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Quando se pensa em um intercâmbio para o exterior, logo nos vêm à cabeça as tradicionais viagens aos Estados Unidos, ou ao Canadá, a países da Europa. Através de agências de viagens que enchem colégios com propagandas e oportunidades, esses intercâmbios oferecem os serviços mais comuns de mobilidade estudantil. Na contramão do conforto e da comodidade, instituições alternativas e agências tradicionais buscam percursos para os estudantes conhecerem uma nova realidade. 

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No mercado há mais de 60 anos, a Aiesec é um exemplo de como boas ideias de estudantes podem criar oportunidades diferentes. Com o objetivo de promover o desenvolvimento dos estudantes a partir da troca de experiências e do choque cultural entre países, a instituição, que é formada por jovens com até 30 anos, oferece intercâmbios para 120 países. “Todos chegam aqui pela curiosidade. Veem que têm a possibilidade de fazer um intercâmbio fora do convencional, de ser levado a culturas que você não tem tanto acesso com facilidade. Eles vêm buscando isso: "quero conhecer algo diferente”, explica Tennily Pessoa, 20 anos, diretora de intercâmbios da Aiesec Recife. Na capital pernambucana há 11 anos, mais de 800 intercambistas, entre estrangeiros e nativos, participaram do programa de mobilidade estudantil. 

Tennily Pessoa ajuda os estudantes na escolha pelo país

Foi através da Aiesec que Mariana Rangel, de 20 anos, conheceu um país que nunca imaginaria estar: a Bulgária, um dos países mais pobres da Europa. Mariana passou seis semanas em Sófia, capital do País, trabalhando com crianças. “Foi a melhor experiência da minha vida. Nessa viagem eu conheci não só a cultura búlgara, mas a do mundo todo, porque lá a gente convivia com muita gente”, conta a estudante, que ficou em uma casa com vários intercambistas de vários países. “Independentemente da língua, quando há um bem em comum, é muito fácil se sentir acolhido. Não tive problemas”, diz. 

A diretora de intercâmbios da Aiesec, Tennily, só entrou na empresa após seu primeiro intercâmbio, para a Sérvia. Na época com 18 anos, Tennily passou três meses em Belgrado, trabalhando com crianças ciganas dentro de um contexto de tráfico de pessoas. “Nós trabalhávamos com crianças que vinham de contextos de muita pobreza, e com muito cuidado para abordar temas tão complicados como o tráfico”, conta. Apesar de estar em um dos países turísticos mais procurados da Europa, a realidade que Tennily conheceu não tinha nenhum luxo. “A gente tem uma visão muito estigmatizada da Europa, de que lá não tem pobreza, não tem miséria. Conhecer essas realidades nos faz valorizar mais o país natal”, explica a diretora. 

NEGÓCIO DA CHINA

Há seis anos, o Santander Universidades promove um intercâmbio para o outro lado do mundo, literalmente. O programa Top China tem ligação com 24 universidades brasileiras e oferece 102 bolsas de estudo, para alunos de graduação e professores, em duas grandes instituições de ensino do país asiático: a Peking University e a Shanghai Jiao Tong. 

O programa tem como objetivo promover o contato entre a cultura brasileira e a chinesa, ambas com importância fundamental na economia contemporânea. Com viagem programada para agosto deste ano, os selecionados irão passar três semanas em uma das faculdades aprendendo sobre a cultura da China. As aulas são em inglês e as inscrições para o programa vão até o dia 25 de maio, pela internet.

TROCA DE EXPERIÊNCIAS

A Aiesec Recife vai promover, na próxima terça-feira (29), às 14h, no auditório do terceiro andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o evento “Cinco por Cinquenta”, onde cinco intercambistas recifenses irão contar como foi a experiência de conhecer países como Lituânia, Camboja e Marrocos. A entrada é gratuita.

 

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