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O Expressionismo Alemãofoi um movimento cinematográfico da década de 1920, pós-Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e representou com fantaisa as angústias, medos e sonhos que cercavam o homem pós-guerra. Influenciado por artistas plásticos como Vicent Van Gogh (1853-1890) e Edvard Munch (1863-1944), os títulos são considerados clássicos do terror. "A concepção única e revolucionária, com seus cenários e ângulos de câmara distorcidos e efeitos de luz e sombra, criaram um clima psicológico para esses filmes. Com pouco orçamento, os realizadores abusaram da imaginação", comenta o cineasta Rubens Mello.

1. "O Gabinete do Doutor Caligari" (1919) 

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Com direção de Robert Wiene (1873-1938), o filme expõe um misterioso hipnotizador que chega a um pequeno vilarejo acompanhado do sonâmbulo Cesare, que, supostamente, estaria adormecido por 23 anos. À noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões de seu mestre, Doutor Caligari. 

2. "Nosferatu" (1922) 

O filme é uma adaptação não autorizada do clássico "Drácula", de Bram Stoker (1847-1912), A viúva do escritor tentou em vão proibir a exibição do filme na Inglaterra. Na história, um agente imobiliário viaja até o castelo do Mar Báltico, cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock, um vampiro milenar que espalha terror pela Alemanha.

3. "O Homem Que Ri" (1928) 

O longa-metragem é adaptação da obra homônima de Victor Hugo (1802-1885", e "carrega as características expressionistas como o cuidado estético, tanto em cenários quanto na fotografia", segundo o cineasta Mello. O filme aborda um herdeiro que é sequestrado quando criança e, por ordem do rei, tem um sorriso macabro esculpido em seu rosto, fazendo com que, quando cresça, se torne atração de circo. 

4. "Metropolis" (1927) 

"Primeiro grande filme de ficção científica do cinema e marco do expressionismo alemão, impressiona pelo clima sombrio e visual futurista", conta Mello. O filme se passa na cidade de Metrópolis, dividida pelos operários, que vivem na miséria e são explorados por máquinas, com os políticos, que desfrutam de um jardim idílico. Uma história de amor surge entre os dois extremos da cidade.

5. "Sombras" (1923)

Durante um jantar, uma sombra dá aos convidados uma visão do que o anfitrião pode fazer se os homens presentes não pararem de olhar sua bela esposa.

O VI Janela Internacional de Cinema do Recife encerra a programação neste domingo (20). O festival, nesta edição, inaugurou a mostra competitiva de longas-metragens, entre nove títulos nacionais e estrangeiros. Neste último fim de semana, traz a trilha sonora como seu personagem principal. A programação acontece no cinema São Luiz e no cinema da Fundação.

O filme Amor, Plástico e Barulho, embalado pela estética periférica do universo da música brega, traz como um dos fortes elementos narrativos a trilha sonora para contar a história de duas cantoras (rivais) na disputa pelo sucesso. O primeira longa de ficção de Renata Pinheiro tem sua primeira exibição na capital pernambucana Recife nesta sexta (18) e concorre na mostra competitiva do festival.

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A música também é a grande atração do encerramento da mostra, no domingo, com a exibição de trilha ao vivo na sessão do clássico Metrópolis (1927), de Fritz Lang. O longa será acompanhado pelo trio argentino Mudos por el Celulóide. Liderado pelo pianista Marcelo Katz, o grupo tem uma ampla experiência em apresentações musicais simultâneas à exibição de filmes mudos. O violinista Demian Luaces e a multi-instrumentista Eliana Liuni completam a formação.  

Além da cópia restaurada de Metrópolis, o público terá a oportunidade de se despedir do Janela vendo em tela grande outros renomados filmes como O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski, e Um tiro na noite, Brian de Palma, A Mosca, de David Cronenberg e SE…,  de Lindsay Anderson. Há ainda nas reprises a última chance de conferir A Lira do delírio, de Walter Lima Jr e a versão 3D de O último imperador, de Bernardo Bertolucci.

As sessões especiais trazem os filmes Uma passagem para Mário (Eric Laurence), e O Homem das Multidões (Marcelo Gomes e Cao Guimarães) com suas primeiras exibições. Também chegam em sessões especiais os curtas pernambucanos Pausas Silenciosas, de Mariana Lacerda e Sob a Pele, de Pedro Sotero e Daniel Bandeira, e, como destaque, os programas do festival convidado, IndieLisboa.

Confira a progração completa aqui.

Serviço 

VI Janela de Internacional de Cinema do Recife

Até domingo (20)

Cinema São Luiz (Rua da Aurora - Boa Vista) e Cinema da Fundação (Rua Henrique Dias, 609 - Derby)

Longas R$ 4 e R$ 2 (meia) | Curtas R$ 1

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