Antes, ela já havia sido escolhida atleta do ano de 2013 pela revista Swimming World, referência mundial na cobertura de esportes aquáticos.

Na natação, os vencedores da premiação da Fina foram os norte-americanos Ryan Lochte e Katie Ledecky. Em saltos ornamentais só deu China, com Chong He e Zi He. O polo aquático elegeu Denes Varga (Hungria) e Jennifer Pareja (Espanha), enquanto Svetlana Romashina (Rússia) ganhou no nado sincronizado. Thomas Lurz (Alemanha) ganhou na maratona aquática masculina. Todos foram campeões mundiais em Barcelona.

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