Tópicos | Penso Ver o Que Escuto

Após a curta temporada carioca, iniciada nesta quinta-feira (1°) e que seguirá com 16 apresentações até o próximo dia 19, a peça Penso Ver o Que Escuto, da Cia. Bufomecânica, com direção de Cláudio Baltar e Fábio Ferreira e dramaturgia de Oscar Saraiva, fará, em abril de 2012, a abertura do World Shakespeare Festival, em Londres.

O espetáculo será o representante do Brasil em um evento que fará parte da programação cultural dos Jogos Olímpicos do próximo ano, na capital britânica. Para as apresentações na capital fluminense, foi montada, nos jardins internos do Arquivo Nacional, uma estrutura cênica de 1.200 metros quadrados, com palco de 15 metros de comprimento. A peça reúne um elenco de 11 atores e conta ainda com figurinos da consagrada carnavalesca Rosa Magalhães, cenários de Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque, iluminação de Renato Machado e direção musical de Fabiano Krieger.

O convite da Royal Shakespeare Company para que a montagem brasileira fizesse a abertura do World Shakespeare Festival tem origem em espetáculo anterior da Cia. Bufomecânica, Mistério Bufo, de Vladimir Maiakowski, encenado em 2009, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília e, no ano seguinte, no Oi Futuro do Rio de Janeiro. Débora Shaw, diretora da renomada companhia inglesa, assistiu à montagem e achou que o grupo representaria bem o teatro contemporâneo brasileiro.

“Acho que eles se cansaram de ver os ingleses fazendo aquelas montagens clássicas, sempre do mesmo jeito, e resolveram abrir para outras concepções de Shakespeare”, avalia Baltar, um dos diretores da peça. Além do Brasil, outros países mostrarão suas visões da obra do dramaturgo, no festival londrino.

Até o dia 19, as apresentações serão às quintas, sextas, sábados e segundas, às 20h, e aos domingos, às 19h. As senhas de acesso ao espetáculo serão distribuídas duas horas antes do início da peça. O Arquivo Nacional fica na Praça da República, centro do Rio de Janeiro.

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Os patrocínios da prefeitura do Rio, do Centro Cultural Oi Futuro e da Royal Shakespeare Company, de Londres, além do apoio do Arquivo, tornaram possível a temporada com ingressos gratuitos e a bem cuidada produção.

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