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SERGIPE - As chuvas atingem o estado de Sergipe desde o último domingo (21). A previsão é que os índices pluviométricos se intensifiquem nesta quarta e quinta-feira, dias 24 e 25. Segundo o meteorologista Overland Amaral, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), há chuvas previstas para acontecerem até o dia 10 de maio.

Para esta quarta e quinta-feira é esperado, em Aracaju, o dobro de precipitação das últimas 24 horas, com índice de chuvas que poderá ser de 120 milímetros. Segundo Amaral, essas chuvas estão sendo motivadas por um sistema de escoamento de Frente Fria vinda do Sul e Sudeste, ladeado com a Costa Leste do Estado da Bahia, chegando até o estado de Sergipe.

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Ainda de acordo com Amaral, a quantidade de chuvas que caíram recentemente é insuficiente para repor o déficit hídrico do estado, que passa pelo pior período de seca em 50 anos. Os meses de maio a junho são os que mais chovem em Sergipe, mas diante da irregularidade climatológica desse ano, o índice de chuvas será abaixo da média esperada.

“Para regularizar o déficit hídrico no estado seria necessário um acumulado de chuva de 1500 milímetros. Como não chove no período esperado, a preocupação com a seca continua”, alertou o meteorologista.

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Estimativa de chuva e situação das regiões de Pernambuco e do Nordeste foram alguns dos assuntos discutidos entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e meteorologistas e demais profissionais da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac). No encontro, realizado na sede provisória do governo estadual, no Centro de Convenções, em Olinda, nesta quinta-feira (21), foi apresentado também algumas ações emergências para combater a seca do Estado.

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De acordo o com o governador, a reunião faz parte do processo de avaliação que acontece todos os meses em diferentes regiões do Nordeste para debater a meteorologia regional. “Tivemos nesses últimos quatro meses um regime abaixo da média, mas está previsto mudanças no oceano que o deixa mais quente e nos faz imaginar que tenhamos um inverno melhor do que o ano passado” prevê. 

O presidente da Apac, Marcos Asfora, explicou a situação das regiões do Estado e disse a estimativa de porcentagem dos reservatórios. “O período chuvoso estar encerrando agora em abril. E hoje há uma média de 15% a 20% de acumulação dois reservatórios”, disse.

Também presente na reunião, o secretário de Agricultura do Estado, Ranílson Ramos, foi questionado porque não havia mais reservatórios já que a seca é um problema enfrentado há anos. “A maior estratégia está sendo feita em cima da Adutora e não de quantidade de reservatórios porque não temos questões climáticas para isso”, frisou.

Em virtude dos questionamentos da imprensa devido à situação da seca, o governador explicou que apesar das informações discutidas nesta quinta-feira (21), existe um projeto específico para auxiliar a população que se prejudica com a estiagem. “Há um planejamento estratégico para recursos hídricos. Nos últimos seis anos investimos quatro vezes mais que antes. Até 2014, todas as casas do Semiárido e do Agreste terão cisternas”, prometeu.

Sobre a afirmação de Eduardo, Ranílson Ramos informou que serão entregues até 2014, 160 mil cisternas. Desse total, 90 já foram construídas, segundo ele, e outras deverão ser feitas. As restantes deverão ter um custo de R$ 150 Milhões. Além desse equipamento, o Estado edificará 15 mil ‘cisternões’ que serão distribuídos nas regiões mais atingidas.

Ações emergências- Eduardo Campos disse que há algumas carteiras com o Governo Federal. Uma é o Canal de Entremontes e outra é a Adutora do Pajeú. Além dessas obras, o governador disse que há a Adutora do Agreste e está sendo discutida a construção de poços - que reduz o tempo de entrega de água, barragens subterrâneas e junção de tecnologias que possam auxiliar no processo de distribuição de água. 

O governador também falou que devido à seca no Estado, os gastos aumentaram. “No mês de março gastamos R$ 16 milhões a mais com rações para as associações rurais, com distribuição de água e demais ações emergenciais. No Agreste, região mais atingida, há 28% da população do Estado, enquanto no Sertão há apenas 14%”, disse Campos. 

Campanha educacional: O administrador estadual anunciou que investirá também em orientações para evitar gastos. Ele disse que a partir desta sexta-feira (22) será divulgada uma campanha educacional com foco no uso racional da água. 

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