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Para tentar conter os ânimos do PMDB e PSB, a presidente Dilma Rousseff prepara uma pequena reforma ministerial. O "entre e sai" de ministros é uma tentativa de afagar os aliados e fortalecer a candidatura do PT para as eleições presidenciais em 2014.

A mudança na chefia de algumas pastas só deve ocorrer em fevereiro, após o feriado de Carnaval e às eleições das mesas diretoras da Câmara e do Senado. Com o fim do mandato do deputado Marco Maia (PT-RS) e do senador José Sarney (PMDB-AP), o governo acredita na eleição do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para as presidências das casas. A escolha será logo na primeira semana de fevereiro, com o retorno do recesso parlamentar.

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Se esse cenário for confirmado, Dilma deverá dar mais espaço ao PSB, que deverá ficar com a pasta de Ciência e Tecnologia, atualmente ocupada por Marco Antônio Raupp. No entanto, isso ainda não é certo, já que o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) também está sendo apontado para assumir o cargo. Ele também é cotado para o Ministério da Educação, depois de ter apoiado a candidatura de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo.

Nesse último cenário, haveria uma pequena dança das cadeiras, com a ida de Aloízo Mercadante (PT-SP), atual ministro da Educação, para as Relações Institucionais, atualmente chefiada por Ideli Salvatti (PT-SC), que seria remanejada para o Ministério do Turismo, com a saída de Gastão Vieira (PMDB-MA).

Outra mudança apontada seria no Ministério dos Transportes, com a saída de Paulo Sérgio Passos (PR-BA) e a provável entrada de Eduardo Braga (PMDB-AM). Já o PSD poderá assumir o recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa, com Paulo Simão (MG), mas outros nomes do partido também estão sendo cogitados para cadeiras na Esplanada.

O certo é que Dilma deverá esperar a acomodação dos aliados no Congresso Nacional, para então operar a reforma ministerial.

Casa Civil - A saída da ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) chegou a ser cogitada, mas parece que Dilma não está disposta a abrir mão dela por enquanto. Cotada para concorrer à sucessão no Paraná, ela deverá participar mais das viagens para inaugurações e reuniões políticas no estado.

A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma ministerial enxuta, depois da eleição que renovará o comando da Câmara e do Senado, em 1.º de fevereiro de 2013. Até agora, Dilma avalia que é mais conveniente esperar a acomodação da base aliada no Congresso, antes de promover as trocas na equipe. A estratégia foi traçada para evitar o costumeiro jogo de intrigas e pressões, além de ruídos na dobradinha entre o PT e o PMDB.

Pré-candidata a um segundo mandato, em 2014, Dilma está mais política, faz afagos nos insatisfeitos e chama a reforma de "ajuste". Na prática, porém, ela tem seguido os conselhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu na última terça-feira (6): não vai comprar brigas desnecessárias, muito menos desalojar parceiros que podem estar no palanque petista, daqui a dois anos.

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Depois de se unir a José Serra (PSDB) na eleição em São Paulo, o PSD do prefeito Gilberto Kassab ingressará na coligação governista, apoiará Dilma e ganhará um ministério. Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Simão - que comanda o PSD de Minas - é cotado para ocupar o recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa. Nas fileiras do PSD, outras opções para uma vaga na Esplanada são o líder do partido na Câmara, Guilherme Campos (SP), o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e a senadora Kátia Abreu (TO).

A opção por Simão seria uma forma de ampliar o espaço de Minas na equipe. Dilma está decidida a contemplar Kassab, que em julho chegou a intervir na seção municipal do PSD para avalizar a candidatura de Patrus Ananias (PT), derrotado depois, em Belo Horizonte, na disputa contra o prefeito Márcio Lacerda (PSB).

O xadrez da reforma, no entanto, não é tão simples como parece. O PMDB de Minas, que retirou a candidatura na capital para ser vice na chapa de Patrus, também espera uma recompensa. Atualmente, o PMDB controla cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Turismo e Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o plano de Dilma é pôr o partido do vice-presidente Michel Temer no comando de mais uma cadeira.

