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Durante a festa de formatura, realizada no Distrito Federal, uma aluna da CED 15, localizada no bairro de Ceilândia, denunciou um professor e acusou o diretor da unidade de "passar pano" para o docente. O discurso da estudante foi filmado e viralizou nas redes sociais.

Nas imagens, é possível perceber, em um primeiro momento, que a jovem se recusa a tirar foto ao lado do gestor logo após receber o diploma. "Era para ser só uma formatura, mas começaram a ‘babar ov*’ do diretor e eu não aguentei. Primeiro, me recusei a tirar foto com ele. E resolvi falar, para todo mundo saber, o que esse ‘ótimo diretor faz'", legendou o vídeo a aluna.

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Na ocasião, a estudante pegou o microfone e iniciou o discurso dizendo que discordava "do que acabou de ser dito" [sobre o diretor]. Ela chegou a ser interrompida, no entanto, não desistiu de falar. "Desligaram meu microfone, mas eu vou falar. Falaram um monte de coisa do Anderson, que é bom diretor. Mas ele passa pano para os assediadores na escola”, gritou. Neste momento, outros estudantes aplaudem. Veja o vídeo:

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Outras vítimas e posicionamento da escola

Com a repercussão do vídeo nas redes sociais, mulheres começaram a relatar casos de assédio sofridos na mesma instituição de ensino. Por meio de nota, o colégio afirmou que uma aluna denunciou à coordenação ações de um profissional no dia 10 de dezembro.

Na ocasião, a jovem relatou que este profissional “vem tendo comportamento estranho comigo e sempre falando coisas em duplo sentido, exemplo, em uma conversa sobre cavalos ele falou que amava éguas porque era um 'cavalo'". No comunicado também é apontado que um grupo de alunos procurou a gestão e questionaram sobre quais medidas seriam adotadas".

Questionaram se daria alguma coisa, no sentido de exoneração ou devolução do profissional. Declarei que era tão simples assim (...) No mesmo dia, ouvimos o profissional acusado, que negou o assédio, mas confirmou o comportamento inadequado".

Em outro trecho, o diretor aponta que todas as denúncias foram apuradas e concluídas com punições. E finaliza: "Levamos a sério denúncias sobre assédio, entendendo a necessidade de apuração completa, participação da família e respeitar o rito legal e os envolvidos". Confira a nota na íntegra:

Em 10 de dezembro uma aluna realizou uma denúncia junto à Coordenação relatando as ações de um profissional, “vem tendo comportamento estranho comigo e sempre falando coisas em duplo sentido, exemplo, em uma conversa sobre cavalos ele falou que amava éguas porque era um “cavalo”. Após deixar o relato da denúncia a aluna foi embora.

Um grupo de alunos procurou-me para relatar também o ocorrido e ao serem questionados sobre onde estava a aluna, informaram que a mesma voltaria à tarde com a mãe. Questionaram se daria em alguma coisa, no sentido de exoneração ou devolução do profissional. Declarei que não era tão simples assim, que já devolvemos professores nessa situação, mas com mais dados ou ocorrências, mas que encaminharíamos a situação após ouvir a família da aluna e o profissional, conforme registrado no livro de ocorrências da escola.

No mesmo dia ouvimos o profissional acusado que negou o assédio, mas confirmou o comportamento inadequado. Foi advertido e comprometeu-se a prestar esclarecimentos à família, ciente de que isso não impediria providências serem tomadas como ouvidoria, sindicância, processo administrativo e afins, caso fosse interesse da família.

Surpreendemos-nos ao receber uma ligação de alguém se identificando como mãe da aluna reclamando da postura do diretor em dizer que só faria algo se acontecesse novamente. Mesmo falando que não procedia esta fala e solicitando que a família comparecesse à escola para dar continuidade, a família declarou que iria direto à delegacia, pois acreditava mais no que a amiga da aluna teria dito.

Declarei que em seu lugar faria o mesmo, mas iria à escola primeiro. Ainda aguardamos a família ou autoridades nos procurarem para seguirmos com o andamento dos procedimentos legais, o que não aconteceu até o momento. Infelizmente na maioria dos vídeos relacionados a que tivemos acesso várias histórias se misturam como se todas denúncias fossem descartadas, sendo que todas foram apuradas, concluídas com punições ou não se sustentaram.

Por fim, nunca impedimos ou coagimos família de realizar qualquer tipo de denúncia, nos colocando à disposição para auxiliar na apuração e procedimentos legais que o caso requer. Levamos a sério denúncias sobre assédio, entendendo a necessidade de apuração completa, participação da família e respeitar o rito legal e os envolvidos.

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