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A atriz Rogéria, de 74 anos, morreu na noite dessa segunda (4) após ser internada em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com infecção urinária.

Rogéria havia sido internada no dia 13 de julho em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Clínica Pinheiro Machado, com quadro de infecção urinária, e entubada na tarde do dia seguinte ao ser constatada uma pneumonia e tinha apresentado melhora, chegando a receber alta.

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Nascida Astolfo Barroso Pinto, Rogéria era a mais antiga transformista em atividade no Brasil. Ao lado de travestis pioneiras do país, como Jane di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa, esta morta em 2015, Rogéria foi homenageada pela atriz e diretora Leandra Leal no documentário Divinas Divas, premiado no Festival do Rio do ano passado. As atrizes se apresentavam no Teatro Rival, na Cinelândia (centro da cidade), que pertence à família de Leandra Leal há várias gerações.

Rogéria (Astolfo Pinto) nasceu em em 1943 em Cantagalo, no norte fluminense. Ainda na adolescência, homossexual assumido, Astolfo virou transformista e começou a trabalhar como maquiadora, ainda com o nome masculino, na extinta TV Rio. Frequentava o auditório da Rádio Nacional. O nome Rogéria surgiu em 1964, quando venceu um concurso de fantasias no carnaval daquele ano.

Convivendo com atores na TV Rio, se sentiu estimulada a interpretar e estreou nos palcos em maio de 1964, em um show de travestis na Galeria Alaska, então reduto gay de Copacabana. Ela atuou em dezenas de shows, peças teatrais e programas de televisão, muitas vezes como jurada nos programas de Chacrinha, Luciano Huck e outros apresentadores, e participou de 11 filmes brasileiros.

Ela também atuou em novelas como Tieta (1989), Paraíso Tropical (2007) e A Força do Querer (2017), sua última participação na TV e, no teatro, recebeu o Troféu Mambembe em 1979 pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo.

Em 2016, foi lançada sua biografia, Rogéria – uma Mulher e Mais um Pouco, de autoria de Márcio Paschoal.

A atriz Rogéria, de 74 anos, continua apresentando melhoras em seu quadro de saúde. “A gente está surpreso com tudo que está acontecendo”, disse hoje (16) o produtor e empresário da artista, Alexandro Haddad.

Internada na quinta-feira (13) em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Clínica Pinheiro Machado, com quadro de infecção urinária, e entubada na tarde do dia seguinte ao ser constatada uma pneumonia, Rogéria amanheceu neste domingo com visível melhora. Segundo Haddad, a atriz teve de ser contida pelos médicos porque queria tomar banho. Ao ver o produtor, perguntou pela agenda de compromissos.

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“Ela já está falando, está super bem, a infecção está baixando, a pneumonia também está controlada”, disse o empresário. Segundo ele, Rogéria permanece na UTI para uma reabilitação. Seu estado animou os médicos que resolveram antecipar para hoje a alimentação normal, já sem sonda, que estava prevista para começar somente amanhã (17).

Ainda não há, entretanto, previsão de alta nem de quando a artista poderá ir para o quarto. “É um passo a passo”, declarou o produtor. A medicação tirou Rogéria “da zona de risco”, completou. “Ela já está ficando a mil por hora.”

Segundo Haddad, Rogéria queixou-se de dores na coluna na madrugada de quinta-feira e foi medicada em casa, antes de dar entrada na clínica, horas depois, onde foi identificada a infecção urinária. Além de Haddad, o irmão de Rogéria, Flávio, dá assistência à artista no hospital. O empresário não alterou a agenda da artista porque acredita em sua rápida recuperação. “Ela está ficando ótima, já está dando até trabalho”, comentou.

Nascida Astolfo Barroso Pinto, Rogéria é a mais antiga transformista em atividade no Brasil. Ao lado de travestis pioneiras do país, como Jane di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa, esta morta em 2015, Rogéria é homenageada pela atriz e diretora Leandra Leal no documentário Divinas Divas, premiado no Festival do Rio do ano passado. As atrizes se apresentavam no Teatro Rival, na Cinelândia (centro da cidade), que pertence à família de Leandra Leal há várias gerações.

A cada dia os padrões de gênero vão sendo deixados mais e mais de lado. Atualmente, muitas pessoas sentem a necessidade de se desprender das amarras nascidas a partir da construção social do que é ser homem ou mulher, e dos estereótipos atribuídos a cada um.

