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O impacto da aparição das manchas de petróleo cru no litoral pernambucano atinge diversas pessoas que dependem do mar para viver. Seja através da pescaria, ou do turismo. Mas além desses, outro grupo sofre com as consequências da tragédia ambiental. A comunidade do surfe teme o fim de toda história da modalidade no estado.

O surfe, para muito deles, é um modo de vida. Se comprometer em surfar é se comprometer em preservar. Regis Galvão, surfista há 42 anos, conversou na manhã desta segunda-feira (21) com o LeiaJá. O experiente atleta, que também faz parte da equipe de comunicação do ‘Surfe Nordeste’, demonstrou grande preocupação com o ocorrido.

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"Iniciei no surfe em 1967 pelas mãos do meu pai que foi o primeiro cara a produzir uma prancha em Pernambuco. Não há condição de surfe, os surfistas estão fazendo a coleta. Recebemos uma doação e estamos comprando água e quentinha. A doação é do Salve Maracaípe”, disse.

Regis e mais um grupo de surfistas estão atuando nas regiões afetadas. Ele lembrou que denunciou o aparecimento de manchas há mais de 60 dias, mas que ninguém agiu para conter o avanço.

“Estamos nessa guerra, é assustador o que está acontecendo. O surfe está praticamente todo de luto. Já estamos vivendo isso há 60 dias, no Paiva fomos os primeiros a registar um vídeo que viralizou e as pessoas ficaram dizendo que foi navio. Subestimaram a situação que estava acontecendo”, pontuou.

“Essa madrugada chegou para esses lados aqui do Paiva. Daqui da Enseada vamos descer para Itapuama para apoiar o pessoal e depois vamos para o Paiva no 'condomínio proibido' que a gente surfa no dia a dia. Dizem que já está chegando lá”, lamentou.

O experiente surfista relatou emocionado, que em mais de 40 anos de surfe teme que tudo se acabe. “Nunca vi isso acontecer. É um crime ambiental. O maior temor é o fim do surfe, da gente que vive do mar. O fim. Filme de terror”, cravou.

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