Tópicos | Operação Caça-Níquel

Policiais militares alvos da Operação Caça-Níquel apreendiam máquinas de jogos de azar para abrirem seus próprios estabelecimentos clandestinos, informou a Polícia Civil durante coletiva realizada nesta quarta-feira (30).  Durante a operação, deflagrada na terça-feira (29), foram cumpridos 10 mandados de prisão contra PMs– outros dois estão foragidos.

Ao todo, foram apreendidas 66 máquinas de caça-níquel em 10 estabelecimentos clandestinos e um galpão administrado por soldados. Os detidos vão responder por associação criminosa, extorsão, concussão, corrupção passiva e ativa e exploração de jogos de azar.

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A organização criminosa era responsável por extorquir dinheiro de proprietários de casas clandestinas em troca de não apreenderem as máquinas ou fecharem os estabelecimentos. Aqueles donos que se recusavam a pagar a propina tinham os equipamentos roubados.

O soldado Jamerson José dos Santos, líder da organização, apreendia as máquinas dos concorrentes e as utilizava para abrir seu próprio comércio. Segundo o delegado Derivaldo Falcão, responsável pelas investigações, Jamerson faturava cerca de R$ 1 mil por dia em cada casa que comandava. “Ele ainda recebia em torno de R$ 200 por semana de cada proprietário das casas de jogos. Tinha gente que fazia o pagamento da propina já há nove anos”, detalha o delegado.  

Além de Jamerson, foram detidos: cabo Luciano Teófilo da Silva (12º batalhão), soldado Antônio Carlos Santos Silva Júnior (1º batalhão), cabo Misael das Neves (12º batalhão), cabo João Eudes de Freitas (Radiopatrulha), soldado Ednaldo Fernando da Silveira Rocha Junior (Diretoria de Saúde), cabo Miguel Pereira Barros Neto (19º batalhão), soldado Lino Ricardo Pereira Camelo (19º batalhão), soldado Higo Eduardo Cunha Correira (19º batalhão). Um mandado de prisão foi cumprido contra o soldado Luiz Fernando Cassiano dos Santos, do 6º Batalhão, que já está preso pelo crime de homicídio.

A única pessoa não policial presa na operação foi Katia Cristina Morais da Silva, responsável por apontar à quadrilha quais estabelecimentos extorquir. Outras duas pessoas que não são policiais estão foragidas.

A Operação Caça-Níqel ocorreu no Recife nos bairros do Ibura, Jordão, Ipsep, Pina e Afogados, além dos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Olinda, na Região Metropolitana (RMR). Os PMs detidos foram encaminhados ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed).

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Policiais militares são alvos de uma operação policial deflagrada nesta terça-feira (29). Eles são suspeitos de exigirem dinheiro para permitir o funcionamento de casas de jogos de azar. De acordo com a Polícia Civil, caso o proprietário do estabelecimento recusasse pagar a propina, ele virava alvo de violência e tinha suas máquinas subtraídas pelos integrantes da organização.

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A Operação Caça-Níquel cumpre 15 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão em toda Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início em maio deste ano.

Durante a operação, participam 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, 80 policiais militares, entre oficiais e praças, três bombeiros militares e dois peritos criminais. A operação é coordenada pelo delegado Manuel Martins, titular da 3ª Delegacia Seccional, e Derivaldo Falcão, titular da Delegacia do Ibura. Os detalhes da Operação Caça-Níquel serão apresentados na próxima quarta-feira (30). 

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