Tópicos | Petrucio Ferreira

O paraibano Petrúcio Ferreira é o bicampeão paralímpico na prova dos 100 metros raso da classe T47 (deficiência nos membros superiores). O primeiro ouro do brasileiro foi conquistado na Rio 2016. Além disso, Petrúcio, de 26 anos, bateu o recorde paralímpico na manhã desta sexta-feira (27), ao completar a prova em 10s53, no Estádio Olímpico de Tóquio, na capital japonesa.

O pódio teve ainda o carioca Washington Júnior, de 24 anos, que conquistou a medalha de bronze, com o tempo de 10s68. A prata ficou com o polonês Michal Darua (10s61). O paulista Lucas de Sousa Lima também competiu nos 100m raso da classe T47, terminando em sexto lugar, com o tempo de 11s14.

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Petrúcio coleciona quatro medalhas em paralimpíadas. Além dos dois ouros, o paraibano conquistou duas pratas na Rio 2016: nos 400 metros raso (T47) e no revezamento 4x100m (T42-47).

Outros resultados

O paulista Christian Gabriel da Costa e o fluminense Ricardo Gomes Mendonça disputaram a prova de 100 m raso da classe T37 (atletas com paralisia cerebral andantes). Mendonça foi o brasileiro mais bem colocado, tendo encerrado sua participação em quinto lugar, com o tempo de 11s52. Já Costa terminou na sétima posição, com 11s55.

O domingo para o atletismo brasileiro foi recheado de medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Destaques para Petrúcio Ferreira e Edson Cavalcante. O primeiro faturou os 400 metros, prova que não é sua especialidade. Recordista mundial nos 100m e nos 200m da classe T47, ele demonstrou também que pode ser competitivo em distâncias mais longas.

O outro bateu o recorde parapan-americano da prova na classe T38 que era dele, conquistado em Guadalajara-2011 (11s47). Neste domingo ele fez o percurso em 11s45, superando o colombiano Dixon Hooker (11s63) e o mexicano José Chessani (11s77).

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Petrúcio terminou em primeiro lugar, com o tempo de 49s25. O também brasileiro Thomaz Ruan inicialmente garantiu a prata (50s12), mas depois foi desclassificado por invasão de pista. "Foi uma estreia boa. Queria medalhar. Estou treinando como meta para estar bem também em 2020. Fico sempre feliz porque uma medalha como essa tem muita gente por trás que me ajudou", declarou Petrúcio.

Emocionado, ele dedicou ao primo que morreu em abril de leucemia. "Era como um irmão para mim. Crescemos juntos. Ele tinha 26, muito novo ainda. Sempre que ia lá para o interior nas férias ele já ia me esperar. Sei que ele deve estar olhando por mim de algum lugar e essa medalha eu dedico a ele. E ao meu sobrinho que nasceu", disse

Petrúcio competirá ainda em duas provas. Na terça-feira disputará as eliminatórias dos 100m livre e do revezamento 4x100m livre. As finais acontecerão na quarta-feira. Os 200m livre, outra especialidade de Petrúcio não está na lista de eventos do Parapan de Lima. Natural da Paraíba, Petrúcio perdeu parte do braço esquerdo e uma máquina de moer capim quando tinha dois anos de idade.

MAIS OUROS - Foram oito ouros conquistados neste domingo no atletismo, modalidade que rendeu ao Brasil 24 pódios no total. Vitor Antônio de Jesus também levou a melhor nos 400m livre, mas na classe T37. Alessandro da Silva foi o primeiro no lançamento do disco F11. Gabriela Mendonça ganhou no salto em distância T11/12. Sandro Varela (lançamento do dardo F55), e Caio Vinicius (arremesso de peso F12), Mauro de Sousa (arremesso de peso F63) foram os outros campeões do dia.

