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Impedidos de entrar no Shopping Leblon, na zona sul do Rio, com a decisão da administração de não abrir as portas neste domingo, 19, cerca de 50 manifestantes que compareceram ao "rolezinho" convocado por redes sociais transformaram a calçada do centro de compras em um baile funk com direito a churrasco.

Uma caixa de som em alto volume embalava os manifestantes, que dançam, pulam e gritam palavras de ordem contra a realização da Copa no Brasil e o governador Sérgio Cabral (PMDB).

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Alguns comem linguiças preparadas em churrasqueira improvisada no chão, em frente ao shopping. Por volta das 19 horas, um repórter da GloboNews foi cercado e hostilizado por manifestantes. Ele deixou o local foi escoltado por homens que seriam seguranças da emissora. Os manifestantes colaram cartazes na parede do shopping com frases como: "Rolé boicote Copa", "Não somos mercadoria" e "Todos somos iguais". As duas faixas da avenida Afrânio de Melo Franco no sentido Lagoa Rodrigo de Freitas estão fechadas pelos manifestantes. Dezenas de policiais militares e guardas municipais acompanham o protesto, sem interferir.

Manifestantes começam a se reunir na porta do Shopping Leblon, na zona sul do Rio. Apesar de ter conseguido liminar na justiça contra a realização do rolezinho, o Shopping, um dos mais sofisticados da cidade, fechou as portas nesse domingo, 19, "visando garantir a segurança e o bem estar de seus clientes, lojistas e colaboradores", afirma o Grupo Aliansce, responsável pela administração do centro comercial. As notas em inglês e português foram colocadas na porta do shopping.

O Shopping Rio Design Leblon, que fica quase na frente do Shopping Leblon, também fechou as portas. Clientes que passavam em frente ao shopping perguntavam aos seguranças o motivo do fechamento do centro comercial neste domingo. Alguns classificaram como "absurdo" o fechamento do centro comercial.

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No site do Shopping Leblon não havia nenhum aviso sobre o fechamento do centro comercial. A segurança foi reforçada, inclusive com profissionais à paisana. O teatro Oi Casa Grande, que fica dentro do shopping, no entanto, funcionou normalmente.

O Shopping Leblon fica em frente à Delegacia de Atendimento ao Turista (DEAT) e à Delegacia Antissequestro (DAS). A 14ª Delegacia de Polícia fica bem próxima ao local.

Apesar do anúncio do secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, de que a polícia militar não reforçaria a segurança no local, policiais militares se posicionaram na frente dos shoppings. A guarda-municipal também reforçou o efetivo.

Além do Shopping Leblon, que já havia avisado no sábado que não funcionaria neste domingo, 19, o Rio Design Leblon também não abriu as portas por conta do rolezinho marcado para ter início às 16h20 de hoje.

Uma das entradas do Rio Design, na Avenida Ataulfo de Paiva, no bairro da Zona Sul do Rio, foi completamente coberta com tapumes a fim de evitar atos de vandalismo. Um aviso informava aos clientes que as atividades serão retomadas apenas amanhã.

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"Acabou o último lugar onde a gente tinha sossego", disse uma mulher após ler o aviso, mas que não quis se identificar.

Até a noite deste sábado, 18, mais de nove mil pessoas haviam confirmado presença pelo Facebook no rolezinho marcado para ocorrer no Shopping Leblon, um dos mais luxuosos do Rio.

É grande a quantidade de policiais militares e guardas municipais ao longo de toda a Avenida Afrânio de Melo Franco, onde ficam o Shopping Leblon e o Rio Design. A segurança também está reforçada na Rua Aristides Espínola, onde fica a residência do governador Sérgio Cabral, e na Avenida Delfim Moreira, já que após a administração do Shopping Leblon obter, na última quinta-feira, 16, liminar na justiça para impedir o rolezinho em suas dependências, foi convocado um evento semelhante com a presença de black blocs, nas imediações da residência do governador. Até 15h50, não havia qualquer sinal de manifestantes pelas ruas do Leblon.

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