Se nada mudar até fevereiro, porém, o contemplado não será mineiro. O acerto é para abrigar o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) no Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje ocupado pelo técnico Marco Antônio Raupp. Chalita aderiu à campanha de Fernando Haddad (PT) no 2.º turno da eleição paulistana.

A Secretaria da Aviação Civil, hoje nas mãos de Wagner Bittencourt, também poderá ser alvo de mudanças. Senadores e deputados alegam que esse ministério tem mais ônus do que bônus, mas, de qualquer forma, a pasta é uma espécie de "plano B" para acomodar o PSD de Kassab.

O PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nega que o partido queira mais ministérios, além dos dois que já controla - Integração Nacional e Portos. "Se a gente fosse querer, íamos pedir logo uns vinte", provocou o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), que almoçou na quinta-feira com Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma ministerial para ajustar a base aliada à nova configuração política que resultará da eleição municipal e da escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro. O PMDB deverá eleger Henrique Eduardo Alves (RN) presidente da Câmara e Renan Calheiros (AL) presidente do Senado. Com isso, terá maior poder de barganha com o governo e deverá exigir mais uma pasta.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, caberá ao PSD um ministério, pois o partido apoia a presidente há quase um ano sem ter recebido nada em troca. O problema é que após a briga da senadora Kátia Abreu (TO) com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD ficou enfraquecido. A presidente vai aguardar que o partido escolha o nome do filiado que deverá fazer parte de sua equipe.

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Pelas informações de bastidores, Dilma trabalha no momento com alguns cenários que já estão perfeitamente encaixados e em outros que podem mudar, dependendo do resultado do segundo turno da eleição e do comportamento dos partidos aliados daqui para a frente.

O PSB do governador Eduardo Campos, por exemplo, é tido como uma incógnita. O partido foi o que mais cresceu e sai fortalecido das urnas. Mas Dilma não tem ainda ideia de como Campos agirá. A suspeita é de que ele mantenha um pé na canoa do governo e outro na dos aliados que tem na oposição. Se isso ocorrer, a tendência da presidente será manter o PSB à frente dos ministérios da Integração Nacional e dos Portos. Se Campos der sinal de que romperá com Aécio Neves (PSDB), é considerado natural que o partido queira mais um ministério ou uma estatal importante.

Eleição

Caso o candidato petista Fernando Haddad vença a eleição para a Prefeitura de São Paulo, é certo que o PMDB do deputado Gabriel Chalita terá espaço dentro da prefeitura, podendo indicar secretários. Mas não há certeza quanto ao aproveitamento de Chalita num ministério. Já se falou na Educação e na Ciência e Tecnologia para ele, mas Dilma já deu sinais de que não deve mudar estas pastas.

O futuro da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) depende do resultado da eleição em Curitiba (PR). Se Gustavo Fruet vencer, o casal de ministros Gleisi e Paulo Bernardo (Comunicações) sairá fortalecido. E as possibilidades de Gleisi antecipar a volta para o Senado para que possa ter mais tempo de atuar no Paraná tornam-se mais concretas. Gleisi pretende disputar o governo paranaense em 2014. Com a vitória de Fruet, que foi bancado por Gleisi e Paulo Bernardo, a presidente sabe que não terá mais condição de segurar sua ministra da Casa Civil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, nomeará dez novos ministros na reforma de gabinete esperada para a segunda-feira e indicará Koriki Jojima para o posto de ministro das Finanças, informa a emissora pública de televisão NHK.

A NHK e outros veículos de comunicação japoneses informam que entre os dez novos integrantes do gabinete estarão o ex-líder do Partido Democrata do Japão Seiji Maehara como novo ministro de política nacional e Shinji Tarutoko como novo ministro de assuntos internos.

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Na reforma ministerial, a ex-chanceler Makiko Tanaka deverá ser a nova ministra da educação, enquanto o atual chanceler Koichiro Gemba, o secretário-chefe de gabinete Osamu Fujimura, o ministro de indústria e comércio Yukio Edano e o ministro da defesa Satoshi Morimoto manterão seus cargos, prossegue a NHK. Já o ministro da economia Motohisa Furukawa deverá deixar o governo.

