A fabricante do caderno retangular preto com bordas arredondadas mais conhecido do mundo estreou no mercado financeiro nesta quarta-feira. Em Milão, as ações da editora italiana Moleskine começaram a ser negociadas e o resultado do primeiro dia precisa ser escrito com caneta vermelha: os papéis caíram 0,87% e fecharam a 2,28 euros - dois centavos abaixo do preço de estreia. Foi a primeira oferta inicial de ações na Bolsa italiana em quase um ano.
Herdeira dos cadernos usados por grandes artistas, como os pintores Vicent van Gogh e Pablo Picasso e escritores como Ernest Hemingway, a editora italiana vai ao mercado acionário com o desafio de manter a característica que alça o caderno a quase um produto de luxo, sem perder o objetivo de ampliar consumidores.
##RECOMENDA##O presidente executivo da Moleskine, Arrigo Berni, disse à imprensa italiana que a principal vantagem da empresa é que a editora tem desempenho financeiro melhor do que outras companhias do segmento de luxo. Ao mesmo tempo, como o caderno custa em média pouco mais de 10 euros na Europa, é um produto que tem enorme potencial de aumento das vendas.
Entre os mercados a explorar, Berni citou a Ásia, em especial a China, como principal aposta para os próximos anos. O executivo também comentou que a América Latina é o outro mercado a ser explorado pela editora.
Nos países em que a presença está consolidada, como nos Estados Unidos, Arrigo Berni acredita ser possível expandir a rede de vendedores e ampliar o alcance com o lançamento de novas linhas. Tanto que já é possível comprar o caderninho preto com a imagem do Mickey Mouse ou do Star Wars na capa.