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Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) terminaram no menor patamar em seis anos esta segunda-feira (16), influenciados pelo sentimento de que a oferta continua maior do que a demanda no mundo inteiro.

Os preços da commodity caíram mesmo após um relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmar que a produção norte-americana deve começar a cair no final do ano. Investidores parecem se focar no fato de que a produção continua a crescer mesmo com a queda dos preços. Em meados de 2014, o petróleo negociado na Nymex estava cotado acima de US$ 107,00 por barril.

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Segundo Tariq Zahir, da Tyche Capital Advisors, o mercado espera que o Departamento dos Energia (DoE) dos EUA anuncie uma nova alta nos estoques de petróleo bruto esta semana. Isso acontece mesmo em meio à queda do número de poços e plataformas em atividade, ele nota.

Analistas também começaram a alertar para o fato de que as negociações nucleares entre os Estados Unidos e o Irã poderiam colocar de volta a produção iraniana num mercado já saturado. "O que acontece com o Irã importa porque tem um impacto direto na oferta da commodity", disse David Hufton, da corretora PVM, de Londres.

Nos próximos dias, investidores ficarão atentos à reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que pode sinalizar uma alta dos juros caso retire a expressão "paciente" do comunicado. Por ser negociado em dólares, o petróleo sofre com o fortalecimento da moeda norte-americana, que o torna mais caro para compradores usando outras divisas.

Na Nymex, o petróleo para abril fechou em queda de 2,14% (US$ 0,96), para US$ 43,88 por barril, a menor cotação desde março de 2009. Já na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o petróleo Brent para o mesmo mês recuou 2,24% (US$ 1,23), para US$ 53,44 por barril.

Os contratos futuros de petróleo fecharam no menor patamar em seis semanas esta quinta-feira (12) influenciados pela elevação dos estoques nos Estados Unidos.

Dados divulgados ontem pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE) mostraram uma elevação de 2,322 milhões de barris na semana passada, o que fez os estoques de Cushing ultrapassarem a marca dos 50 milhões de barris.

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A notícia pesou sobre os investidores, que passaram a temer que os reservatórios de Cushing atinjam capacidade máxima. "O mercado está assustado com essa perspectiva", disse Chip Hodge, diretor do John Hancokck Financial Services. "Acredito que isso continuará a ter efeito negativo sobre os preços no curto prazo."

Segundo o DoE, a capacidade total dos reservatórios de Cushing é de 70,8 milhões de barris. Alguns analistas, entretanto, afirmam que a capacidade é menor.

Nos últimos dias, investidores também têm notado o aumento da diferença entre o preço do barril negociado em Nova York e o Brent negociado em Londres. A diferença entre os dois contratos para abril foi para US$ 10,03 na sessão de hoje, a maior desde 6 de março.

Segundo a Vitol Group, a diferença se explica pela perspectiva de recuperação econômica nos Estados Unidos, em contraste com o ambiente europeu. Eles acreditam que isso deverá levar a uma melhora na demanda de curto prazo do petróleo nos EUA. No entanto, "riscos geopolíticos continuam a circundar a produção e a demanda em muitas regiões", alerta a corretora.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para abril fechou em queda de 2,32% (US$ 1,12), para US$ 47,05 por barril, o menor patamar desde 29 de janeiro. Já na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o petróleo Brent para o mesmo mês recuou 0,80% (US$ 0,46), para US$ 57,08por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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