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O ex-deputado federal Daniel Silveira passou por audiência de custódia na noite da quinta-feira (2), quando foi mantida sua prisão. “A ata está no processo sigiloso e não será divulgada”, informou o Supremo Tribunal Federal (STF).  Ele foi preso na manhã de ontem por descumprir regras da detenção domiciliar. A prisão ocorreu na casa de Silveira, em Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro.

A ordem de prisão foi dada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após o ex-deputado danificar a tornozeleira eletrônica que é obrigado a usar, e fazer novos ataques contra o Supremo e o sistema eleitoral brasileiro, em vídeos divulgados na internet e em discurso na Câmara dos Deputados. Na decisão, Moraes declarou que as condutas de Silveira “revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”.

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Dinheiro e armas

Os agentes da Polícia Federal também cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do ex-deputado para recolher armas, munições, dinheiro em espécie, computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos ou materiais relevantes.

O passaporte do ex-parlamentar também foi apreendido e cancelado, e a justiça determinou ainda a suspensão dos seus registros de armamento e portes de arma de fogo.

Os agentes da Polícia Ferroviária Federal (PFF) de Pernambuco estão organizando um ato público para esta quinta-feira (5). A manifestação será realizada na Estação Recife, às 17h, e conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado (SINDIMETRO-PE).

De acordo com o PFF, Ronaldo Lourenço, a categoria pretende divulgar e chamar a atenção do Governo para o decreto 641, que em 1852 criou o órgão policial responsável pelo policiamento ostensivo das ferrovias federais do Brasil. “Agora falta apenas a regulamentação e transferência da classe para o Ministério da Justiça”, explicou.

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Para o agente, a medida não se dá por questões políticas e falta de interesse das autoridades responsáveis. Este ano, os policiais ferroviários foram desautorizados a usar fardamento e armas durante o trabalho. “Estamos passando por um sofrimento emocional e familiar. É muito triste ouvir meu filho perguntando se eu não sou mais policial. Eu que durante 25 anos vesti a farda e tive ela arrancada de forma brutal”, lamentou.

A manifestação também pretende repercutir os atos de vandalismo, brigas entre torcidas organizadas, assaltos e os problemas que colocam em risco a vida dos funcionários e usuários do metrô. “A população também sofre danos com tudo isso. O metrô está desprotegido e o policiamento é feito por seguranças terceirizados. Queremos resolver esse problema o mais rápido possível e evitar acidentes nas estações”, concluiu.

A Polícia Federal (PF) esclareceu, nesta quinta-feira (28), a prisão de 23 pessoas durante a Operação Platão realizada nessa quarta-feira (27), na Estação Mangueira, na Zona Oeste do Recife. De acordo com a PF, os homens presos intitulados como policiais ferroviários federais são, na verdade, assistentes e seguranças metroferroviários que atuavam com armas sem permissão.

“Não existe policial ferroviário federal no âmbito do governo federal, a polícia existe constitucionalmente e no ano passado houve a promulgação de uma lei prevendo a criação. O órgão ainda está em formação, não há uma estrutura ainda”, afirmou o chefe da delegacia regional de combate ao crime organizado, Bernardo Gonçalves, que representou o superintendente da PF. 

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A PF não sabe informar desde quando eles atuam como polícia, mas afirma que as prisões foram feitas depois de denúncias, em 2012. “No decorrer do ano, chegaram denúncias de abusos e torturas e foram instaurados três inquéritos e chegamos à conclusão que poderiam existir servidores da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) utilizando armas e se passando por policiais ferroviários federais”, explicou o chefe da delegacia de controle de armas e produtos químicos da PF, Eduardo Passos.

As armas encontradas são 60 da CBTU, outras particulares e algumas ainda não identificadas a posse. Segundo a PF, os homens que foram soltos ainda nessa quarta, após pagamento de fiança de R$ 678 e podem voltar a trabalhar no local sem a denominação de ‘policiais’ e com a autorização da polícia federal para utilizar as armas, através de um serviço de segurança privada. 

Eles foram autuados por porte ilegal e usurpação de função pública. Com eles foram apreendidos 13 coletes à prova de bala, 27 revólveres calibre 38 e 28 cartuchos de bala, uma espingarda calibre 12, nove algemas, dois veículos Kombi e duas S-10, todos adesivados. A responsabilidade da CBTU no caso vai ser investigada pela Polícia Federal. 

O boato de paralisação do Metrô do Recife (Metrorec) foi desmentido nesta quarta ferira (27) por um funcionário da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Metrorec que não quis se identificar. Vinte e três Policiais Ferroviários Federais (PFF) foram presos suspeitos de usurpação do poder público e porte ilegal de arma.

Segundo o PFF Luciano Amauri, os policiais respondem ao Ministério da Justiça e estão aguardando uma regulamentação da categoria para que possam utilizar o armamento. “Uma regulamentação que já havia sido solicitada, foi uma arbitrariedade do delegado da Polícia Federal (PF), afirma.

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De acordo com o diretor jurídico do sindicato dos metroviários, Paulo Campos, os usuários do metrô estão correndo risco. Os trabalhadores do Metrorec e a população estão sendo prejudicados por falta de segurança. A empresa que presta serviço não possui a mesma experiência que os PFF possuem, comenta Campos.

Um dos detidos, que tem 26 anos de PFF, Edmilson Tenório, foi aconselhado pelos supervisores a não falar sobre o caso. “A única coisa que posso dizer é que me sinto super constrangido em ver uma categoria que presta bons serviços no âmbito da CBTU e passar por uma situação vergonhosa como essa”,  avalia.

Até este momento nenhum dos policiais foi liberado. A PF informou que os policiais ferroviários federais seriam soltos após o pagamento de fiança.

Com informações de Íris Garbuglio

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