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Investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal, as empresas Alumni Engenharia, GDK, Promon Engenharia, Andrade Gutierrez, Fidens Engenharia, Sanko Sider, Odebrecht, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Ambiental e SOG Óleo e Gás são alvo agora de processo administrativo de responsabilização, aberto nesta quarta-feira (11) pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Caso a CGU confirme que as dez empresas tiveram participação em esquemas de corrupção em contratos com a Petrobras, elas poderão ficar impedidas de celebrar novos contratos com o poder público, estarão sujeitas a aplicação de multas e outras penalidades na esfera administrativa. De acordo com a CGU, há possibilidade de novos processos serem abertos contra outras empresas investigadas na Lava Jato.

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Em dezembro, a CGU já havia instaurado processos semelhantes contra oito empresas envolvidas no esquema de corrupção em contratos com a Petrobras investigado pela Operação Lava Jato: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran. Além disso, os executivos dessas empresas, alguns presos preventivamente na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, são réus em ações penais que tramitam na Justiça Federal no Paraná.

Sob novo comando, a Odebrecht Óleo e Gás se prepara para um novo ciclo de investimentos com foco na internacionalização dos seus negócios, sem perder de vista as oportunidades crescentes no País. Até 2017, a empresa espera se consolidar na América Latina e em Angola, mas também está atenta às novas embarcações e plataformas que a Petrobras precisará para executar seu plano de negócios com a produção dos volumes excedentes da cessão onerosa.

"Pretendemos ter uma participação ativa desse plano de investimentos da Petrobras, obviamente, dentro dos limites macroeconômicos da nossa empresa", afirmou Roberto Simões, o novo executivo da companhia. Os limites não são baixos. A previsão de faturamento, para este ano, é de R$ 3,5 bilhões - quase 60% superior ao resultado de 2013. "Nós acreditamos nesse mercado e estamos nos posicionando para aproveitar as oportunidades que estão no caminho."

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A parceria com a Petrobras marcou o primeiro ciclo de investimentos da Odebrecht OG, com volume de US$ 5,5 bilhões até 2015. Nos últimos três anos, sete plataformas de perfuração offshore entraram em operação para a estatal. A Petrobras também tem contrato de afretamento de uma FPSO com a companhia. Outras cinco sondas, em construção pela Sete Brasil, estão previstas até 2016 e novos contratos estão em negociação.

"Já estamos participando de algumas concorrências para outros navios FPSO, de produção, para a Petrobras, em Tartaruga Verde e Mestiça, e Libra. E estamos de olho em outras oportunidades de outros navios de produção também para a Petrobras", afirmou Simões. A referência é para as demandas de até 10 novas plataformas FPSO e embarcações de apoio necessárias para o desenvolvimento da produção nas quatro áreas (Florim, Nordeste de Tupi, Búzios e Entorno de Iara) em que a Petrobras foi contratada sem licitação, em junho.

"Os números no Brasil são impressionantes, até maiores do que lá fora. Mas o que estamos buscando é diversificar os negócios é importante não ser uma companhia de um único cliente", destacou. Para isso, o foco será a internacionalização dos negócios. Entre os países alvo estão Argentina, Venezuela, México e Angola, considerados "com cenários mais aderentes com as nossas forças". "Estamos começando do zero. Teremos um tempo de maturação maior para esses projetos, entre três e cinco anos."

Os números para o próximo ciclo de investimentos ainda não foram apreciados pelo conselho, mas o novo presidente descartou a possibilidade de uma abertura de capital "no curto prazo". "Temos analisado todos os projetos novos, avaliando a concorrência e a capacidade econômica. São projetos grandes, de US$ 1,5 bi cada. Vamos caminhar dentro daquilo que a companhia tenha condição ou que possa buscar no mercado", disse Simões. "Está tudo equacionado."

A Odebrecht Óleo e Gás foi formada em 2006 como parte da diversificação de negócios e hoje responde por 2,2% das receitas do grupo. Simões substitui Roberto Ramos, que passa a ocupar o cargo de "sênior advisor" do conselho da companhia. O novo executivo atuava como vice-presidente desde 2012, e já tinha experiências em outras empresas do grupo, como a petroquímica Braskem.

Além da área de construção e afretamento de plataformas, a companhia atua nos segmentos de serviços, manutenção e construção submarina. Para manter as apostas de crescimento, o desafio é atender às exigências de conteúdo local. "Temos superado uma série de obstáculos e com grandes avanços na produção de vários itens no País, mas ainda tem um longo caminho para dizer que estamos estabilizados. Não é uma corrida de cem metros, é uma maratona", conclui.

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