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A Polícia Militar prendeu na noite de quarta-feira, 16, um dos suspeitos de atacar com tiros de fuzil o veículo onde estava a deputada estadual Martha Rocha (PDT), que é delegada aposentada e ex-chefe da Polícia Civil do Rio. O crime aconteceu na manhã do último domingo, dia 12. O suspeito foi preso por policiais do 16º BPM (Olaria). A PM não informou quem é o acusado e nem deu outros detalhes.

Desde domingo os investigadores tratam o caso como tentativa de latrocínio. A hipótese de atentado, que chegou a ser cogitada, foi descartada na quarta-feira. "A Polícia Civil do Rio de Janeiro não tem nenhuma dúvida de que não se trata de uma tentativa de homicídio o fato envolvendo a deputada Martha Rocha. Nós estamos, claramente, sem nenhuma dúvida neste momento, afirmando que foi uma tentativa de latrocínio", afirmou o delegado Giniton Lages, titular da Divisão de Homicídios do Rio.

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O crime aconteceu em uma via da Penha, bairro da zona norte do Rio. Um veículo emparelhou com o automóvel onde estava Martha Rocha e sua mãe, e um criminoso colocou parte do corpo para fora, anunciando um assalto. O motorista da delegada, que é policial militar reformado, acelerou o veículo blindado, quando começaram os disparos. Ele acabou ferido na perna, mas passa bem.

A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro já identificou um dos suspeitos de participar do ataque à deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ), cujo carro foi alvejado por criminosos, um deles com um fuzil, na manhã deste domingo (13), na Penha, zona norte da cidade. O nome do suspeito não foi revelado para não atrapalhar as investigações. A polícia também realizará nesta segunda-feira (14) uma perícia complementar no local para descobrir as circunstâncias do crime.

Para dar seguimento às apurações, equipes da DH investigam o suspeito, analisam imagens e estão em busca de outras câmeras de segurança que possam ajudar a confirmar a autoria do crime.

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Ontem de manhã, um carro emparelhou com o Toyotta Corolla blindado da deputada, quando ela ia para a missa com sua mãe. Apesar da blindagem do automóvel, o motorista foi ferido na perna, atendido em um hospital e, em seguida, liberado.

A motivação do crime ainda não foi descoberta, mas o Disque Denúncia confirmou que a deputada Martha Rocha foi informada de três ameaças feitas a ela e recebidas por este canal em novembro do ano passado.

A deputada disse que foi comunicada pelo Disque Denúncia sobre possível um atentado por parte de milicianos contra autoridades. Na ocasião, todas os órgãos competentes foram acionados.

“Numa dessas notícias estavam especificando que haveria um atentado contra mim em razão de uma decisão de um segmento da milícia. Ponderei [com as autoridades] que não me cabia pedir escolta, o que me cabia era solicitar uma análise de risco, ou seja, que a Polícia Civil me dissesse se aquelas notícias são, ou não, verdadeiras”, acrescentou Martha.

Em face desse histórico, o caso é analisado sob duas linhas de investigação: tentativa de roubo ao veículo blindado ou atentado pessoal.

Para Martha Rocha, o episódio merece atenção independentemente da motivação. “Mesmo que, ao final [da investigação], se entenda que foi uma tentativa de roubo, eu quero ser a voz das pessoas que moram naquela região, porque não é admissível que às 9h15 da manhã de domingo tenha um carro circulando com, no mínimo, dois elementos, um deles vestido de preto, com luvas e touca ninja preta, portando um fuzil, para proceder roubos naquela localidade”, afirmou a deputada.

A delegada Martha Rocha foi a primeira mulher na história a chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
 

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, determinou escolta para a deputada estadual Martha Rocha (PDT). A deputada, que recebeu ameaças de morte no fim do ano passado, teve o carro atacado a tiros de fuzil nesse domingo (13), na Penha, quando buscava a mãe para ir a missa. Os tiros atingiram seu motorista na perna direita.

Witzel e o secretário da Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga, estiveram na Delegacia de Homicídio, responsável pelas investigações, para prestar solidariedade para a deputada. De acordo com o governador, a linha inicial de investigação aponta para tentativa de latrocínio, já que há outras ocorrências desse tipo no mesmo local.

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"Não podemos deixar impunes quem quer que seja que atente contra o Estado Democrático de Direito. Pedi ao secretário que determine uma escolta imediata para a deputada, já que ainda não sabemos se é um atentado ou um latrocínio", disse Witzel.

A deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha (PDT), que teve o carro atingido por tiros na manhã deste domingo, 13, relatou que recebeu uma ameaça vinda de um grupo da milícia, no início de novembro do ano passado. Segundo Martha, que comunicou o fato às autoridades do Rio na época, a ameaça chegou três vezes pelo disque denúncia.

A mensagem, de acordo com ela, dizia que o grupo pretendia atingir algumas autoridades e que seu nome vinha especificado entre os alvos "com letras garrafais". "Falei pessoalmente na ocasião com o Rivaldo Barbosa (então chefe da Polícia Civil) e Gilberto Ribeiro (subchefe operacional) e pedi uma análise de risco para ver se aquele disque denúncia tinha fundamento ou não", disse.

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Segundo a delegada, depois desta reunião, Ribeiro lhe telefonou para oferecer escolta policial por um mês, mas ela recusou e afirmou que queria apenas a apuração da denúncia. "Não recebi resposta do resultado dessa investigação", afirmou. "Se houve ausência de cuidado, quem tem que explicar são eles, até porque não sei qual foi a motivação desse fato (deste domingo)", afirmou.

Martha ainda declarou que, quando era delegada titular, atuou na área de Campinho, que é dominada pela milícia, e que trabalhou na investigação destas organizações criminosas.

