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A 11ª do Festival No Ar Coquetel Molotov apostou alto. A produção escolheu um novo formato, um novo local (saindo do Teatro da UFPE e partindo para um ambiente mais aberto, a Coudelaria Souza Leão) e preparou toda a programação para um único dia. Foram ao menos 20 apresentações (entre músicos e DJs) neste sábado (11), sempre apostando em nomes novos como Jaloo (PA), Phil Veras (MA) e Aldo The Band (SP); e outros mais conhecidos como Russian Red (Espanha) e Karina Buhr, que cantou Secos e Molhados. Entre as atrações internacionais também estão os DJs Bok Bok (UK) e FaltyDL (EUA).
##RECOMENDA##“A resposta do público e dos artistas a essa mudança tem sido incrível. Depois de 10 anos num teatro, optamos por fazer algo ao ar livre para deixar o público mais a vontade”, conta Jarmeson de Lima, um dos organizadores do Coquetel Molotov. Segundo o produtor, esta edição é o começo de um novo ciclo para o evento. ”Colocamos o (Festival) Coquetel num local cheio de possibilidades, com uma programação de mais de 12 horas e com as pessoas mais a vontade para curtir o clima”, afirmou.
A mudança poderia ter intimidado um pouco o público, juntamente com a chuva, mas, ao contrário, nada disso atrapalhou o andamento do evento, que recebeu muita gente para conferir de perto as novidades do tradicional evento, que não cansa de se atualizar. Quem veio se deparou com uma grande estrutura, muitas atrações e um sistema de vans que levava o público da bilheteria até o local do evento em poucos minutos e com conforto.
O público aprovou a novidade e muita gente chegou a falar que essa foi a melhor edição do festival. Opinião compartilhada pelo designer Felipe Miranda, que veio ao evento principalmente para ver o show dos franceses da La Femme e de Karina Burh. “Para mim essa é a melhor edição do evento. O local e a programação estão caprichadas”, contou.
Assim que o público chegava era recebido pelo palco do Red Bull Music Academy, localizado na parte externa do prédio, e que recebeu das 15h à meia noite DJs de vários estados e dois internacionais. Por causa da chuva pouca gente pode curtir o som das pick-ups e também pelo horário, que competia com os shows. Uma boa alteração seria colocar os DJs como uma espécie de encerramento das apresentações do palco principal, assim como sugeriu o estudante Higgo Braga, que vem ao festival desde as primeiras edições.
Como de costume, a organização pesquisou o gosto do público antes de escolher os artistas que se apresentariam no evento. Entre eles o mais pedido pelo público foi o maranhense Phil Veras, que com seu romantismo e sua presença de palco madura arrancou aplausos da plateia e muitos gritos dos fãs presentes. Antes do cantor se apresentaram no palco o paraense Jaloo, a banda francesa La Femme e a união das bandas Inky e grassmass, fazendo a ponte Recife/ São Paulo.
Depois do cantor, foi a vez da espanhola Russian Red encantar a todos com sua bela voz e seu estilo indie de qualidade precisa. “É minha primeira vez no Brasil e está sendo maravilhoso”, falou a cantora, que agradeceu inúmeras vezes o carinho dos fãs brasileiros.
O palco principal também recebeu a rapper Flora Matos, que dominou o público e encheu sua apresentação de simpatia e canções conhecidas, deixando sua música mais famosa (Pretin) para o final. Pouco depois da meia-noite foi a hora da apresentação de Karina Buhr e seu repertório formado por canções do grupo Secos e Molhados. As músicas têm um mistério que combina com a voz da pernambucana e a mistura agradou ao público ansioso pela apresentação, que nunca tinha sido feita por aqui. Por fim a banda Aldo the Band trouxe seu som moderno e meio caótico para o fechamento do festival.
Além dos shows do palco principal e DJs, quem veio ao Coquetel Molotov pode aproveitar a energia do Som da Rural, encontrar produtos especiais na feira cultural e curtir a vista privilegiada do espaço. O Coquetel Molotov resolveu se arriscar mudando praticamente tudo, menos o pioneirismo, e nisso se consagra mais uma vez como um dos principais festivais do Brasil.