A mídia japonesa informa ainda que a pasta de serviços financeiros e reforma postal será desmembrada em dois ministérios. A expectativa é de que Ikko Nakatsuka seja incumbido dos serviços financeiros e Mikio Shimoji assuma a reforma postal. As informações são da Dow Jones.

Às vésperas de alterações nos ministérios que devem ser promovidas pela presidente Dilma Rousseff, o titular da Integração Nacional, Fernando Bezerra, alvo de denúncias de uso político de verbas da pasta, evitou hoje falar abertamente sobre o assunto. No entanto, mostrou confiança em sua permanência no cargo e indicou que, ao menos nos próximos dias, continuará no comando do ministério.

Bezerra deveria participar de cerimônia no início da tarde ao lado do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), para liberação de recursos ao Estado e a municípios mineiros castigados por temporais no fim de 2011 e início de 2012. No entanto, o ministro chegou à capital mineira com mais de três horas de atraso porque, segundo a assessoria do governo, teria participado de audiência com a presidente, da qual não comentou.

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Questionado se acredita que a crise envolvendo seu nome foi superada após depoimento no Congresso na semana passada e sua consequente permanência no cargo, Bezerra afirmou que "só quem pode falar disso é a presidente". No entanto, minutos antes, ao discursar para diversas autoridades presentes no evento, indicou já ter novas reuniões com Dilma agendadas. "No transcorrer da próxima semana, após audiência com a presidente da República, poderemos firmar o valor do repasse a ser feito", disse, referindo-se a verbas para restauração de estragos causados pela chuva.

Bezerra, porém, evitou falar de política e não quis fazer comentários sobre as tentativas de aproximação do PSDB a seu partido, o PSB. E, perguntado sobre a possibilidade de as denúncias de que foi alvo terem sido fogo amigo, encerrou a entrevista e deixou o local sem responder.

 

A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff fará a partir da semana que vem com a transferência de Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) para a Educação vai se resumir a cinco mudanças pontuais. A configuração política da Esplanada dos Ministérios e a chave do cofre serão mantidos tais como estão para evitar desconfianças no mercado e desequilíbrio na aliança de sustentação ao governo.

Guido Mantega, da Fazenda, fica onde está. Além da saída de Fernando Haddad da Educação, para disputar a Prefeitura de São Paulo, a presidente vai trocar o comando das Cidades, sem tirá-lo do PP, devolver o Trabalho ao PDT e substituir Iriny Lopes (Secretaria das Mulheres), que deixa a Pasta para concorrer à Prefeitura de Vitória. "Farei apenas um ajuste na equipe. Reforma só existe na cabeça da imprensa", afirmou a presidente hoje (17) a interlocutores.

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A primeira nomeação será a de Mercadante, já anunciada pelo próprio petista. Para o lugar dele, na Ciência e Tecnologia, a presidente quer um técnico. O favorito é o atual presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, sem filiação partidária. Ele já presidiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Dilma acha que o Ministério está indo bem e que Raupp é o técnico que pode dar continuidade ao trabalho de Mercadante.

No Ministério das Cidades a presidente vai fazer uma troca mais por imposição do PP, do que por vontade própria. A rejeição ao ministro Negromonte dentro do partido é tão grande, que a presidente já foi avisada de que a bancada do PP na Câmara aceita até a volta do ex-ministro Márcio Fortes, nome da preferência de Dilma.

Os deputados gostariam mesmo é de ver o colega Márcio Reinaldo (MG) no lugar do deputado Negromonte, que voltará à Câmara. Mas eles sabem que esse é um pleito mais difícil de ser atendido. Por isso, conformam-se com a escolha pessoal da presidente.

Depois da saída ruidosa do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do Trabalho, o ajuste na equipe é a oportunidade de reincorporar um indicado do partido no Ministério, desde dezembro sob o comando do interino Paulo Roberto Pinto. Dilma decidiu que o novo ministro será um pedetista. Os nomes mais cotados são os dos deputados Vieira da Cunha (RS) e Brizola Neto (RJ).

