Após abrir o coração em seu Instagram Stories na última segunda-feira (11), Henri Castelli falou sobre o caso de agressão que afirma ter sofrido em Alagoas no final de 2020. Em entrevista ao Fantástico, o ator se emocionou e chorou ao comentar sobre o assunto.
"Foram cinco segundos, foi tudo muito rápido, eu vou bater na minha mão [Henri dá socos na palma da mão]. Não passou cinco segundos ainda, pensa isso no seu rosto, você vai entender o que eu estou sentindo. (...) Eu estou fazendo terapia pra tentar me acalmar. Porque acordar de madrugada, você encosta no travesseiro parece que tem alguém te dando um soco", disse.
##RECOMENDA##O cirurgião Edmundo Melo, que atendeu Henri no pronto-socorro em Alagoas, contou que a tomografia confirmou a fratura na mandíbula. No dia 8 de janeiro, em São Paulo, ele passou por uma cirurgia. Conforme a cirurgiã-dentista Rana Saleh, disse que a fratura foi considerada grave.
O ator também contou, aos prantos, sobre as possíveis sequelas: "Eu tenho risco de ter sequelas quando desinchar daqui a 30 dias, quando eu penso nisso, é o sustento da minha família, eu trabalho com isso. Eu sustento a minha família sozinho. Eu sou pai de família, eu sou pai de dois filhos, eu sustento a minha mãe".
Em seguida, ele contou como foi a agressão em uma marina na Barra de São Miguel, região metropolitana de Maceió. Henri e seus amigos tinham ido ao local após um show da Banda Eva em uma casa noturna em Maceió: "A única coisa que me lembro é que quando eu cheguei no local, essa pessoa que eu nem conheço e que eu não pedi ingresso. Dizem que eu recebi dez ingressos, e que eu cheguei reclamando da festa".
O ator também deu a sua versão sobre a conversa com Bernardo Malta, dono da casa noturna onde acontecia o show da Banda Eva: "Quando eu cheguei ele me perguntou: Por que você veio para cá? Não estava boa a festa? Aí eu respondi: Não, tava tudo certo, eu vim para cá porque a festa acabou. Depois disso não lembro mais de nada. Eu lembro de flashes em que eu estava com a cara no chão com a mão tentando me defender. Eu estou com o peito roxo ainda. Eu lembro de levar socos e chutes. Na verdade eu não sabia quem tava me batendo porque eu fui pego pelas costas, eu fui descobrir no dia seguinte".
De acordo com o depoimento dado por Bernardo para a polícia, o qual o Fantástico teve acesso, o empresário alegou que a conversa tinha sido diferente. Segundo o depoimento, Henri teria reclamado da festa com palavras de baixo calão, feito gestos obscenos e tentou lhe dar um soco, que não o atingiu, mas acabou acertando o olho de um amigo de Bernardo, que então revidou. O tal amigo se chama Guilherme Aceoli, corretor de imóveis e lutador de jiu-jitsu.
O advogado que defende Bernardo e Guilherme, Lucas Dória, desmentiu a versão do ator sobre a briga: "Nunca, jamais existiu, o interesse em prejudicar o ator, de agredir o ator por trás, isso não existe. O soco foi para pegar em Bernardo, mas pegou em Guilherme. Guilherme, para se defender, em um instinto natural de alguém que leva um soco no olho de alguém que está alterado, revidou. (...) O Henri estava alterado, não sei se ele bebeu, realmente não sei".
Dois barqueiros que estavam na Marina confirmaram a versão dada por Bernardo e Guilherme para a polícia. Henri, por sua vez, negou na entrevista que estivesse sob efeito de bebidas alcoólicas durante o ocorrido. O promotor de justiça Eduardo Falesi, que estava na festa, disse que viu mais de uma pessoa agredindo o ator: "Não o vi dando soco, não o vi esboçando qualquer tipo de tentativa de agressão a terceiros. O agressor inicial, por assim dizer, o imobiliza com o braço puxando para as costas um braço, e o joga no chão, passando a agredi-lo com chutes e soco na região da cabeça, da face e no tórax".
Henri continuou dando detalhes da agressão: "Eu achava que eram socos na cabeça, e depois me falaram que era calcanhar. Eu pergunto para vocês, uma pessoa no chão, caída, é motivo para alguém continuar chutando sua cara no chão? (...) Eu não fiz nada para que essa selvageria desmedida acontecesse comigo. Que mundo a gente tá vivendo? Tenta imaginar você acordar, olhar no espelho, ver sua boca torta. Eu não tenho raiva da pessoa, eu não tenho ódio, eu perdoo. O resto é o que a justiça tá fazendo. A única coisa que eu quero é voltar a trabalhar, que meu rosto volte a ficar normal".