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A prisão do principal executivo e dono da Odebrecht na sexta-feira (19) já se reflete nos negócios com os papéis da dívida externa da empresa. A média diária do volume de negócios com os bônus da Odebrecht está cinco vezes maior do que vinha registrando nos 15 dias anteriores à prisão de Marcelo Odebrecht. Além disso, os papéis chegaram a cair 9,5% nesta segunda-feira, 22, no pico de baixa do dia.

Dados repassados por operadores do mercado de renda fixa mostram que os negócios com bônus da Odebrecht somaram ontem US$ 14 milhões contra uma média de US$ 2,7 milhões que vinha sendo registrada. Isso significa que cresceu em cinco vezes as compras e vendas do papel. Já os títulos da Andrade Gutierrez ficaram praticamente estáveis ontem, depois de terem perdido 15% do valor na sexta-feira.

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Os volumes acima da média e a queda dos papéis expressam a preocupação dos investidores com os desdobramentos da prisão de Odebrecht. Os investidores temem a perda do grau de investimento, que representa uma nota de crédito de alta confiança na empresa. Mas também estão apreensivos quanto a possíveis multas a serem pagas pela companhia e à falta de acesso ao crédito e a novos contratos que podem afetar sua capacidade de pagamento da dívida externa, segundo profissionais do mercado secundário de dívida externa.

"Os investidores começam a ficar preocupados com o impacto das investigações daqui em diante na atividade da empresa no Brasil e no exterior e em sua capacidade de pagamento, por consequência", disse o vice-presidente de renda fixa da INTL FCStone, Rodrigo Steiner. Ele lembra que a companhia tem muitas operações no exterior e que os eventos aumentam o risco de comprometimento da imagem da empresa também fora do Brasil.

Álibi

O responsável por renda fixa da corretora Andbank, em Miami, Carlos Gribel, acrescentou que, embora muitos dos argumentos que pesam contra os bônus não sejam novos, a prisão do executivo elimina o álibi de que não figurava no grupo de detidos pela Lava Jato, até então utilizado pela Odebrecht para se blindar do escândalo de propina na Petrobrás.

"No final das contas, a pressão vendedora é causada pela incerteza quanto à reação das agências de rating, aos montantes de eventuais multas, ausência de funding e o efeito em seu resultado, que certamente será afetado", disse Gribel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bolsa de Tóquio atingiu o nível mais alto em quase 15 anos, com o índice Nikkei operando acima de 19 mil pontos, apesar da influência negativa do mercado de ações dos EUA ontem. O Nikkei subiu 1,4% e fechou aos 18.991,11 pontos, depois de superar 19.000 pontos várias vezes durante a sessão. Esse foi o fechamento mais alto desde 19 de abril de 2000.

Embora os ganhos tenham sido parcialmente impulsionados por operações guiadas por derivativos antes da expiração de futuros de índices amanhã, a atividade altista predominou em um ambiente pessimista entre os investidores, o que sugere operações pesadas feitas por grandes players domésticos e possivelmente a participação de fundos de hedge do exterior, segundo traders.

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"No passado, flutuações nos preços pouco antes do dia de liquidação (para os futuros trimestrais do Nikkei e as opções mensais do Nikkei) eram normais", afirmou Chris McGuire, executivo-chefe da Phalanx Capital Management, fundo de hedge com sede em Chicago. "Mas os movimentos que estamos vendo agora parecem ter influência de manipulação por apenas alguns poucos grandes investidores", acrescentou.

"Desde que o Banco do Japão (BoJ) chocou os mercados com seu segundo relaxamento quantitativo em outubro, mais pessoas estão com medo de vender ações por receio de ficar para trás ou serem pegas de surpresa", disse McGuire.

Ações de empresas bastante ligadas a operações de arbitragem de futuros lideraram o avanço do Nikkei, com a Fast Retailing subindo 1,3%, o SoftBank em alta de 1,2% e o KDDI com +1,5%. Empresas farmacêuticas também deram sequência aos ganhos recentes, beneficiadas pela busca dos investidores por ações com retorno mais alto. Eisai subiu 6,2%, Chugai Pharmaceutical avançou 4,3% e Astellas Pharma ganhou 2,3%.

Os bancos fecharam em alta diante da perspectiva de elevação da taxa de juros nos EUA. Mitsubishi UFJ Financial Group subiu 3,2% e Sumitomo Mitsui Financial Group avançou 1,4%. As companhias exportadoras com grande exposição à zona do euro, por outro lado, foram pressionadas depois de o euro atingir o nível mais baixo em 20 anos frente ao iene ontem: Mazda Motor caiu 1,5%, enquanto Sony e Ricoh subiram apenas 0,2% e 0,1%, respectivamente. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta quarta-feira, 11, pela terceira sessão seguida. A fraqueza geral dos mercados de ações forneceu apoio ao metal precioso. O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, subiu US$ 1,10 (0,1%), fechando a US$ 1.261,20 a onça-troy, o nível mais alto desde 27 de maio.

Menos de uma semana após os cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE), o ouro já subiu US$ 20 em relação às mínimas vistas no mês passado. Apesar de muitos questionarem se o BCE fez o suficiente para impulsionar a inflação, o metal ainda se beneficia dos estímulos.

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Segundo o analista Peter Hug, da Kitco Metals, se o ouro superar o nível de US$ 1.277 a onça-troy, os volumes de negociação devem aumentar e o rali do metal deve ganhar força.

A muito esperada oferta pública de ações (IPO – Initial Public Offering) do Facebook deve acontecer na terceira semana de maio, de acordo com informações do site americano All Things Digital.

Como aponta o site, que faz parte do Wall Street Journal, para isso acontecer a maior rede social do mundo precisaria dar entrada nos documentos para a oferta até o final do próximo mês. A razão para isso é que a revisão feita pela Comissão de Comércio e Segurança dos EUA demora entre três e quatro meses. Além disso, possíveis questões sobre um assunto tão grande podem atrasar o processo, como aconteceu com o site de compras coletivas Groupon, que entrou com o pedido em junho de 2011, mas só se tornou empresa pública em novembro.

Apesar de ter falado com 143 pessoas para descobrir a data no final de maio para o IPO do Facebook, a jornalista Kara Swisher, do All Things, admite que esse prazo pode ser adiado um pouco.

Espera-se que a oferta pública do Facebook seja uma das maiores entre empresas da web, com as estimativas apontando para uma captação de 10 bilhões de dólares a partir de uma valorização de cerca de 100 bilhões de dólares.

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