"Quem olhar a minha trajetória na Polícia Civil vai verificar que a questão da milícia não foi desconhecida da nossa administração, ou seja, nós sempre tivemos um radar para a apuração dos casos de milícia. Eu quero dizer que a Polícia Civil inteira sabe que, na minha atuação como delegada, fui uma pessoa que enfrentou milícia e que eu, como chefe da Polícia Civil, não fechei os olhos para a atuação da milícia", declarou.

A deputada disse que, depois da ameaça, transmitida no dia 5 de novembro, ela comprou um carro particular blindado, já que o fornecido pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) não tinha esse equipamento. A blindagem não foi suficiente para lhe garantir segurança, já que estilhaços atingiram o seu motorista, um policial militar que lhe prestava serviços, no tornozelo.

Martha afirmou também que não reagiu durante toda a ação e que apenas tomou a medida de manter a sua mãe, de 88 anos, que também estava no carro, abaixada. Eles haviam buscado a mãe da deputada, que mora no bairro, e seguiam para assistir a uma missa na Tijuca.

Segundo a delegada, ainda na Penha, seu motorista notou que um carro Celta de cor banca estava atrás, com um dos homens, vestido de preto, luvas também pretas e touca no rosto. De acordo com o relato da delegada, em determinado momento, o homem colocou-se com a metade do corpo para fora do carro, portando um fuzil. Pouco tempo depois, este carro fez disparos contra o seu, atingindo o tornozelo do motorista e duas rodas.

O celta perseguiu o carro da delegada até a altura da Avenida Brasil. Na via, o motorista conseguiu entrar em uma das ruas próximas e dirigir até o Olaria Atlético Clube, onde buscaram socorro. Os criminosos entraram em outra rua e fugiram.

Alvo de ameaças de morte por milicianos em dezembro passado, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) foi um dos primeiros a prestar solidariedade à deputada estadual Martha Rocha (PDT), cujo carro foi alvo de tiros de fuzil na manhã deste domingo, 13. "Liguei para Martha, que nos informou que está bem e que seu motorista está fora de perigo. Nós exigimos do poder público do Rio de Janeiro uma resposta imediata para saber quem são os responsáveis por esta ação. Amanhã completa 10 meses da morte de Marielle e Anderson e continuamos sem resposta. Não podemos continuar com este nível de omissão do Estado do Rio de Janeiro", afirmou o deputado.

Martha Rocha contou à polícia que sofreu três ameaças de morte em novembro passado e que, por isso, tinha comprado um carro blindado. Freixo, por sua vez, foi ameaçado em dezembro, quando a Polícia Civil contou ter descoberto um plano para matá-lo durante um ato público na zona oeste. Em ambos os casos, milicianos estariam por trás das ameaças. Em março do ano passado, a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no Centro. As investigações ainda em curso apontam para milicianos.

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Freixo cobrou do governador Wilson Witzel um posicionamento mais contundente contra as milícias. "Causa estranheza, o governador não citar no seu plano de governo algo em relação às milícias. Ele sequer se pronuncia sobre o assunto", disse Freixo.

Em nota oficial sobre o ataque, o governador reafirmou a necessidade de que "bandidos sejam tratados como terroristas" e garantiu estar empenhando todos os esforços para a elucidação do caso. "No meu governo, atentados como este, praticados por bandidos que colocam em risco o direito de ir e vir dos cidadãos de bem, serão esclarecidos e punidos exemplarmente", disse.

Ameaça

O presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano, disse que a deputada Martha Rocha recebeu uma ameaça de morte entre o final de novembro e o início de dezembro do ano passado.

Segundo Ceciliano, na ocasião, ele e a deputada foram até o Centro de Inteligência e Controle da Secretaria de Segurança para comunicar o ocorrido ao então interventor federal, general Braga Netto, e ao então secretário de segurança, general Richard Nunes.

"Nós nos reunimos com eles e contamos o que aconteceu. Não podemos entrar mais em detalhes sobre a ameaça por questões de segurança", disse o deputado.

No entanto, o presidente da Alerj disse não saber se o acontecido neste domingo, 13, quando o carro onde a deputada estava foi atingido na Penha, na zona norte do Rio, teve a ver com a ameaça ou se tratou de um assalto.

O deputado disse ainda que, atualmente, há de quatro a cinco parlamentares ameaçados na Casa. "Quando é assim, deixamos a cargo dos deputados escolherem se querem receber escolta policial ou não. É uma questão particular", disse.

Em nota oficial, a Alerj comunicou que considera "extremamente grave" o ataque a tiros contra o veículo onde estava a deputada. "O presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano, conversou com o governador Wilson Witzel, que imediatamente enviou ao hospital o secretário da Polícia Civil Marcus Vinicius Braga. A Alerj espera que o caso seja apurado com urgência para prisão e punição dos responsáveis", informou.

O carro da deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ) foi alvo de tiros na manhã de hoje (13) e o seu motorista foi baleado na perna após intensa trocas de tiros. O crime aconteceu no bairro da Penha, na zona norte da cidade.

As primeiras informações indicam que o carro em que a deputada estava foi fechado nas proximidades da Avenida Brasil por um outro veículo em que estavam quatro homens armados com fuzis. Houve intensa troca de tiros, o motorista da deputada levou um tiro na perna e foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, mas já recebeu alta.

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A assessoria de imprensa da parlamentar informou que a deputada não foi atingida e passa bem. A deputada acompanhou o atendimento médico de seu motorista, o subtenente reformado da PM Geonísio Medeiros.

Em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, Martha Rocha, de 59 anos, foi a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Ainda não há informações se o crime teria sido um atentado ou uma tentativa de roubo de carro, uma vez que na área são constantes os roubos de veículos.

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