A presença do nome do vice-presidente Michel Temer na agenda oficial de Dilma hoje pela manhã deu ao PMDB a certeza de que a conversa seria simbólica. Uma deferência ao presidente licenciado do partido, para dizer que o PMDB sairá da minirreforma do mesmo tamanho que entrou. No bastidor da cúpula peemedebista, a frase que resumiu o sentimento de todos é de autoria do Barão de Itararé: "De onde menos se espera é que não sai nada mesmo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff planeja fazer no ano que vem não deverá ser "uma sangria desatada", na expressão que circula pelos gabinetes do Palácio do Planalto. Também não tem uma data certa. Em banho-maria, pode até ficar para março, de forma a coincidir com a substituição obrigatória dos que vão sair para disputar as eleições municipais.

Até a situação do ministro Fernando Haddad (Educação) é incerta. Candidato à Prefeitura de São Paulo, ouviu do PT municipal um apelo para que antecipe sua saída da Esplanada, de forma a ter mais tempo para preparar a campanha.

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Haddad conversou com a presidente Dilma sobre o pleito dos petistas. Esta, segundo o próprio ministro, pediu que ele espere um pouco. De acordo com informações do PT paulistano, ainda não dá para dizer se Haddad será liberado antes ou se terá de esperar a leva que sai.

Antes das seguidas crises que derrubaram sete ministros - seis deles por suspeitas de envolvimento em irregularidades diversas, como enriquecimento ilícito e corrupção, e Nelson Jobim, da Defesa, por criticar colegas - falava-se que a reforma ocorreria em janeiro, quando de fato a presidente teria sua própria equipe e não um misto herdado do padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas agora, no próprio núcleo que cerca a presidente há dúvidas quanto à data. O que se fala é que a chefe nem mais comenta o assunto.

O certo é que dos 38 ministros atuais, onze poderão sair. Quatro porque pretendem disputar prefeituras em outubro: Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), a de Recife; Fernando Haddad, a de São Paulo; Iriny Lopes (Mulheres), a de Vitória; e Leônidas Cristino (Portos), a de Sobral. Este último pode ainda optar por ficar no ministério.

Outros cinco deverão sair por motivos diversos, desde um possível fim do ministério a resolução de brigas internas em determinados setores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O debate sobre a reforma ministerial vai provocar reflexos na 3ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, que começa na próxima segunda-feira, em Brasília. Já se prevê que uma das principais decisões do encontro será um vigoroso recado à presidente Dilma Rousseff: a militância feminista - assim como o PT - vai deixar claro que se opõe à ideia de extinção da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

De acordo com informações que circulam nos bastidores do Planalto, a presidente cogita reduzir o número de pastas na reforma ministerial, prevista para janeiro de 2012. A Secretaria de Mulheres poderá ser absorvida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. A previsão da reação feminista se baseia nos relatórios das conferências estaduais, que chegaram nos últimos dias a Brasília. Realizadas em todo o País, entre outubro e novembro, quando os rumores sobre o possível desmonte da Pasta se intensificaram, todas elas abordaram o assunto, direta ou indiretamente. Alguns dos relatórios repudiam a fusão e exigem que a Secretaria tenha confirmado o seu status de ministério, equiparando-se às outras pastas.

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Os relatórios, aos quais a reportagem teve acesso, mostram que, em vez de extinção, a militância propõe o inverso: o fortalecimento da Secretaria. "Ao apresentarem propostas sobre o que deve ser prioritário dentro do 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, as representações estaduais destacam, invariavelmente, o fortalecimento de todos os organismos que desenvolvem políticas para as mulheres, tanto no plano federal quanto nos Estados e municípios", observa Nina Madsen, técnica da Secretaria que coordena a sistematização das propostas.

Também se menciona que a provável extinção do organismo, hoje comandado pela petista Iriny Lopes, contraria o esforço que ocorre no País para que toda prefeitura e governo estadual criem sua coordenadoria ou secretaria específica para cuidar de ações para mulheres. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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