No mundo artístico, há inúmeros representantes dessa revolução de papeis, que representam a causa LGBT e levantam a bandeira da liberdade de gênero. Conheça um pouco sobre a história e carreira alguns dos artistas brasileiros que desafiam os limites de gênero:

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Pabllo Vittar é hoje a drag queen mais assistida no YouTube, tendo ultrapassado a americana Rupaul, maior referência mundial no assunto. A maranhense de 22 anos é dona de hits como ‘Open Bar’, ‘Todo Dia’ e ‘K.O.’, que juntos já somam mais de 81 milhões de visualizações. Pabllo já afirmou que se considera 'genderfluid', isso é, transita entre os gêneros feminino e masculino. “Sou homem, gay, gender fluid, drag, não gosto de me rotular”, disse em entrevista à Billboard. Recentemente, lançou uma música em parceria com Anitta e com o trio de DJs gringos Major Lazer, intitulada ‘Sua Cara’.

 

Liniker é uma figura artística que brinca com símbolos da masculinidade e da feminilidade. “Isso é natural para mim, eu posso ser uma mulher de barba e isso não tem problema. Eu posso ser uma mulher de barba que usa batom. Eu posso ser uma mulher que se vista assim hoje. Esse sou eu”, disse em entrevista ao Estadão, e afirmou ter tirado as rotulações de gênero da sua vida. A cantora ou o cantor, segundo Liniker, tanto faz. Ela (ou ele) é a voz por trás do EP “Cru”, de Liniker e os Caramelows. Estes, que em seu show introduzem os vocais gritando “Nos vocais ele, ela, ili: Liniker!”.

 

Rico Dalasam é o único rapper assumidamente gay no Brasil e atua como representante do movimento “queer rap”. Ele afirma que seu sobrenome artístico, Dalasam, é acrônimo para “Disponho Armas Libertárias a Sonhos Antes Mutilados”. Rico não tem medo de estar nesse universo tão pouco explorado por homens abertamente homossexuais e nem de esbanjar uma certa feminilidade em seu estilo pessoal. Às vezes aparece usando saias, cabelos grandes com penteados mais femininos e até requintes de maquiagem, como em sua participação no clipe da música “Todo Dia”, sua parceria com Pabllo Vittar. Assim como Liniker, ele não se limita aos padrões de gênero.

 

Thammy Miranda nasceu mulher, e ficou famosa aos 16 anos pela sua beleza, que se destacou nos shows da sua mãe, nos quais se apresentava como bailarina. Aos poucos Thammy foi liberando o seu 'eu interior', a começar pela homossexualidade que assumiu em 2006. Em 2014 a mudança foi mais drástica e a então filha de Gretchen fez uma cirurgia de remoção das mamas. Pouco depois, começou a tomar hormônios masculinos e se tornou cada vez mais próxima da figura de um homem. Hoje, Thammy é “ele”, já apareceu inúmeras vezes mostrando o seu novo corpo e até publicou foto da sua nova certidão de nascimento, que já conta com a troca de gênero. Recentemente estreou no teatro vivendo seu primeiro personagem masculino na peça “T.R.A.N.S”. 

 

Jaloo é um DJ queer, cantor e compositor paraense. Ele gosta de misturar gêneros tanto na sua música, ao unir o indie, o eletrônico e o tecnobrega, quanto na sua vida pessoal, ao declarar sua fluidez em relação às definições de gênero. Ele algumas vezes se refere a si como homem, outras como mulher. Seu corpo é masculino, mas muito dos detalhes do seu visual são femininos. “Gosto dessas contradições e de usá-las a meu favor”, disse ele em entrevista ao Huffpost Brasil. Seu foco principal é propagar sua música pela internet. Segundo o DJ, a TV e o rádio não despertam seu interesse.

 

Laerte é uma das mais importantes cartunistas do Brasil. Estudou na USP nos cursos de Comunicação e Artes, apesar de nunca ter se formado em nenhum dos dois. Ao longo de sua carreira, já fez colaborações com tradicionais jornais brasileiros, participou de diversas publicações como Balão, O Pasquim, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo e revistas como a Veja e Istoé. Criou personagens como os 'Piratas do Tietê', 'Overman' e 'Fagundes'. Ela é adepta ao crossdressing e se considera transgênero, apesar de também nunca ter feito cirugia para retirada dos seus órgãos masculinos. Em 2017, foi lançado o documentário "Laerte-se", que trata da identidade da cartunista e dos seus dramas íntimos.

A cantora Rogéria realiza um pocket show no auditório da Livraria Cultura do Shopping RioMar na tarde deste domingo (7). Ela faz o pré-lançamento de seu primeiro álbum da carreira solo, intitulado Futuro em Cores, o projeto pretende misturar elementos da música pernambucana com outros ritmos, como o samba, pop e até a eletrônica.

Ao todo são 14 canções gravadas pela intérprete. Uma das faixas é resultado de uma parceria de Rogéria com Ana Paula Marinho. Além das duas, compositores como Lula Queiroga, Ortinho, Felipe Magoo, Rodrigo Campos e Rômulo também integram o time de autores.

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Serviço:

Pocket show Futuro Em Cores

Auditório da Livraria Cultura do Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251 - Pina)

Dom (7) | 17h

Gratuito

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