O paraibano Petrúcio Ferreira foi escolhido o atleta do mês de julho pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). O resultado foi anunciado nesta quarta-feira (9). O atleta de 20 anos foi o preferido de 40% do público, que pôde votar por meio do site do IPC.

O brasileiro teve 3% a mais dos votos do que o segundo colocado, o tenista sueco Stefan Olsson. O dinamarquês Daniel Wagner foi o terceiro mais votado, com 19%. A tenista holandesa Diede de Groot e a corredora em cadeira de rodas Tatyana McFadden também haviam sido indicadas para a premiação.

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Petrúcio superou nomes de destaque tanto do Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres quanto do torneio de tênis em cadeira de rodas de Wimbledon, também disputado na capital britânica.

"Só tenho a agradecer, principalmente àqueles que tiraram um pouco do tempo para votar. É incrível levar o nome do Brasil ao topo em mais uma disputa e saber que estou representando bem nossa nação", afirmou Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo.

Petrúcio foi o principal nome do mundial de Londres ao conquistar duas medalhas de ouro e bater dois recordes mundiais. Em sua primeira prova, venceu os 100m T47 (amputados de braço) com o tempo de 10s53 – quatro centésimos mais rápido do que sua antiga marca.

Em seguida, retornou ao Estádio Olímpico e superou o tempo dos 200m ao vencer em 21s22. O antigo recorde mundial da distância era de 21s49 e também pertencia a ele.

Além dos dois títulos conquistados no Mundial, Petrúcio Ferreira é também o atual campeão paralímpico dos 100m T47, além de ter sido medalhista de prata nos 400m nos Jogos Rio 2016.

O Brasil ganhou três medalhas de prata no atletismo na noite deste sábado (17) nos Jogos Paralímpicos do Rio, no Engenhão. Shirlene Coelho ficou em segundo lugar no lançamento de disco F38 (paralisados cerebrais andantes), Petrucio Ferreira nos 400 metros T47 (amputados) e Felipe Gomes nos 400 metros T11 (cegos).

Em sua primeira Paralimpíada, Petrucio, que foi considerado uma das grandes revelações do Rio-2016, conquistou sua terceira medalha (também ganhou ouro nos 100 metros e prata no revezamento 4x100m). Ele alcançou a marca de 48s87 em uma prova que não era sua especialidade. O brasileiro estava em último colocado e, na reta final da corrida, acelerou e conseguiu ficar na segunda posição, atrás apenas do cubano Ernesto Blanco, com 48s79. O austríaco Gunther Matzinger foi o terceiro colocado, com 48s95.

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"Deixei todos que estavam me assistindo com friozinho no coração, mas utilizei uma técnica de acelerar quando faltassem 100 metros. Saí desta Paralimpíada com a sensação de dever cumprido, pois ganhei três medalhas. Entro na pista, não para trabalhar, mas para brincar. Quem nunca brincou de apostar corrida? Assim, eu fico descontraído e dou o meu melhor", disse o atleta de 19 anos, que só começou a treinar profissionalmente há dois anos.

Já Shirlene bateu o recorde das Américas no lançamento de disco, com 33,91 metros. Ela havia faturado a medalha de ouro no lançamento de dardo. Em entrevista para a imprensa, a atleta falou de sua versatilidade em ganhar medalhas em diferentes provas.

"Treino de segunda a sábado, de quatro a oito horas por dia. Eu alterno as provas durante a semana porque são técnicas diferentes. Mas o lançamento de dardo é a minha melhor prova", disse a atleta brasileira, que foi superada pela chinesa Na Mi, com 37,60 metros. O bronze foi a irlandesa Noelle Lenihan, com 31,71m.

Já Felipe Gomes conquistou sua quarta medalha, sendo a terceira de prata - também levou um ouro - ao marcar 50s38. O espanhol Gerard Puigdeval venceu a prova em 50s22. Ananias Shikongo, da Namíbia, levou o bronze com 50s63 e uma vantagem de 0s3 para o brasileiro Daniel Silva.

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